Frases que são um programa

Adivinha: De onde nos vêm estas letradas vozes públicas?


"Portugal está com as calças na mão"
“Se quisesse já tinha ido ao pote
"(...) não está disponível para ajudar o Governo a descalçar uma bota que ele próprio calçou"
“Governo terá de levar uma rasteira e sair.”

"Sócrates não quis negociar, quis tirar o cavalinho da chuva"
"(...) embora haja alguns privilegiados que estão a mamar no estado..."


Estas coisas da semântica têm muito que se lhe diga...

Coisas do dia seguinte

Elis Regina - 1945-82 
Falso Brilhante - 1976








Como os nossos pais


Compositor e primeiro intérprete - Antônio Carlos Belchior, album "Alucinação", 1976

Cogumelos Portobello assados com Parmesão


6 cogumelos (1 por pessoa) mais 1 para laminar.
2 chalota
2 dentes de alho
150g de Bacon
Azeite virgem q.b.
1 gole de vinho branco seco
sal e pimenta q.b.
Parmesão ralado na hora

Pré-aquecer o forno a 200ºC

Cortar o bacon em tiras ou cubos e passar no sauté com um fio de azeite até alourar e ficar crocante. Reservar.
Retirar o pé dos cogumelos e laminá-los juntamente com o cogumelo sobrante. Saltear com os dentes de alho picados e as chalotas. Abrir com um gole de vinho branco e deixar secar. Temperar com sal (pouco), e pimenta. Juntar o bacon crocante e envolver.
Colocar os cogumelos num tabuleiro para irem ao forno e rechear com o preparado. Cobrir com lascas de roquefort e regar com um fio de azeite virgem.
Levar ao forno por 10 minutos e servir de imediato.

Natureza morta (estudo)

Pastel seco em papel, 29x42cm; 2009

Peras Rocha Caramelizadas com Queijo Mascarpone

Esta receita pode ser ainda melhor de for feita com bons pêssegos. Como não tinha pêssegos fiz com pêras e é igualmente bom. Se for servida logo após a sua confecção torna-se num semifrio, em que o contraste entre a fruta quente e o creme de queijo frio, cria algum requinte. Pode, no entanto, ser guardado no frio, aconselhando-se, nesse caso e porque se trata de uma sobremesa com fruta fresca, que seja comida no período de 24 horas.
Ingredientes para 4-6
6 a 8 Peras maduras ainda duras
250g queijo Mascarpone
2 iogurtes naturais
120gr de Açúcar mascavado
100g de bolachas de amêndoa
75g de Açúcar
50g de manteiga sem sal
0,5dl de rum
1 pau de canela
1 estrela de anis
Descasque as peras e corte em gomos.
Misture o queijo Mascarpone com os iogurtes e o açúcar mascavado numa taça e bata até ficar tudo bem envolvido. Reserve no frio.
Pique grosseiramente as bolachas.
Deite a manteiga numa frigideira e salteie as peras juntamente com o pau de canela e a estrela de anis, ao mesmo tempo que vai polvilhando com o açúcar. Deixe ganhar um pouco de cor e retire do lume. Retire a canela e o anis e flameje com 0,5dl de rum.

Coloque as peras numa taça e polvilhe com metade das bolachas. Cubra as peras ainda quentes com o creme já preparado e volte a polvilhar com as restantes bolachas. Sirva de imediato.





Coisas do dia seguinte

The Cotton Club (1984)
Lonette McKee - Ill Wind (You're Blowin' Me No Good)
 Música composta por Harold Arlen e originalmente interpretada por Adelaide Hall, no show "Cotton Club Parade" do Harlem's Cotton Club, em 1934. 

Aqui chegados...

"Os homens e mulheres que hoje dominam a política ocidental são na sua grande maioria produtos - ou, no caso de Nicolas Sarkozy, subprodutos - dos anos 60. Bill e Hillary Clinton, Tony Blair e Gordon Brown são todos “baby boomers". São-no também Anders Fogh Rasmussen, o primeiro-ministro “liberal” da Dinamarca; Ségolène Royal e Martine Aubry, as conflituosas candidatas à liderança do anémico Partido Socialista francês, e Herman Van Rompuy, o novo presidente, meritório mas desinteressante, da União Europeia. 
Este grupo de políticos tem em comum o entusiasmo que não consegue inspirar nos eleitores dos seus países respectivos. Não parecem acreditar com grande firmeza em qualquer conjunto coerente de princípios ou políticas: e embora nenhum deles - com a possível excepção de Blair - seja tão execrado como o ex-presidente George W. Bush (outro baby boomer), fazem um contraste flagrante com os estadistas da geração da Segunda Guerra Mundial. Não transmitem nem convicção nem autoridade.
Beneficiários dos Estados-providência que põem em causa, eles são todos filhos de Thatcher: políticos que superintenderam ao recuo nas ambições dos seus antecessores. De poucos - mais uma vez com a excepção de Bush e Blair - se pode dizer activamente que tenham traído a confiança democrática neles depositada. Mas se há uma geração de homens e mulheres públicos com uma responsabilidade comum pela nossa suspeita colectiva da política e dos políticos, eles são os seus verdadeiros representantes. Convencidos de que pouco podem fazer, pouco fazem. Deles o melhor que pode ser dito, como tantas vezes sucede com a geração baby boom, é que não defendem nada em particular: políticos light."
Tony Judt
"Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos" 

Porco assado com pimentão e alecrim

Habitualmente, não estando presente a preocupação em fazer uma receita específica, faço a carne de porco assada assim, introduzindo pequenas variações ao gosto do momento. Há, no entanto, uma constante: nunca uso gordura sólida - banha, margarina, etc; uso sempre azeite virgem. A carne de porco já é gorda e eu nunca a limpo totalmente da gordura. Deve ficar sempre alguma, pouca, que dê gosto ao assado.
Uma confecção simples em que os paladares predominantes são fortes, de pimentão e de alecrim.
Desta vez comprei várias peças e assei-as todas juntas; a receita tinha que dar para 10-12 pessoas.


1.300g de lombo

500g de lombinho
800g de entrecosto
500g de costeletinha
5 dentes de alho grandes laminados
3dl de vinho branco
2dl de azeite
3 colheres de sopa de massa de pimentão
3 folhas de louro
4 hastes de alecrim fresco
Sal, pimenta e piripiri q.b.
Limpe as peças de carne, coloque-as numa assadeira grande e tempere com todos os ingredientes. Deixe marinar por 4 horas. Leve ao forno a 200ºC. Não deixe secar. Regue as carnes com o molho e se necessário acrescente um pouco mais de vinho branco.
Para que o lombo não fique seco pode usar um termómetro. O interior do lombo não deve ultrapassar os 80-82ºC.
Acompanhe, por exemplo, com batata doce assada, arroz branco e grelos cozidos e temperados com um fio de azeite de alho.
O Vinho vai ter que ser tinto e encorpado...

Coisas do dia seguinte

South Pacific (Oscar na categoria melhor som - 1958). Voz original de Muriel Smith (na personagem Bloody Mary interpretada por Juanita Hall) 
Bali Ha'i

Antologia

 "Eu não era a mais bonita, não era a mais talentosa, só queria aquilo mais do que qualquer outra pessoa (...)"
Marilyn Monroe (1926-1962)

Pellegrino Artusi

 Pellegrino Artusi nasceu em Forlimpopoli em 4 de Agosto de 1820. Aos 32 anos mudou-se para Florença, e aí viveu e morreu em 1911, com a bonita idade de 91 anos. Foi um comerciante de sucesso e, em simultâneo, um apaixonado pela literatura e pela gastronomia, temas a que se dedicou depois de se retirar da vida activa.
Em 1891 publicou "La Scienza in Cucina e l´Arte di Mangiar Bene", um livro dedicado à gastronomia tradicional italiana cujo sucesso foi esmagador.

O livro, hoje conhecido pelo nome do seu autor "o Artusi" foi um dos livros mais lidos pelos italianos e, ainda hoje, conta com inúmeras edições. Considerado o pai da cozinha italiana, Pelegrino Artusi é recordado todos os anos na sua terra natal, na "Semana Artusi", um festival cultural e gastronómico conhecido internacionalmente.
Com surpresa li a divulgação feita pela Io Appolloni da receita de um bolo português incluído no livro "La Scienza in Cucina e l´Arte di Mangiar Bene"
Reza assim no Original:
"La scienza in cucina e l'arte di mangiar bene" di Pellegrino Artusi. Ricetta n° 625 - Focaccia alla portoghese.
«Questo ve lo do per un dolce assai delicato e gentile. Mandorle dolci, grammi 150. Zucchero, grammi 150. Farina di patate, grammi 50. Uova, n. 3. Aranci. n. 1½ Lavorate dapprima i rossi d'uovo collo zucchero, aggiungete la farina, poi le mandorle sbucciate e pestate fini con una cucchiaiata del detto zucchero, e dopo il sugo passato dagli aranci e la buccia superficiale raschiata di un solo arancio. Per ultimo unite al composto le chiare montate, versatelo in una scatola di carta unta di burro, alla grossezza di un dito e mezzo e cuocetelo al forno a moderatissimo calore. Dopo cotta, copritela di una crosta bianca come al n. 789.»
Como aparece uma receita de um bolo português num livro de cozinha italiana do Séc. XIX é que é de espantar; são insondáveis os caminhos para a boa mesa.
Mas o melhor mesmo é fazer e comer bolo.

Focaccia alla portoghese

De Pellegrino Artusi, no seu livro "La Scienza in Cucina e l´Arte di Mangiar Bene"; receita nº 625. (divulgado por Io Appolloni)

Esta receita, como aqui vai descrita, dá um bolo pequeno, pelo que decidi dobrar as quantidades. A cobertura de merengue liga muito bem, tornando-o mais húmido e requintado. Como diz Artusi no seu livro, é um bolo delicado e muito bom. Como paladares suaves de amêndoa e laranja.




Ingredientes (para 6 pessoas):

150gr de amêndoa doce moída fina sem pele
150gr de açúcar
50gr de fécula de batata
3 ovos
Sumo de ½ laranja
Casca ralada de 1 laranja

Bater bem as gemas e o açúcar até ficar fofo. Juntar a fécula peneirada e ir batendo. Acrescentar a casca ralada da laranja, o sumo de laranja, a amêndoa moída fina e bater tudo. Finalmente juntar as claras batidas em castelo. Envolver delicadamente com uma colher, sem bater.
Untar com manteiga e polvilhar com farinha uma forma de 22 centímetros de diâmetro. Levar a forno pré-aquecido a 150º durante 30 minutos. Se fizer o dobro da receita são 50 minutos.
Desenformar e deixar arrefecer. Cobrir com merengue à italiana. Pode alourar o merengue usando um mini maçarico de cozinha.

Merengue Italiano
Ingredientes:
100gr de claras
200gr de açúcar
0,5dl de água
3 gotas de sumo de limão
1 pitada de sal

Ferver o açúcar na água até obter uma calda em fio (não deve ultrapassar os 117º graus - use um termómetro). Bater as claras com o sal e as gotas de limão, que não devem ficar completamente em castelo. Incorporar o xarope de açúcar em fio na batedeira com a velocidade máxima até o seu volume triplicar e ficar brilhante.

Folhado de salmão

4 pedaços de lombo de salmão sem pele nem espinhas
1 dose de massa folhada
50g de manteiga
1 ovo
Sumo de meio limão
4 hastes de tomilho limão (ou manjericão)
Sal e pimenta q.b.

Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Prepare a manteiga à temperatura ambiente misturando-a com sumo de limão e folhas tomilho fresco em quantidade generosa. Reserve.
Tempere o salmão com sal e pimenta de moinho.
Estenda e corte a massa folhada em rectângulos no tamanho adequado a envolver cada um dos lombos e pincele-os com gema de ovo. Coloque o salmão no centro e barre-o generosamente com a manteiga de tomilho; feche a massa e prense as pontas. Com cuidado, dê dois cortes na parte superior de cada folhado para que os vapores da cozedura possam sair. Pincele com ovo.
Coloque os folhados num tabuleiro antiaderente ou no silpat e leve ao forno por 20 minutos.
Sirva com uma salada variada ou com grelos cozidos.
Receita baseada numa confecção do Chef Henrique Sá Pessoa.