Com Alma

Com alma também se serve arte à mesa. 
Na última quinta-feira e para acabar um dia dedicado à arte, acabei sentado, com boa companhia, no Restaurante Alma.


Henrique Sá Pessoa para além de um excelente Chef é também um bom anfitrião. Depois dos cumprimentos próprios de quem tinha este encontro aprazado há já algum tempo, entreguei-me nas suas mãos. Em boa hora o fiz; quatro demonstrações de bom gosto e melhor execução que terminaram com uma espécie de granizado para limpar o palato e uma sobremesa. Tudo acompanhado de vinhos que surgiram perfeitos trazidos por mão sábia nestes preceitos.

Para não esquecer aqui fica o registo.

1. Vieiras salteadas em puré de couve-flor enfeitado com tiras de cogumelos salteados que me pareceram morilles. Tudo levemente condimentado com um olho que tive dificuldade em identificar mas que eu diria que era um apurado de vitela(?). Se pensarmos na preferência do Chef pelas combinações Terra/Mar, nada de espantar. Combinação de excelente resultado com um empratamento simples e bonito.

2. Camarão salteado com creme de avelã em cama de cogumelos laminados. Tudo acompanhado de um creme generoso e denso de cogumelos. O camarão mal passado, com deve ser, e boa textura e sapidez dos cremes. Muito Bom.

3. Lombo de atum fresco salteado e fatiado acompanhado de rebentos de soja e cogumelos shiitake salteados, tudo temperado com caldo de galinha aromatizado com gengibre. Mais uma original combinação  de perfumes terra/mar. A textura do atum faz um excelente contraste com o crocante dos rebentos de soja. Estamos em crescendo.

4. Leitão confitado com batata doce, couve chinesa e juice e gomos de laranja. Foi o molto fortissimo final; o leitão confitado, saborosíssimo, vem enrolado na (sua) pele estaladiça, contrastado pelos sabores adocicados da batata doce e da laranja. Rendido!

Depois uma espécie de granizado suave de caipirinha como um ligeira cobertura de morango picado, agradável para renovar sensibilidades palatais. Concluiu-se com um Strudel de maçãs e passas servido morno e amaciado por uma dose de gelado de avelã e canela. Excelente remate.

Doses acertadas para quem tem que degustar tanta coisa e quer acabar saciado sem dar lugar a excessos.  Tudo sob um eficaz e simpático serviço com tempos de espera q.b. entre cada prato.

Meu caro Henrique Sá Pessoa - como lhe disse à saída - estou rendido e vou voltar. Parabéns!

Sem Rede

É o nome da exposição temporária de Joana Vasconcelos que está no Museu Berardo - CCB.
O gigantismo como linguagem e/ou como forma de robustecer uma ideia; a aproximação/desinformalização pelos materiais.
A não perder... só até 18/05/2010, a entrada é gratuita.


No mesmo local e até 25/04/2010 está também Robert Longo "Uma Retrospectiva". Obras de grande dimensão principalmente a carvão sobre papel; técnica no mínimo surpreendente!

El Bulli - Ferran Adrià

O Restaurante El Bulli estará encerrado durante os anos de 2012 e 2013, reabrindo em 2014 como Fundação dedicada à promoção de ideias e talentos na área gastronómica. Ferran Adrià irá dedicar-se a repensar o seu projecto global, ao mesmo tempo que desenvolverá outras actividades como, por exemplo, dedicar-se ao ensino da sua arte na Universidade de Harvard.

Até lá ficamos a olhar...




Lombos de Bacalhau Confitado com Fricassé de Coentros


Para confitar o Bacalhau
4 Lombos de Bacalhau demolhado e limpo
Azeite Virgem Extra q.b.
4 dentes de alho em camisa
1 Folha de Louro
Pimenta preta em grão e Tomilho em haste q.b.
Assegure-se que o bacalhau está seco limpando-o com um pouco de papel de cozinha se necessário.
Coloque o bacalhau em tabuleiro de tamanho adequado para que os lombos fiquem juntos (como forma de poupar azeite) e junte os alhos em camisa, pimenta preta em grão, a folha de louro e o tomilho. Regue com o azeite virgem até praticamente cobrir os lombos.
Cozinhe em forno previamente aquecido a 150ºC cerca de 45 minutos.
Retire os lombos do azeite que vai ser coado e aproveitado. O caldo de bacalhau que se forma no fundo do tabuleiro também deve ser reservado para fazer o fricassé.

Para o Fricassé
1,5dl de azeite de confitar o bacalhau
1 Cebola média
2 Gemas
2dl do caldo de confitar o bacalhau
Sumo de meio limão
Meio ramo de coentros
Sal e pimenta q.b.
Faça um fundo de azeite com a cebola cortada finamente em meias luas e deixe cozer. Entretanto misture as gemas com o sumo de limão e um pouco de caldo de bacalhau. Em lume brando junte a mistura das gemas ao fundo de azeite e cebola mexendo sempre para engrossar. Se necessário junte um pouco mais de caldo. Acrescente os coentros picados e corrija os temperos.
Emprate a gosto acompanhando com bata assada e brócolos ou grelos ou sirva em travessa cobrindo os lombos com o fricassé.


Se não podemos recusar aceitamos, não é?

Negócios online - Parlamento Europeu dá "luz verde" a Vítor Constâncio

A Bola - BCE: Nomeação de Constâncio aprovada no PE


Diário de Notícias - Parlamento Europeu aprova nomeação de Vítor Constâncio

Público - Parlamento Europeu aceita Constâncio no BCE

Jornal de Notícias - Parlamento Europeu aprovou Constâncio


Diário Económico - Pamento europeu quer constâncio no BCE até 2018.

Correio da Manhã
- Constâncio confirmado no Banco Central Europeu

Que futuro?

Vale a pena ler o artigo de hoje de Manuel Maria Carrilho no Público.
De facto, como bem realça, as questões que circulam diariamente no menu político dos media pouco ou nada acrescentam à urgente necessidade de pensar o futuro e as alternativas da sua construção:
(...)esta novidade se impõe numa situação difícil mas incontornável, que se caracteriza pela alternativa entre uma opção de crescimento que conserva o modelo ocidental mas que se sabe incompatível a prazo com a sobrevivência do planeta - é a opção dos BRIC e de tantos outros países emergentes. E a da procura de outra opção, que se liberte do modelo global de um inverosímil crescimento perpétuo, assente num consumo sem fim e num crédito sem limites(...)
(...)Será possível equacionar uma nova ideia de progresso, fora do eixo produtivismo/consumismo?(...)
e a resposta passa pelas actuais três utopias em confronto,
1) A utopia ecológica, que procura estabelecer regras universais que garantam o equilíbrio do planeta - e que sofreu um grande revés com o fracasso de Copenhaga. 
2) A utopia tecnológica, que aposta sobretudo em "esverdear"o crescimento, acreditando que a humanidade acaba sempre por encontrar soluções técnicas para os seus problemas, nomeadamente para aqueles que decorrem das crises de escassez.
E 3) a utopia antropológica, que procura estimular uma reflexão de fundo sobre o modo de vida das nossas sociedades, as raízes e os efeitos da extrema dependência em relação ao hiperconsumo nos modelos de vida hoje dominantes.(...)
E depois de o ler a pergunta que me surge de imediato é, e os nossos políticos que pensam disto?

Mas, não foi sempre assim?

"(...)Acabou o tempo em que enriquecer era um valor absoluto e a medida de todos os sucessos. O credo neoliberal acabou e é preciso saber retirar as consequências. A equidade, a justiça, a solidariedade são os únicos valores que nos podem retirar dos tempos difíceis que atravessamos. A coesão social só será possível se as coisas deixarem de ser feitas apenas em nome do lucro dos accionistas ou da criação das condições "económicas" perfeitas para as empresas. Tem de aumentar a responsabilidade social das empresas e tem de melhorar o nível de repartição da riqueza(...)"
TS in Público 24.03.10

Camarão e Caviar em Creme de Espargos

Ainda do Livro "À mesa com os Chefs Europeus", uma entrada que combina paladares de forma perfeita; proposta do Chef belga Jan Buytaert.

Receita para 4 pessoas

1 Batata
1 Litro de caldo de aves
200ml de natas batidas
100g de manteiga
Manteiga para saltear q.b.
Noz-moscada moída, sal e pimenta q.b.
24 Camarões
75 g de caviar (ou sucedâneo)
20 Espargos verdes
1 Alho francês
1 Cebola

Preparar os espargos – descascar e partir os pés (ver “ Espargos gratinados com presunto e parmesão”), – e cortá-los ao meio. Reservar as metades da pontas e alourar as restantes metades em manteiga, juntamente com o alho francês cortado em pedaços maiores e a cebola cortada grosseiramente. Adicionar o caldo de aves e uma batata descascada cortada em quarto. Deixar ferver durante 45 minutos em lume brando até os legumes estarem bem tenros. Se necessário juntar um pouco mais de caldo.
Cozer as pontas dos espargos ao vapor e reservar. Não esquecer que devem ficar al dente.
Descascar os camarões temperar com sal e pimenta e saltear em manteiga em lume vivo. Reservar. 
Preparar um creme de legumes passando os legumes cozidos pela liquidificadora e temperar com sal e pimenta. Acrescentar um pouco de noz-moscada e deixar arrefecer.
Misturar o creme de legumes com as natas batidas doseando para obter um creme macio e juntar o caviar. 
Numa travessa ou num prato largo e fundo dispor as pontas de espargos. Colocar os camarões por cima e espalhar o creme de legumes e caviar. Pode-se enfeitar com as cabeças dos camarões salteadas em manteiga. Servir de imediato morno ou à temperatura ambiente. 

Uma boa e rica alternativa é fazer este prato substituindo os camarões por lombos de lavagante laminados a gosto.

Pato - Perna de pato assada com laranja e mel

4 Pernas de Pato  4 dentes de alho Sumo de 1 laranja Sumo de 1 limão 2 colheres de sopa de mel 1 colher de chá rasa de colorau Pimenta de mo...