Merengado de Chocolate



Bases de merengue
4 Claras
200g de açúcar
1 colher de sopa de farinha maisena
1 pitada de sal
1 colher de sopa de vinagre
Prepare as bases de merengue (três).
Bata as claras com a pitada do sal até ficarem bem firmes. Lentamente, junte o açúcar batendo sempre. Dissolva a maisena com o vinagre (se necessário acrescente uma gotas de água) e misture continuando a bater.
Num ou dois tabuleiros faça três bases, com a ajuda de um aro de 22cm, dividindo as claras em três porções e espalhando numa base de silpat ou papel vegetal ligeiramente untado com manteiga. Também pode utilizar uma forma redonda e fazer por três vezes. Leve ao forno a 170ºC até ganhar uma ligeira cor e ficar crocante por fora e macio por dentro. Deixe arrefecer e reserve.

Mouse de chocolate
1 tablete de chocolate de 200g
6 colheres de sopa de açúcar
6 ovos
125g de manteiga
Derreta o chocolate com a manteiga.
Separe as claras das gemas para taças diferentes.
Batas as gemas com o açúcar até ficarem fofas e claras. Junte o chocolate derretido com a manteiga e misture bem.  Bata as claras em castelo forte e misture suavemente com o preparado. Reserve no frio pelo menos 30 minutos.

Ganache para a cobertura
200g de natas
1 tablete de chocolate a 70%
Leve as natas ao lume até começarem a ferver. Retire do lume e junte o chocolate partido aos pedaços e mexa até ficar completamente dissolvido e cremoso.

Morangos para a cobertura
Lave bem 6 morangos sem lhes tirar o pé, espete-os em palitos, e mergulhe-os no ganache até meia altura. Espete a outra ponta dos palitos numa superfície onde seja possível mantê-los direitos e reserve (pode utilizar um ou mais pães duros como base).

Finalização
Divida a mousse em duas porções e, num prato grande, intercale com as bases de merengue – merengue, mousse, merengue, mouse, merengue. Cubra tudo com o ganache. Fica bem se os cremes escorrerem um pouco para fora do merengue. Junte os morangos e polvilhe com alguma aparas de merengue. Leve ao frio.

A Praxe


Quando se volta a falar nos actos indignos de algumas práticas praxistas nas nossas Universidades, ocorrem-me dois textos de 2003 com os quais estou genericamente de acordo. Onde se prova que o país não aprendeu nada, entretanto.

E que saudades de ler o quotidiano visto por Eduardo Prado Coelho, que nos deixou há, já vai fazer em Agosto, 5 anos.


A Estupidez da Praxe
Por JOSÉ PACHECO PEREIRA
Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2003
A cultura juvenil revê-se num mundo de grosseria e ignorância.Se existisse uma colecção de retratos do nosso atraso, a cena da praxe ocorrida em Macedo de Cavaleiros era um deles. Saliente-se, aliás, que é apenas uma cena entre muitas que se repetem por todo o país de Braga a Faro e que esporadicamente são noticiadas, quando há uns estudantes corajosos que as denunciam, ou quando o abuso é intolerável e provoca danos. Ninguém, muito menos o ministério, nem os responsáveis pelas escolas, pode alegar desconhecimento.Parece que entre as cenas habituais das praxes aos caloiros, a julgar pela de Macedo de Cavaleiros, existe a prática de pôr os rapazes e as raparigas a quatro, feitos asno, cabra ou carneiro, mais ou menos vestidos, mas, pelo menos neste caso, com a roupa interior por fora, a ter que dizer umas obscenidades e a responder a umas perguntinhas perversas. Conhecem-se mil e uma variantes, todas boçais, destas práticas.Desta vez, mais uma vez, a brincadeira correu torta, porque a rapariga seviciada resolveu e bem queixar-se. O mais espantoso foi ver alguns estudantes, dirigentes académicos locais, a justificar o que se tinha passado - provavelmente já tinham estado numa idêntica postura a quatro a fazer de carneiros a balir e gostaram da experiência - e a dividir o mundo entre os a favor da praxe e "antipraxe". Sugeriam que alguém poderia evitar as cenas de humilhação sado-eróticas, com que se entretêm, proclamando-se "antipraxe", o que teria a penalização de serem excluídos das "actividades académicas". Gostaria de saber se dinheiros das instituições universitárias, que vem dos nossos impostos, podem ser canalizados para grupos de estudantes que excluem das actividades financiadas que patrocinam os que se recusam a fazer tristes figuras de asno. Rito de passagem? Mas que passagem? Cada vez mais a única coisa que os estudantes transportam do liceu para a universidade é a sua carga de ignorância. A cultura juvenil revê-se no Quim Barreiros, nas peripécias futebolísticas e no Big Brother, num mundo de grosseria e ignorância em que ler alguma coisa mais do que os jornais desportivos ou a "Caras" é excepcionalíssimo. Aliás, a praxe e as claques futebolísticas partilham muita coisa em comum - a violência latente, o culto pela obscenidade, a demarcação clubística entre "nós" e "eles". Tenho para mim que um dos sinais de degradação do ensino universitário nos últimos anos foi a progressiva introdução da praxe. Subitamente, após uma sadia desaparição da praxe nos anos 70, começou-se de novo a ver rapazes e raparigas vestidos de uma imitação de padres de gravata, o chamado "traje académico". Em muitos sítios onde este nunca fora "tradição", inventaram-se novos "trajes", todos eles ridículos e um pouco à moda dos bobos da corte das imagens medievais. Só lhes faltava pôr uns sininhos para parecerem o "coringa" dos baralhos de cartas. A praxe acompanhou a progressiva perda de qualidade do ensino básico e secundário, a crescente diminuição da importância da leitura e da oralidade consistente no ensino, a substituição de critérios de exigência e qualidade pelo mito do ensino "sedutor", em que as crianças "bons selvagens" se tornavam "bons" e menos "selvagens", por uma escola amável e onde não era preciso o esforço. A praxe mostra que um dos resultados finais da ideia da escola "soft", das pedagogias não directivas, foi mais o despertar do "selvagem" do que do "bom", para desgosto de Rosseau. A praxe estudantil foi sempre uma marca da mais provinciana universidade portuguesa - Coimbra -e dificilmente se implantou nas universidades de Lisboa e Porto, onde a população estudantil vivia em verdadeiras cidades, com vida própria fora do fechado mundo estudantil. Em Coimbra, uma cidade em grande parte dependente dos estudantes, dominada pela universidade, povoada por uma multidão de gente vinda do interior que aí habitava, vivendo em quartos e casas alugadas, o mundo do Palito Métrico floresceu. Os estudantes praxistas eram activos participantes da boémia da cidade e cultivavam uma cultura de estúrdia e do vinho, sob a suprema autoridade do estudante mais cábula, o "dux veteranorum", que obtinha o lugar na exacta proporção ao número de chumbos que tinha nos exames e aos anos que demorava a acabar o curso. A crise de 1969 provocou uma rara união entre os praxistas e os estudantes mais politizados, com o "dux" a apoiar a greve e com a suspensão da praxe pelo "luto académico". Este acto acabou por muitos anos com a praxe em Coimbra e varreu-a das universidades onde era claramente uma importação e uma imitação - Lisboa e Porto. No Porto, tenho no meu currículo de dirigente estudantil ter ajudado activamente a acabar com a ridícula parafernália dos "grelados" e "fitados", com as cartolas e penduricalhos que passeavam pela cidade durante a Queima das Fitas. Fui igualmente o autor anónimo, por razões óbvias, de um escrito com umas teses contra a Queima que circulou abundantemente nas três cidades universitárias. Nele, contrariamente ao que faziam os estudantes do PCP - que aceitavam a praxe, apenas achavam que ela devia ser suspensa por razões de "luto académico" -, combatia a praxe pela mundividência cultural que lhe estava associada, pelo seu conteúdo machista e marialva, pelo seu reaccionarismo estético, pela sua infantilização dos estudantes como seres irresponsáveis, que só serviam para brincadeiras de mau gosto. A Queima era então no Porto uma sucessão de "saraus", entremeados de "rallies", touradas, bênçãos, bailes, culminando num cortejo de carros e piadas que não tinham graça nenhuma e deixavam um rasto de gente bêbada por toda a cidade. Há poucos anos tive ocasião de observar o mesmo espectáculo decadente em Coimbra, só que o vinho tinto era substituído por "shots" e cerveja, não encontrando praticamente um estudante que estivesse sóbrio no dia do fim da Queima. Os hábitos da praxe que hoje são um anacronismo insensato remetem para um mundo corporativo medieval, para uma época em que as universidades tinham regimento e polícia e em que os estudantes se defendiam da autoridade dos "lentes", construindo um mundo de regras autónomas que reproduziam, aliás, o ambiente igualmente claustrofóbico da universidade "séria". Mas Coimbra nunca foi Heidelberg e o ambiente fechado, que páginas e páginas de sátira e de crítica já tinham denunciado, pela pena dos escritores século XIX e XX, não favorecia a liberdade de espírito, nem qualquer irreverência. Hoje no século XXI, a praxe é um traço anacrónico que puxa Portugal para um passado de que, mais que tudo, as universidades o deviam libertar.

Finalmente!
Por EDUARDO PRADO COELHO
Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2003
Como já tratei deste tema diversas vezes (e como estou inteiramente de acordo com o que escreveu Pacheco Pereira no PÚBLICO de ontem), a tarefa está simplificada (ou talvez complicada): a praxe é uma estupidez, que tem vindo a ser vergonhosamente tolerada por professores complacentes e autoridades universitárias indiferentes. Que o actual ministro do Ensino Superior, Pedro Lynce, se prepare para investigar e legislar nessa matéria, eis uma atitude que me parece extremamente positiva (e digo-o tanto mais à vontade quanto tenho sido muito crítico de outras orientações deste ministro).Ver na televisão um jovem responsável associativo dizer que quando se perguntava (e escuso de repetir em que vexatórias circunstâncias) à aluna do Instituto Piaget se era virgem se estava apenas a querer saber o seu signo astrológico e quando se dizia à mesma aluna "dispa-se" se estava apenas a dizer: "diz: pâ-se", provoca uma tal náusea perante tanta javardice e má-fé que convém sermos claros: a praxe tem tantas derrapagens involuntárias ou programadas que tudo o que se fizer para acabar com ela (tanto no superior como no secundário) só pode ser útil para o país. Ganha-se sempre mais com isso do que aquilo que se perde. Donde, toda a legislação que puna impiedosamente aqueles que têm comportamentos atentatórios da dignidade humana só pode merecer o nosso aplauso.E não me venham com as habituais lérias relativas às tradições tão engraçadas e inocentes, e que se trata apenas de divertidos rituais com que se pretende integrar os debutantes no espírito da comunidade. Trata-se, sim, de algo que, independentemente das intenções conscientes dos seus promotores, pretende dar uma cobertura folclórica a práticas fascizantes de humilhação dos outros com uma dimensão sexual intolerável. É a oportunidade histórica de cada um fazer o seu pequeno "Salô" à portuguesa, com pacóvios pasolinis que fariam melhor se utilizassem a energia de que dispõem noutras actividades mais universitárias: se lessem e vissem mais clássicos, se estudassem mais, se reflectissem mais, em vez de criarem situações legitimantes de álcool e bandalheira. Esperemos que os ministros David Justino e Pedro Lynce estabeleçam alguma ordem nestas práticas e que as sanções tenham uma visibilidade exemplar. E lamentemos apenas que governos anteriores tenham sido incapazes de "levar a sério esta guerra" e tenham deixado morrer nos dédalos da burocracia as queixas que lhes chegaram ao conhecimento. Tal como nos casos de pedofilia, o sistema está feito para que se não levantem problemas e se amaciem as questões controversas. O que significa que há um certo número de valores que hoje consideramos património das sociedades democráticas modernas que ficam perdidos em gabinetes e relatórios.

Sabaião

Desta vez fiz os Frutos Tropicais em Sabbayon de aromas de Coco e Moscatel para 12 pessoas. Resolvi utilizar uma taça grande e ficou bom e bonito. Gosto muito desta sobremesa porque tem  paladares suaves e requintados, que se misturam muito bem com a frescura da fruta. 

Marquise de Chocolate com Gelado de Nata


Para a Marquise de Chocolate
6 ovos
150g açúcar mascavado
300g chocolate amargo partido aos cubos
200g de manteiga
5 colheres de sopa de rum

Separe as claras das gemas e reserve.
Numa taça, leve o chocolate com a manteiga a derreter em banho-maria. Deixe derreter completamente e retire do lume. Mexa com as varas de arame para arrefecer um pouco e junte as gemas uma a uma sempre a bater. Junte o açúcar e o rum e bata muito bem.
Bata as claras em castelo firme e misture aos poucos ao preparado, em movimentos suaves para envolver tudo.
Deite até meia altura numa forma previamente untada com muito pouco óleo e guarde na arca frigorífica de um dia para o outro.

No dia seguinte faça o gelado.


Para o Gelado de Nata (segundo uma receita de Luís Baena)
500ml de leite
6 gemas
210g de açúcar
250ml de natas

Ferva o leite com o açúcar e as natas. Batas as gemas.
Fora do lume adicione as gemas batidas em fio, mexendo sempre.
Leve novamente ao lume até atingir 83ºC - use um termómetro.
Deixe arrefecer e leve à sorveteira para gelar.

Quando o gelado estiver com a consistência adequada retire a forma da Marquise de chocolate do frio e acabe de encher a forma com o gelado. Volte a colocar a forma no frio de um dia para o outro.

Embora dependendo do tamanho da forma escolhida, esta receita dá para duas formas.

Retire do frio 15m antes de servir e polvilhe, com cuidado, com cacau amargo.

Tarte de Alho Francês

Baseado numa receita de Jamie Oliver
Uma tarte saborosa que pode ser comida simples com uma salada ou servir de complemento a um prato principal.
Azeite q.b.
uma base de massa folhada
uma pequena noz de manteiga
um dente de alho, descascado e finamente cortado
500g de alho francês, aparado e cortado em rodelas de um centímetro de espessura
algumas hastes de tomilho fresco
250ml de crème fraîche
uma colher de chá de mostarda de Dijon
100g de queijo Cheddar ou Ilha ralado de fresco
3 ovos
sal marinho e pimenta preta acabada de moer
Préaqueça o forno a 180°C.

Forre uma tarteira de fundo amovível de 28 centímetros de diâmetro com massa folhada e pique o fundo com um garfo. Deite um fio de azeite e uma pequena noz de manteiga numa frigideira grande e leve a lume médio. Frite o alho dois minutos ou até começar a ganhar cor, junte o alho francês e as folhas da maior parte das hastes de tomilho. Tempere com sal e pimenta. Reduza o lume para o mínimo e cozinhe por 10 minutos ou até ficar suave e doce, mas sem ganhar cor. Retire e deixe arrefecer. Faça o recheio misturando o crème fraîche com a mostarda, a maior parte do queijo, os ovos e uma pitada de sal e pimenta. Misture com o alho francês, mexa e depois despeje sobre a tarte. Espalhe por cima o resto do queijo e do tomilho e regue com um pouco de azeite. Leve ao forno por 20-25 minutos ou até alourar e ferver. Deixe arrefecer uns 20 minutos e sirva com uma salada simples.

Bolo de Maçã

Baseado na receita do Bolo de Maçã da "Casa da Comida" - "4 Estações na Casa da Comida", Jorge Vale, Everest Editora,1999. Um grande livro de cozinha.

4 ovos
250g açúcar
250g manteiga sem sal
350g farinha de trigo com fermento (ou com 2 colheres de chá de fermento)
1kg maçãs golden
1 limão , sumo e raspa
4 colheres de sopa de açúcar mascavado claro
2 colheres de sopa de canela
Manteiga e farinha para untar a forma
Começa-se por descascar as maçãs. Partem-se em meias luas depois de limpas de sementes, e regam-se com o sumo de limão, o açúcar mascavado e a canela. Mistura-se tudo muito bem e reserva-se.
Unta-se com manteiga uma forma redonda, de 24 cm, com buraco, e polvilha-se de farinha.
Separam-se as gemas das claras, para taças diferentes. Batem-se as gemas com o açúcar, até a massa ficar clara e começar a fazer bolhas. Adiciona-se a raspa de limão e a manteiga, derretida em banho-maria, e continua-se a bater.
Levantam-se as claras em castelo e vão-se juntando à massa, em colheradas alternadas com a farinha.
Deixa-se metade das claras para o fim, que se envolvem suavemente na massa em movimentos rotativos, de cima para baixo.
Começa-se por forrar o fundo da forma com a maçã, depois de escorrida, e deita-se uma camada de massa por cima. Vão-se alternando as camadas de maçã e massa. A última deve ser de maçã.
Vai a cozer a forno a 175°C durante aproximadamente uma hora.
Desenforma-se cinco minutos depois de sair do forno.

Coisas do dia seguinte


Aziza Mustafa Zadeh - Jazziza
Sunny Rain

Brownies I

140g de Chocolate preto 70%
4 ovos
160g de açúcar
150g de farinha
±100g de nozes, ou avelãs, ou amêndoas, grosseiramente partidas
250g de manteiga com sal
Forre um tabuleiro de 20x30cm com o papel vegetal barrado com margarina.
Derreta a manteiga e o chocolate em banho Maria.
Junte o açúcar ao chocolate e vá mexendo até ficar macio. Junte os 4 ovos ligeiramente batidos e mexa bem.
Junte a farinha e envolva tudo até ficar homogéneo. Adicione as frutas secas e envolva.
Deite a massa no tabuleiro forrado e leve ao forno durante ±25 minutos a 180ºC. Não deixe cozer demais pois os Brownies devem ficar húmidos por dentro. Teste com um palito.
Retire e corte aos cubos que pode polvilhar com açúcar em pó.

Pastéis de Massa Tenra

A receita dos pastéis de massa tenra é muito comum e não tem grande sabedoria. Tenho constatado que as preocupações dominantes vão habitualmente para o estender da massa, que deve ficar bem fina, e para a fritura que deve ser rápida em óleo bem quente. Sempre me surpreendeu que não fosse dada particular atenção à preparação do recheio que se resume, na maior parte dos casos, a um refogado de carne picada engrossado com um pouco de farinha. 
Resolvi ir à procura dos paladares da minha infância e fazer um recheio um pouco mais apurado, como se fazia lá em casa. A alegria do recheio advém, em particular, da junção de um pouco de chouriço picado à receita.

Para ± 20 pastéis
Faça uma massa tenra de acordo com a sua receita habitual ou com 
270g de farinha
20g de margarina
50g de manteiga
1dl de água morna com uma pitada de sal
Derreta as gorduras e envolva tudo trabalhando bem com as mãos até a massa ficar homogénea. Faça uma bola com a massa, coloque num recipiente polvilhado com farinha, cubra com um pano e deixe descansar num local de temperatura amena pelo período de 2 horas.
Para o recheio
300g de carne de novilho picada
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
0,75dl de azeite
0,75dl vinho branco
1 tomate maduro
3 pedaços de tomate seco
1/4 de chouriço de carne tradicional de boa qualidade (picado)
Bechamel,salsa picada, sal e pimenta q.b.

Enquanto espera pela massa faça um puxado de azeite, cebola e alho, refresque com vinho branco e deixe evaporar um pouco. Junte um tomate pelado bem maduro, cortado aos bocados, 3 pedaços de tomate seco bem picado e um pouco de salsa picada. Deixe refogar por 5 minutos e junte a carne e o chouriço picados. Tempere de sal e pimenta. Deixe apurar até a carne estar cozinhada e com pouco molho. Envolva tudo com duas colheres generosas de bechamel e corrija temperos. Deve obter um recheio apaladado e não demasiado cremoso; deve ser evidente a consistência da carne picada.

Estenda bem a massa na banca, polvilhada de farinha, com a ajuda de um rolo. Deve ficar bem fina e flexível.
Uma das formas mais fáceis para dar forma aos pastéis é começar por cortar a massa com um aro circular, ficando a massa reduzida a grandes círculos no centro dos quais é colocada uma colher de recheio. Se não tiver um aro use uma chávena ou um copo do tamanho que achar adequado. Basta agora dobrar ao meio esses círculos, fechando-os, e assegurando-se que os seus limites ficam bem selados com a eventual ajuda de um garfo para os pressionar e dar aquele efeito dentado.
Pode ainda aproveitar as pontas de massa que sobram e voltar a trabalhar a massa para que seja ainda possível voltar a estende-la e fazer mais uns poucos pastéis.
Vá colocando os pastéis num tabuleiro polvilhado de farinha até a operação estar completa. 
Frite os pastéis de massa tenra em óleo abundante e bem quente e ponha-os a escorrer sobre papel absorvente.
Acompanhe com arroz de ervilhas.

Coisas do dia seguinte

Leila Pinheiro - Catavento e Girassol (1996)

Requeijão de Seia com mel e pimenta rosa

Uma entrada de sabores delicados que vale pela qualidade do requeijão e do mel.


O requeijão deve ser cremoso, macio e saboroso, se possível da Serra da Estrela onde normalmente é feito com o soro do Queijo da Serra.
Parta-o ao pedaços com os dedos e regue com um bom mel DOP da Serra da Lousã. Por fim polvilhe com pimenta rosa previamente triturada ou esmagada com a lamina de uma faca larga.
Servido com um bom espumante dá uma excelente entrada.

Papo de Anjo de Chocolate


Adaptação de uma receita de Leonor de Sousa Bastos

Esta receita tem uma ideia base muito semelhante ao "Doce da Io Appolloni". Trata-se de um Papo de Anjo em ponto grande e que, neste caso, leva chocolate.
Calda 
400g de açúcar 
300g de água 
1 pau de canela 
Casca de limão e laranja 
Num tacho, levar ao lume a água com o açúcar e os aromatizantes e deixar ferver durante cerca de cinco minutos. Retirar do lume e deixar arrefecer completamente. 
Papo-de-anjo de chocolate 
7 gemas 
1 ovo 
1/4 de colher de chá de fermento (2,5g) 
1 colher de sopa rasa de cacau em pó (8g)
Raspas de chocolate para enfeitar 
Pré-aquecer o forno a 150°C. 
Untar com manteiga uma forma de 26cm. Usei uma de silicone. 
Bater as gemas e o ovo até triplicarem de volume e estarem brancos e firmes. Adicionar o cacau peneirado com o fermento, envolvendo, delicadamente, com uma espátula, para que a massa perca o mínimo de volume possível.
Deitar o preparado para a forma e, com uma espátula, alisar a  superfície. Levar ao forno e deixar cozer durante 20 minutos. Deixar arrefecer um pouco e virá-lo ao contrário para um prato ou tarteira mais larga que posteriormente tenha espaço para a calda. 
Deixar arrefecer completamente e levar ao frigorífico. Depois de bem frio regar o papo-de-anjo com a calda, enfeitar com o chocolate raspado e guardar refrigerado. 
Aguenta vários dias no frigorífico. Originalmente esta receia dá para cerca de 22 unidades em formas com 5 cm de diâmetro e 2 cm de altura.

Chocos sulistas

Resolvi não lhes chamar chocos à algarvia porque há muitos anos que não respeito a receita original. São confeccionados de forma quase idêntica e, para o meu gosto, ficam mais saborosos.

1kg de chocos pequenos
2dl de azeite
0,5dl de brandy
6 dentes grandes de alho
2 folhas de louro
sal e pimenta
  
Limpe bem os chocos, que devem ser pequenos, retirando-lhes a tinta.
Tempere-os com os alhos laminados, o louro, o sal, a pimenta e finalmente regue-os com o brandy. Reserve por uma hora.
Numa caçarola com tampa deite o azeite e os chocos com todo o seu tempero. Leve ao lume bem tapado e deixe cozinhar em lume médio.
Quando os chocos ganharem cor, prove e rectifique de sal e pimenta. Deixe cozinhar tapado, em lume brando, até o azeite se apresentar limpo, com o aspecto que tinha na garrafa, e os chocos estarem tenros.
Acompanhe com batata cozida ou puré e salada variada.

Se os chocos não forem pequenos não é a mesma coisa; mas pode fazer na mesma cortando-os em pedaços. 

Croquetes de alheira de caça

É muito simples e muito bom!
1 alheira de caça (dá 5 a 6 croquetes)
1 ovo batido
pão ralado
óleo de amendoim para fritar


Deixe a alheira à temperatura ambiente durante uma hora. Retire-lhe a pele (faça um corte longitudinal na pele e puxe) e corte-a em pedaços iguais.
Passe um pouco de farinha nas mãos e faça uma bola com cada um dos pedaços da alheira, rolando-o entre a palma das mãos.
Passe as bolas de alheira por ovo e depois por pão ralado.
Frite-as em óleo abundante, fazendo-as rodar até estarem  ligeiramente tostadas e com cor uniforme.
Sirva ainda quente.

Merengue de amoras e mel


Baseado numa excelente receita de Jamie Oliver para 8 pessoas.

4 claras de ovos grandes
200g de açúcar
uma pitada de sal marinho
150g de favos de mel
300ml de natas inteiras
sementes raspadas de uma vagem de baunilha cortada longitudinalmente
300ml de crème fraîche
300g de amoras
duas colheres de sopa bem cheias de mel liquido
50g de amêndoas fatiadas tostadas

Pré-aqueça o forno a 150° C.
Forre um tabuleiro de 40x25 cm com papel vegetal.
Coloque as claras dos ovos numa tigela bem seca e bata-as em castelo firme. Continue a bater e junte aos poucos o açúcar e depois o sal. Ponha a batedeira na velocidade máxima, batendo cerca de sete minutos mais até que a mistura do merengue fique branca e brilhante. Parta em pedaços a maior parte do favo de mel e misture no merengue.
Ponha um pingo de merengue em cada canto do papel vegetal e vire-o para o colar ao tabuleiro. Verta o merengue no tabuleiro e com as costas da colher alise-o até ficar espalhado por todo o tabuleiro. Leve ao forno pré-aquecido por uma hora ou até ficar crocante por cima e macio e pegajoso no interior. Deixe arrefecer. Depois de frio parta o merengue em pedaços grandes com as mãos e transfira metade para um prato bonito e fundo ou travessa. Reserve o restante.
Bata as natas com as sementes de baunilha até formar picos moles e lisos, depois misture com o crème fraîche.
À parte, use um garfo para esmagar 100g de amoras com o mel e em seguida verta sobre a mistura das natas e dê três voltas com a colher para que fique mal misturado. Com esse creme cubra a metade do merengue já frio e espalhe por cima o resto do favo de mel o resto do merengue, as amoras, as amêndoas torradas e sirva. Uma delícia!
Nota: Se não conseguir arranjar o favo de mel pode fazer na mesma que fica bem. Uma boa sugestão é espalhar uma colher de mel sobre o merengue 15 minutos após tê-lo colocado no forno. O resultado final é ficar com mel caramelizado misturado com o merengue o que, não sendo a mesma coisa que o favo, atenua a sua falta.

Pudim de Laranja


É um pudim denso e muito guloso, com um maravilhoso sabor a laranja. É bastante doce pelo que não necessita de muita calda de caramelo.

2 laranjas (raspa e sumo)
400 g de açúcar
8 ovos
1 colher de café de canela em pó
1 colher de café de gengibre em pó

para o caramelo
150 g de açúcar para o caramelo
1,5dl de água
Com os 150 g de açúcar e 1,5 dl de água prepare o caramelo dourado. Barre com ele uma forma de pudim com tampa e reserve. 
Misture bem o açúcar com os ovos inteiros. Junte o sumo e a raspa das laranjas. Adicione as especiarias e envolva tudo.

Deite na forma de pudim e leve ao forno a 180ºC em banho-maria durante 30 minutos.
Desenforme em frio.

Coisas do dia seguinte

How Do You Keep the Music Playing?

Canção composta por Michel Legrand para o filme Best Friends de 1982. Interpretada por James Ingram e Patti Austin.

Perna de peru assada em cama de legumes

Comece por temperar a perna de peru esfregando-a bem com uma mistura, que pode fazer num almofariz, de dentes de alho, sal grosso, pimenta preta em grão e um pouco de pimentão doce. Para facilitar a coisa acrescente um fio de azeite. Ah! e não se esqueça de retirar previamente a pele do peru.
Eu fiz duas pernas de peru médias e utilizei 8 dentes de alho  e 10 grãos de pimenta. Querendo um pouco de picante acrescente piripiri ao almofariz a gosto. Polvilhe com um pouco mais de pimentão e um gole de vinho branco e reserve por 1 hora.
Entretanto, numa assadeira, faça uma cama de legumes com 2 cebolas às rodelas, 2 alhos franceses em juliana, 3 cenouras em juliana, 3 tomates às rodelas e dois dentes de alho picados. Junte uma folha de louro e umas hastes de salsa. Se gostar de cebolinhas assadas junte algumas inteiras. A composição da cama e a quantidade de legumes pode variar a gosto; é apenas necessário que a carne assente sobre a cama de legumes.
Coloque as pernas de peru sobre os legumes e enriqueça tudo com três ou quatro goles de vinho branco e um generoso fio de azeite. Se necessário corrija de sal.
Leve ao forno a assar a 180-200ºC por 1hora e 40 minutos regando a carne várias vezes com o molho que se vai formando. Não deixe secar. Pode acrescentar um pouco de água.
Sirva a carne fatiada com os legumes e acompanhe com puré.

Vik Muniz no CCB

Também a não perder a curiosa exposição de Vik Muniz, um brasileiro de São Paulo, multifacetado, simultaneamente pintor, escultor, designer, fotógrafo, escritor, criador, ilusionista e crítico.
A entrada na exposição é gratuita e pode visitar-se de domingo a sexta das 10 às 19 horas e sábados das 10 às 22 horas. Até 29 Janeiro 2012.

Feira de Arte Contemporânea de Lisboa 2011


Termina hoje a Feira de Arte Contemporânea de Lisboa. Pode ser visitada a partir das 16H00 por 8 euros e vale a pena. Catálogo a 20 euros. 
Encontra-se muita coisa boa, principalmente artistas portugueses e espanhóis. Só acontece uma vez por ano; a não perder...


Doze restaurantes portugueses distinguidos no Guia Michelin de 2012

Com duas estrelas
Ocean - Chef Hans Neuner (mais uma estrela)
Vila Joya - Chef Dieter Koschina

Com uma estrela
Novas entradas
Feitoria - Chef José Cordeiro
The Yeatman (Vila Nova de Gaia) - Chef Ricardo Costa

Mantêm-se
Tavares (Lisboa) - Chef Aimé Barroyer (saiu Chef José Avillez)
Willie's (Quarteira)
São Gabriel (Almancil)
Henrique Leis (Almancil)
Il Gallo d'Oro (Funchal)
Arcadas da Capela (Coimbra)
Casa da Calçada (Amarante)
Fortaleza do Guincho (Cascais)

Saída
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Coisas do dia seguinte



 Tony Bennett - If I Ruled The World
Originalmente composta em 1963 para o filme Pickwick foi gravada por Tony Bennett em 1965. 

Kiwis com creme de limão e chocolate preto

Uma receita rápida, para resolver uma inesperada necessidade de servir sobremesa.


Para duas pessoas:
3 ou 4 Kiwis às rodelas
40g de açúcar
sumo de meio limão
1 colher de xá de limoncello
1 gema de ovo
1 colher de chá de maizena
1dl de leite
Chocolate preto q.b.

Disponha os kiwis às rodelas num prato e cubra com o creme de limão. Polvilhe a gosto com o chocolate preto ralado. Sirva frio.

Creme de limão
Leve o açúcar, o sumo de limão e a colher de limoncello ao lume até ferver. À parte misture o leite, a gema de ovo e a colher de maizena, tudo bem dissolvido.
Assim que estiver a ferver retire o açúcar do lume, deixe arrefecer um pouco e, lentamente, junte a mistura do leite e ovo mexendo sempre. 
Volte a colocar o creme em lume médio e vá mexendo até engrossar. Se necessário acrescente um pouco mais de leite.

Rabanadas com calda de vinho do porto



1 Cacete (do dia anterior)
5 ovos
3 chávenas de leite frio açucarado
1 pitada de sal
óleo para fritar
Corte o cacete em fatias de 1,5cm. Passe-as pelo leite com açúcar, dum lado e do outro, escorra-as e coloque-as num tabuleiro até completar a operação.
Passe-as, de ambos os lados, pelos ovos ligeiramente batidos com uma pitada de sal.
À medida que vai passando as fatias por ovo vá-as fritando, de imediato, no óleo. Deve controlar a temperatura do óleo para obter o dourado perfeito.
Vá retirando as rabanadas do óleo, escorra e coloque num tabuleiro forrado com papel absorvente. Reserve.

Calda
3 chávenas de chá de açúcar
2 chávenas de chá de água
3 paus de canela
casca de 1/2 laranja
1 gole generoso de vinho do porto tinto
Coloque o açúcar, a água, a canela e a casca de laranja, numa panela e leve ao lume para ferver. Assim que levantar fervura adicione um bom gole de vinho do porto e deixe ferver até atingir ponto de fio (103ºC).
Retire os paus de canela e a casca de laranja e deixe arrefecer antes de servir.
Coloque as rabanadas numa taça grande , uma a uma e que vai regando com duas colheres de calda. A calda sobrante deve ser servida à parte para utilizar a gosto.

Cataplana de Robalo com Gambas


Para 4 pessoas

1 robalo médio (750 a 1000g)
12 gambas
¼ de chouriça
80g de bacon
1 cebola média
3 dentes de alho
1 pimento verde
1 tomate grande maduro
8 batatas pequenas
4 unidades de tomate seco
1 folha de louro
4 hastes de salsa picada
0,7dl de azeite virgem
1dl de vinho branco seco
sal, pimenta de moinho q.b.

Descasque e corte as batatas às rodelas de 3mm. Reserve em água e sal.
Pele o tomate e corte às rodelas limpo de sementes. Pique as unidades de tomate seco, o alho e a cebola. Corte o pimento em cubos, limpo de sementes. Corte o bacon em cubos e a chouriça às rodelas.
Retire a casca às gambas, deixe a cabeça e o rabo. Tempere de sal. Corte o robalo às postas e tempere de sal e pimenta. Reserve.

Comece por levar ao lume a cataplana sem a parte de cima.

Faça um fundo com a cebola, o alho e o azeite e deixe apurar um pouco. Refresque com o vinho, deixe evaporar e junte a folha de louro, o tomate, o tomate seco, o pimento, o bacon e o chouriço. Deixe apurar...
Junte as batatas às rodelas e dê uma volta a tudo. Coloque a parte de cima da cataplana e deixe ferver por 10 minutos. 
Abra a cataplana e prove o molho. Corrija os temperos se necessário.
Distribua as gambas e o peixe e polvilhe com a salsa picada.
Feche a cataplana e deixe ferver por mais 15 minutos. Retire do lume e espere um pouco antes de abrir a cataplana. Abra e sirva de imediato.

Esparguete, atum e espargos

Uma saborosa combinação de atum e espargos num prato simples, mas guloso. 240 g de esparguete 1 lata (385 g) de atum em óleo 1 molho de espa...