Toucinho do Céu de Murça

Esta receita de Toucinho do Céu é mais um caso da grande doçaria tradicional "ovos e açúcar".  É fantasticamente simples e fantasticamente boa. Um pecado para o corpo e um bálsamo para o espírito.


Receita original do livro “Cozinha Tradicional Portuguesa”

500g de açúcar
125g de amêndoas
125g de doce de chila
20 gemas de ovos
1 colher de chá de canela
2 colheres de sopa de farinha
Margarina

Pelam-se e ralam-se as amêndoas.
Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até atingir o ponto de fio (103º C).
Junta-se o doce de chila e deixa-se ferver mais 2 ou 3 minutos.
Adicionam-se as amêndoas raladas, que devem estar bem enxutas e leva-se novamente ao lume para fazer um ponto de estrada muito fraco (o fundo do tacho deve ver-se rapidamente).
Retira-se o doce do lume e, depois de arrefecer um pouco, junta-se as gemas, que engrossarão ao lume, sem que no entanto o doce ferva. Deixa-se arrefecer ligeiramente.

Unta-se com margarina e polvilha-se com farinha uma forma rectangular de 20x30 cm, ou quadrada, com cerca de 1,5 litros de capacidade. Espalha-se uma colher de farinha sobre o fundo da forma e deita-se dentro o doce. Polvilha-se a superfície com a outra colher de farinha e lava-se a cozer em forno bem quente (200ºC a 250ºC)

O toucinho-do-céu está cozido quando se lhe  introduzir uma faca e esta sair quente e limpa. Desenforma-se.


Sacode-se o excesso de farinha, corta-se o toucinho-de-céu em fatias, passam-se por açúcar pilé e guardam-se numa caixa forrada com papel de seda recortado com a tesoura.

Dicas:
1. É suficiente aquecer o forno a 200ºC. Mais quente pode queimar um pouco por cima, mesmo que a camada de farinha a cobrir o doce seja generosa.
2. Cubra o doce com mais que uma colher de farinha. Aconselho duas, espalhadas uniformemente.
3. Depois de cozer e arrefecer um pouco, limpe o excesso de farinha cuidadosamente com uma trincha (dos dois lados).
4. O toucinho do céu aguenta-se bem, por vários dias, no frigorifico, bem envolto em açúcar e dentro de um tupperware.

As Pizzas do Chefe Avillez

Abriu, há algumas semanas, a Pizzaria Lisboa,  na Rua dos Duques de Bragança, 5H
Horário: segunda a sexta das 12h30 às 15h e das 19h30 às 00h | sábado das 12h30 às 16h30 e das 19h30 às 00h | domingo das 12h30 às 22h  Telf. 211554945.


Mais uma aventura do Chefe Avillez que vale a pela visitar. Logo abaixo do Cantinho do Avillez. Bom serviço e boas pizzas para várias bolsas a partir de 9,5€. Pode-se encontrar novos paladares e combinações. Para além dos clássicos temos também mozzarella de búfala,  burrata, manjericão, carabineiros, presunto de Chaves, corações de alcachofra, trufas... A sofisticação paga-se e os preços começam a subir. Os nomes das pizzas não podem estar mais de acordo: Fado, Bica, Alfama, Mouraria, Santo António, Graça, 28, Ladra, Figueira, Carmo, Madragoa, Liberdade, Sete Colinas, Castelo, Beato , Chiado, Descobrimentos, Garrett e Rossio. E, para variar, podemos experimentar uma fuga para  as saladas, massas, risottos e hamburgueres. Não vá à espera de grande cozinha; são pizzas...

Esparguete de berbigão com gambas




4-5 pessoas

300g de gambas
0,5dl de azeite de alho
raspa da casca de uma laranja
1 piripiri (facultativo)

1Kg de berbigão fresco
4 dentes de alho grandes
5 pés de coentros
1 fio de azeite
Sal q.b. (se o berbigão esteve mergulhado em água do mar não necessita de sal)

400g de esparguete
1 cebola média
2 tomates sem pele e limpos de sementes
2 dentes de alho
0,5dl de azeite
1 gole de vinho branco seco
1 colher de sopa de manteiga
Sumo de meio limão
4 pés de coentros picados
uma mão cheia de rúcula.

Sal e pimenta q.b.


Tempere as gambas depois de descascadas (deixe-lhes ficar a cabeça e o rabo) com sal, azeite de alho e raspa da casca de uma laranja. Se gostar junte um piripiri.
Abra o berbigão, depois de lavado, em azeite, alho e coentros. Retive os berbigões depois de abertos, coe o caldo que se formou e reserve. 
Salteie os camarões, com o seu tempero, num sauté, em lume forte. Reserve. 
Coza o esparguete “al dente”.
Num sauté puxe uma cebola picada com o azeite e o alho. Junte o tomate e deixe ferver mais um pouco. Acrescente um gole vinho branco seco, o sumo de limão e o caldo coado que ficou dos berbigões. Deixe ferver e reduzir um pouco. Adicione a manteiga. Assim que a manteiga derreter, junte e salteie a massa cozida. Junte os coentros picados, a rúcula lavada e o berbigão, misturando e combinando os ingredientes. Sirva quente com as gambas a enfeitar.

Coisas do dia seguinte


A não perder o novo Atellier-museu Julio Pomar na Rua do Vale 7, em Lisboa. Um edifício recuperado pelo arquitecto Siza Vieira, onde nos sentimos bem e podemos  apreciar, com calma, várias obras da colecção da Fundação Júlio Pomar. A entrada é gratuita.












Pregado simples no forno

Há momentos em que o que nos apetece mesmo são coisas simples e boas. E se falarmos de peixe (e gostarmos de peixe), quando ele é mesmo bom, de qualidade e bem fresco, então ele basta-se a si próprio. É nestes momentos que a simplicidade me parece uma virtude. Então, porque não segui-la?




Esta forma de cozinhar peixe pode aplicar-se a diversos tipos de peixe com todo o sucesso. Há anos, e pela primeira vez, comi na Horta, Faial, um fresquíssimo robalo de mar trabalhado assim que estava divinal. Esqueci o restaurante mas não esqueci o peixe...

A minha opção mais frequente passa por pregado - mas pode ser rodovalho - robalo ou dourada. É muito simples e rápido e no fim, oh! maravilha de peixe...



Pré aqueça o forno a 180ºC. 

Dê três golpes no pregado e tempere-o com sal, pimenta de moinho e sumo de meio limão. 
Lamine 4 ou 5 grandes dentes de alho e coloque dois a fazer de cama na assadeira. Regue-os com um pouco de azeite virgem e coloque o peixe em cima. Cubra o peixe com o restante alho e regue com mais azeite virgem. Leve ao forno até estar assado (20 a 25 minutos dependendo do tamanho do peixe).
Acompanhamento clássico de batata cozida e grelos.

Dica: a meio da assadura, se o peixe estiver a secar, pode regar com um gole de um bom vinho branco seco.

Doce de Abóbora Chila


Antes de fazer o Bolo Real faça o doce de Abóbora Chila - Receita da Cozinha Tradicional Portuguesa

1 abóbora chila
igual peso de açúcar da abóbora cozida
1 pau de canela
sal


 Parte-se a abóbora atirando-a ao chão (não se deve empregar a faca para esta operação porque transmite mau sabor ao doce). Com as mãos separam-se os diferentes bocados deixando-os ficar com a casca. Tira-se-lhes a tripa e as pevides, tendo o cuidado de não deixar qualquer bocadinho de filamentos amarelos e sem lhe tocar com objectos metálicos. Introduz-se a abóbora em água fria abundante e esfregam-se os bocados mudando várias vezes a água. Repete-se esta operação até a abóbora deixar de fazer espuma. Deixa se ficar de um dia para o outro em água limpa.


Num tacho de esmalte, leva-se a abóbora a cozer em lume forte, introduzindo-a a pouco e pouco na água a ferver e temperada com sal.
Quando a casca se separar facilmente, escorre-se.
Passa-se a abóbora por água fria e com as mãos separam-se os fios o melhor possível. Escorre-se num pano e pesa-se.



Toma-se igual peso de açúcar, junta-se um pouco de água e a canela e deixa-se cozer até se obter uma calda espessa (115° C). Junta-se a abóbora e deixa-se ferver, mexendo constantemente até fazer estrada.
Deita-se o doce em frascos e tapam-se com papel celofane.

Bolo Real

É real e espectacularmente bom. Uma receita que vai beber às terras alentejanas mas que aqui é apresentada sob roupagens requintadas.



Para 10-12 pessoas

260g de amêndoa moída sem casca
4 ovos inteiros
8 gemas
260g de açúcar
300g de doce de chila

Para polvilhar

amêndoa sem casca picada ou granulada q.b.
açúcar em pó q.b.


Prepare um tabuleiro de aproximadamente 33x21cm e forre-o com papel vegetal bem untado com manteiga e polvilhado com farinha.

Pré aqueça o forno a 180ºC.

Comece por preparar a chila escorrendo o doce para lhe tirar a maior parte da calda. Pode fazê-lo usando um coador de rede fina sobre uma taça, onde coloca o doce de chila amornado para que liberte a calda. Tente soltá-lo com uma espátula e vá juntando as fibras de chila enquanto a calda escorre. Reserve.

Bata o açúcar com os ovos e as gemas até ficarem bem fofos e claros, aumentando bastante de volume.
Junte a amêndoa moída, mexa um pouco mais e,  por fim, acrescente a chila e envolva bem com uma colher. Coloque no tabuleiro e leve ao forno pré aquecido tendo o cuidado de vigiar para que não aloure em excesso. Se necessário baixe o formo para 160ºC. Faça o teste do palito aos 25 minutos.

Entretanto prepare a cobertura misturando muito bem o granulado de miolo de amêndoa com o açúcar em pó. (Dica: fica ainda melhor se juntar uma colher de sopa de miolo de amêndoa moída).

Retire o bolo do forno e deixe arrefecer um pouco para desenformar. Depois de frio corte aos cubos, coloque num prato para servir e polvilhe com a amêndoa e açúcar preparados.



Coisas do dia seguinte

Quem gosta de uma gosta da outra? 

A versão original é de 1951. "Non Dimenticar" interpretada por Sinvana Mangano no filme "Anna", realizado por Alberto Lattuada. Letra de Michele Galdieri e música de  P.G. Redi.



A versão de Nat King Cole é de 1958 - "Don't Forget"




Folhado de peru (ou empadão)

Folhados e empadões de carne, venham eles!

Para os recheios prefiro aves e podem aproveitar-se sobras de carne já cozinhada, que se for bem preparada não fica nada mal. 
Quando faço peru assado, desta ou de qualquer outra forma, normalmente faço um pouco mais, para que sobre, pois já estou a pensar no que vou fazer alguns dias depois. Posso mesmo congelar um pouco de peru assado, durante alguns dias, para fazer um folhado ou empadão na semana seguinte.
Aqui deixo imagens de dois exemplares feitos com o mesmo tipo de recheio, mudando apenas a massa utilizada (e eventualmente o formato). No primeiro caso com massa folhada e no  segundo com massa para empadas; mas também se pode fazer com massa quebrada.


Para um folhado (4-6 pessoas)

500 a 600g de peru assado e desfiado

2dl de Vinho Branco seco
1 Cebola média
300g de Cogumelos laminados
1dl de Azeite
1 Alho Francês
1 Folha de louro
1 Colher de sopa de farinha
Sal e pimenta q.b.
500g de massa folhada
1 ovo para pincelar a massa


Num tacho grande picar a cebola e juntar ao azeite. Deixar cozer em lume médio. Estando a cebola cozida, juntar os cogumelos, o alho francês cortado em rodelas finas, a folha de louro e temperar. Deixar cozer em lume médio até apurar. Levantar o lume e juntar o vinho branco; deixar evaporar. Retirar a folha de louro, engrossar o molho com a farinha e rectificar temperos, após o que deve cozer 10 minutos em lume brando. Se necessário juntar um pouco de água para não secar. Juntar a carne de Peru e envolver. Está pronto. 





Antes de rechear estenda a massa folhada em rectângulo. Coloque a massa sobre um pano esticado e coloque o recheio a meio. Pincele as bordas da massa com gema de ovo. Dobre primeiro as extremidades da massa para dentro do rectângulo. Dobre de seguida um dos lados do rectângulo da massa sobre o recheio e com a ajuda do pano faça-a rolar sobre o outro lado.
Pincele com o resto da gema de ovo. Leve ao forno a 180ºC até estar bem louro e cozido. Pode acompanhar-se apenas com uma salada variada o que faz uma excelente refeição de verão. 


Não consigo decidir sobre o que gosto mais, se de massa folhada, se de massa de empada.

Para a massa de empada pode utilizar os seguintes ingredientes

500 g farinha
240 g margarina
1 ovo
2 dl água
1 pitada de sal





Deite a farinha numa tigela e faça um buraco ao centro. Deite nele a margarina, o sal, o ovo e um pouco da água. Amasse tudo muito bem e se necessário vá juntando o resto da água aos poucos. Trabalhe bem a massa. Cubra com um pano húmido e leve ao frigorífico durante uma hora.

Estenda a massa e dê-lhe a forma desejada.

Tapas I

Quem não gosta? Umas tapas para entreter e bebericar...

Três propostas. Coisas fáceis de fazer e que podem variar ao sabor da nossa imaginação. 

1. Salmão fumado (ou marinado) com requeijão de Seia com alcaparras picadas e umas gotas de sumo de limão.

2. Camarão com maionese leve de funcho (picado).

3. Foie gras (ou fígado de pato mi-cuit enformado) com marmelada de figo e redução de vinho do porto.



Tiramisù III (de Maracujá)

Tiramisù de Maracujá
 


Este Tiramisù, em rigor, não se devia chamar Tiramisù pois não leva café, o que é característica dominante na ideia original. Procura-se, no entanto, manter o contraste entre elementos doces e amargos através da utilização de cacau amargo em pó, que pode utilizar de forma mais ou menos generosa, dependendo do gosto. Estes paladares de mascarpone e maracujá anunciam o Verão pela frescura e leveza que é conseguida nesta receita.
Uma referência ao Licor de Maracujá do Ezequiel, um produto de excelência dos Açores, que acrescenta um delicado requinte a esta receita.

5 gemas
150g de açúcar em pó
500g de queijo mascarpone
40ml de licor de licor “Maracujá do Ezequiel” (Açores)
100g de polpa de maracujá. Existem no mercado vários produtos de polpa de maracujá que podem ser utilizados com vantagem. Eu utilizei polpa de maracujá integral (sem sementes) congelada, comercializada em saquinhos de 100g.
± 24 palitos de champanhe
15g de cacau amargo
200ml de licor de maracujá
200ml água quente

Cobertura
polpa de 3 maracujás (com sementes)
60g de açúcar
60ml de água

Junte o licor com a água quente mexa bem e deixe arrefecer. É nele que vai embeber os palitos de champanhe.

Para o creme de mascarpone, bata numa taça grande as gemas e o açúcar em pó. Junte a polpa de maracujá e envolva bem. Junte o mascarpone e bata durante uns minutos até ficar bem cremoso e denso. Acrescente o licor e bata um pouco mais. Tem que ficar suficientemente firme para mantenha a configuração depois de desenformado.

Embeba os biscoitos no licor com água e reserve. Faça esta operação de forma breve para que os palitos de champanhe não fiquem embebidos demais.

Faça camadas intercaladas com o creme de mascarpone, os palitos de champanhe e o cacau amargo em pó, na forma escolhida (num aro de 24 cm colocado directamente no prato de servir)
Termine com uma camada de mascarpone. Leve ao frigorífico durante 4 horas mínimo. Melhor de um dia para o outro.  

Quando já estiver bem frio cubra com a calda fria de maracujá e mantenha no frio até retirar o aro.

Cobertura
Leve a água e o açúcar ao lume e deixe levantar fervura. Junte a polpa fresca de maracujá (incluindo as sementes), ferva por dois minutos em lume brando e retire do lume. Deixe arrefecer.

Sugiro-lhe que ao embeba os biscoitos em licor numa operação rápida para que os biscoitos não fiquem ensopados em demasia. Ao fazer as camadas de creme e palitos, a primeira camada deve ser de creme mascarpone, seguida do cacau e palitos. Depois repete e termina com o creme, pelo que, se quiser, pode optar por dividir o creme em três partes (tantas quantas as camadas). 



Bacalhau do senhor prior

Não sei qual é a origem deste modo de confeccionar bacalhau mas, para um indefectível do bacalhau como eu, todas as formas de abordagem - mesmos as mais simples, como esta - são uma boa oportunidade para a degustação e o deleite. 


A confecção conhecida do "bacalhau à senhor prior" recomenda uma cozedura breve do bacalhau. Resolvi corromper a tradição optando por assar o bacalhau. Assadura breve, sem deixar secar a posta e que a lasca se solte facilmente. Acho que fica ainda mais saboroso...


Avalie a fome dos comensais e, em ultima análise, considere uma posta de bacalhau por pessoa. Se lhe der jeito, escolha as postas que vai assar misturando bacalhau do alto (posta do lombo) com postas mais pobres - abas e rabo. Assim sempre poupa alguma coisa e, como vai ser lascado, passa muito bem.


Vamos a contas (anda por aí muita gente que não as sabe fazer).

Para 4 comedores

4 postas de bacalhau demolhado
1kg de batatas
4 dentes de alho
3 dl de azeite
5 ovos
3 pés de salsa
12 azeitonas descaroçadas
Sal e pimenta de moinho




Asse o bacalhau e lasque-o retirando as espinhas.
Coza as batatas com casca e 2 ovos.
Pele as batatas e corte-as às rodelas grossas.
Descasque e corte os ovos cozidos às rodelas e as azeitonas ao meio.
Numa taça bata ligeiramente os 3 ovos restantes com uma pitada de sal e pimenta de moinho. Reserve.
Lamine os alhos e junte o azeite. Leve ao lume para alourar ligeiramente o alho e ganhar o aroma.
Prepare uma assadeira para ir ao forno preaquecido a 180ºC.


Comece por colocar no fundo da assadeira, em camada, metade das rodelas de batata. Cubra com o bacalhau lascado e regue com metade do azeite com alho. Cubra o bacalhau com as restantes batatas e regue com o resto do azeite com alho. Leve ao forno por 10 minutos. 

Aproveite para picar a salsa.
Ao fim de 10 minutos retire do forno e regue por cima com os ovos batidos. Volte a colocar no forno por mais 10 minutos.
Retire do forno, enfeite com as rodelas de ovo, as azeitonas e a salsa picada.


Delicie-se e esqueça o país (por uns momentos).

Caçarola de Goraz

Gosto muito de peixe e procuro variar na forma de o cozinhar. Esta espécie de caldeirada, onde se misturam legumes, peixe e eventualmente marisco, fica muito saborosa e pode transformar-se num prato requintado, dependendo da qualidade dos produtos que utilizarmos. É o tipo de confecção que dá para ser criativo e juntar mais um ou outro legume, variar nos peixes e mariscos e até nas especiarias. Boa sorte!



Para 2 pessoas

1Kg de goraz fresco cortado às postas
1Kg de mexilhão fresco ou 200g de miolo de mexilhão
1 courgette pequena
1 cenoura média
2 a 3 batatas 
1/2 pimento vermelho
1/2 litro de caldo de peixe
2 colheres de sopa de manteiga
1/2 colher de sopa de farinha
Vinho branco
Azeite, sal, pimenta, louro e sumo de limão
3 pés de salsa picada

Lave muito bem os mexilhões e coza-os (o melhor é ao vapor) com uma folha de louro até abrirem. Retire-os das cascas e corte-lhes as barbas. Reserve.
Tempere as postas do Goraz com sal e reserve.

Corte as courgettes em rodelas de 5mm, corte o pimento concassè, corte as cenouras em rodelas oblíquas, descasque as batatas e corte às rodelas de 5mm. Escalde as cenouras e as batas em água a ferver durante 3 minutos. Escorra e reserve.

No sauté, com 1 colher de manteiga e um fio de azeite azeite, salteie os legumes até alourarem. Tempere com sal e pimenta moída. Coloque no fundo de uma caçarola (ou pirex) com tampa. 

Coloque mais uma colher de manteiga no sauté e salteie rapidamente os mexilhões. Acrescente um gole de vinho branco e deixe evaporar. Junte aos legumes na caçarola.

Acrescente mais um fio de azeite ao sauté e aloure as postas do goraz até que ganhem um pouco de cor. Refresque com o sumo de limão. Coloque o goraz na caçarola por cima dos legumes, tape e reserve. 

Aproveite o sauté, acrescente um pouco mais de azeite, se necessário, e com meia colher de farinha e um pouco de caldo de peixe faça um bechamel muito muito leve. Pode acrescentar um pouco mais de caldo para que não engrosse demais e avalie, também, a quantidade de molho que quer juntar na caçarola. Rectifique os temperos.

Regue o goraz com o molho, junte a salsa picada por cima, tape e leve a caçarola a lume brando só para levantar fervura e homogeneizar paladares. Sirva de imediato.



Strudel de Maçã

Interpretando uma receita do Chefe Luís Baena

Strudel de maçã

Para 12 pessoas

Comece pelo recheio de Brown sugar pudding

6 colheres de sopa de açúcar amarelo
150g de manteiga
100g de passas de uva
500g de maçã laminada
150g de migalhas de bolo ou palitos la reine
Sumo de limão q.b.
Canela em pó q.b.

Coloque as passas a macerar no sumo de limão.
Parta os palitos la reine em pedaços pequenos.
Derreta a manteiga e adicione o açúcar. Em lume médio, deixe cozinhar por 5 minutos.
Junte as passas de uva maceradas, juntamente com o sumo de limão e a maçã cortada em fatias finas.
Deixe ferver durante algum tempo até perder grande parte do molho e começar a caramelizar.
Quando caramelizar, e para absorver o que resta de humidade, junte as migalhas de bolo ou de palitos la reine. Envolva delicadamente e polvilhe com a canela. Deixe arrefecer.

Para a massa
500 g de farinha
250 ml de água morna
30g de óleo
2g de sal

Bata muito bem todos os ingredientes, corte ao meio e faça duas bolas. Pincele com óleo, cubra com película aderente e coloque no frio durante 1 hora.
Utilize uma das bolas que fez e estique a massa, em forma rectangular, até ficar com 3mm de espessura e coloque-a sobre um pano polvilhado com farinha. Assim vai ser mais fácil de enrolar sobre o recheio.
Recheie com o brown sugar pudding frio, a meio e ao longo do rectângulo de massa, procurando dar-lhe uma forma arredondada com a colher.
Dobre os extremos da massa sobre o recheio e cubra-o com um dos lados do rectângulo de massa. Com a ajuda do pano faça rolar o strudel sobre o outro lado da massa. Com a ajuda do pano passe-o para um tabuleiro e pincele-o com um pouco de óleo.
Leve ao forno, a 190°C, até que a massa esteja bem dourada.
Polvilhe com açúcar em pó.

Dicas: 
1. É mais fácil corta-lo com uma faca de serrilha ou uma faca eléctrica.
2. O Brown Sugar Pudding também pode ser servido simples, acompanhado com molho ou gelado de baunilha.

Joana Vasconcelos no Palácio Nacional da Ajuda


    Para quem não foi ao Palácio de Versalhes.    


    Joana Vasconcelos - Palácio Nacional da Ajuda 

    De 23-03 a 25-08-2013
    Lisboa,
     Palácio Nacional da Ajuda - Largo da Ajuda - T. 213637095

    HORÁRIOS

    Todos os dias: das 10h00 às 19h00
    Excetuando Sábado: das 10h00 às 21h00
    Encerra à quarta-feira

    PREÇOS

    Normal – 10€
    Jovem – 5€ (dos 6 aos 18 anos)
    Sénior – 5€ (maiores de 65 anos)
    Criança – Entrada gratuita (até aos 6 anos)
    Estudante – 5€ (até aos 25 anos, mediante apresentação do cartão de estudante) Família 1 – 20€ (2 adultos + 1 criança entre os 3 e os 18 anos)
    Família 2 – 24€ (2 adultos + 2 crianças entre os 3 e os 18 anos)
    Fast Lane Adulto – 15€ (acesso prioritário)
    Fast Lane Jovem – 10€ (acesso prioritário)
    Escolas – 4€ (até ao 12o ano. 1 professor com entrada gratuita por cada 20 alunos) 
    Universidades – 4€

    Eu vou

Bolo para o chá


É um parente do Bolo Inglês mas sem frutas cristalizadas. Neste exemplar optei por misturar amêndoas e avelãs (gosto de variar!) em partes iguais, e não me arrependi. O paladar é delicado, ora predominando a amêndoa, ora a avelã, e liga de forma superior com uma aromática chávena de chá.



300g de farinha
180g de manteiga
200g de açúcar
120g de passas sem grainha (ou sultanas)
150g de amêndoa torrada (ou avelã)
4 ovos
1 colher de sopa rasa de fermento

Prepare uma forma de bolo inglês  bem untada com manteiga e polvilhada de farinha.
Pré aqueça o forno a 200ºC.
Misture o fermento com a farinha.
Pique grosseiramente as amêndoas.
Bata o açúcar com a manteiga amolecida até ficar cremoso. Junte os ovos inteiros, um a um, e vá envolvendo. Junte a farinha com o fermento e misture bem.
Reserve uma mão cheia de frutas secas para enfeitar o bolo e acrescente o restante à massa. Envolva tudo.

Tenha em atenção que o bolo vai crescer e por isso não deve encher demasiado a forma – coloque massa até ligeiramente a cima do meio. Espalhe por cima da massa os pedaços de amêndoa e as passas que reservou.

Leve ao forno por ±40 minutos na forma preparada. Logo que esteja dourado (±20m) cubra o bolo com uma folha de papel de alumínio e passe a temperatura para 180ºC.

Depois de pronto desenforme e deixe arrefecer. Pincele o bolo com um glacê de fruta ou uma geleia.

Esparguete, atum e espargos

Uma saborosa combinação de atum e espargos num prato simples, mas guloso. 240 g de esparguete 1 lata (385 g) de atum em óleo 1 molho de espa...