Clafoutis de Maçã
Roberto Bolaño
A Crise
Gelado Cheesecake
Verão; recordar Eduardo Prado Coelho
"A PRAIA FINALMENTE
por EDUARDO PRADO COELHO
Segunda-feira, 2 de Setembro de 2002, in Publico
Num belíssimo texto publicado há dias no suplemento "Babelia" do jornal "EL PAIS", o romancista e ensaísta Claudio Magris falava de qualquer coisa que todos nós sentimos, mas de que nem sempre temos plenamente consciência: a de que o Verão está a desaparecer.
Tranches de Corvina com misto de legumes
Corvina
1,5 kg de tranches de Corvina
Azeite virgem, sal e pimenta moída q.b.
Legumes
2 Courgettes
3 Cenouras
2 Alhos franceses
250g de cogumelos (marron, portobello)
3 Dentes de alho
Azeite, sal e pimenta moída q.b.
Emulsão
150g de Coentros
1 Dente de alho
1 Colher de sopa de Alcaparras
2,5dl de Azeite
0,6dl de sumo de limão
Pimenta moída q.b.
Comece pela emulsão. Misture tudo e leve ao liquidificador ou Varinha. Corrija a pimenta e o sumo de limão a gosto. Reserve.
Corte os legumes em juliana, os cogumelos aos bocados (quartos, dependendo do tamanho) e pique os dentes de alho finamente. Aqueça o azeite, junte o alho e salteie tudo em lume vivo. Tempere de sal e pimenta moída. Reserve.
Limpe as Tranches de Corvina e tempere com sal e pimenta moída 10 minutos antes de corar num fio de azeite virgem em lume muito vivo.
Aromatize as Tranches de Corvina com a emulsão e sirva de imediato.
Morreu João Bénard da Costa
É destes homens que sentimos a falta; o país fica mais pobre e mais pequeno com a sua ausência.
Notícia
Tiramisù
Originalmente, o Tiramisù era preparado com restos, facto que explica a presença de café, provavelmente para amolecer bolos já duros. Segundo se crê, surgiu na Lombardia. A originalidade desta sobremesa consiste no contraste entre os ingredientes doces e amargos, respectivamente dos biscoitos e do cacau e café. Entre eles encontra-se o mascarpone, um queijo cremoso com um elevado teor de gordura e um sabor suave, semelhante ao das natas.
A excelente receita que se segue é um regresso às origens com a Chef Luisa Valazza que recomenda que se acompanhe esta sobremesa com Marasquino, um licor ginja da Dalmácia ou do Véneto.
Para 4 pessoas
5 gemas
50g de açúcar em pó
500g de queijo mascarpone
5 colheres de chá de conhaque
24 biscoitos de champanhe
3 colheres de chá de cacau
4 chávenas de café (bem forte)
1. Para o creme de mascarpone, bater num recipiente as gemas e o açúcar em pó. Juntar o mascarpone e o conhaque e bater durante uns minutos.
2. Embeber os biscoitos no café e reservar.
3. Fazer camadas intercaladas com o creme de mascarpone, os biscoitos de champanhe e o cacau em pó, na forma escolhida.
4. Terminar com uma camada de mascarpone. Levar ao frigorífico durante 4 horas. Antes de servir, polvilhar com açúcar em pó e o cacau peneirado.
Eu apenas fiz uma alteração na cobertura final em que usei chocolate preto ralado onde é proposto que se polvilhe com açúcar em pó e cacau peneirado.
Sugiro-lhe que ao embeber os biscoitos em café o faça numa operação rápida para que os biscoitos não fiquem ensopados em demasia. Também ao fazer as camadas de creme e biscoitos, a primeira camada deve ser de creme mascarpone, seguida do cacau e biscoitos. Depois repete e termina com o creme, pelo que, se quiser, pode optar por dividir o creme em três partes (tantas quantas as camadas). Pode utilizar o aro de uma forma circular não aderente de 24cm. Deve centrá-lo no prato em que vai servir o Tiramisù e, então, fazer as camadas sucessivas.
A minha experiência diz-me que a receita pode levar mais três ou quatro biscoitos de champanhe.
Ter em atenção que, depois de feito, o Tiramisù deve ir ao frio pelo menos 4 horas, dependendo da regulação do seu frigorífico, e só depois desenformado. O meu frigorífico está regulado para 3ºC.
Bochechas de Porco Preto em Vinho Tinto I
Salmão fumado com alcaparras
25 DE ABRIL. (A POESIA ESTÁ NA RUA)
Nestes dois cartazes os elementos são comuns e permitem ler um 25 de Abril fundamentalmente urbano, onde a cidade surge como espaço de liberdade colectiva (talvez reivindicativa!), representando a democracia como um movimento de expressão popular e onde se espera que haja lugar para a imaginação, a criatividade e a liberdade que a poesia convoca.
Nesta data, mais uma vez recordo estas imagens e os momentos de exaltação que lhes ficaram associados, agora que são mais audíveis as vozes críticas e se inauguram Praças Salazar. São as vozes da memória curta, ou da ausência dela, e do direito adquirido. O 25 de Abril, no essencial, cumpriu-se. O sonho, esse, está sempre por cumprir pois é um caminho que se percorre e não um lugar onde se chega e se está. Só quem espera o paraíso, já ali, das soluções formatadas pode vender em saldo o árduo e enriquecedor percurso da Democracia e da Liberdade.
The S. Pellegrino World's 50 Best 2009
E o primeiro prémio vai para...Ferran Adria e "El Bulli" ganham pela quinta vez (quarta consecutiva) o Best Restaurant in the World Award . Em segundo lugar ficou o Restaurante Inglês "The Fat Duck " o que já acontece pela 3ª vez. Começa a ficar um pouco monótono...
Vamos aos resultados.
S. Pellegrino World's 50 Best 2009 winners
Position | Restaurant | Country |
1 | El Bulli | Spain |
2 | The Fat Duck | UK |
3 | Noma | Denmark |
4 | Mugaritz | Spain |
5 | El Celler de Can Roca | Spain |
6 | Per Se | USA |
7 | Bras | France |
8 | Arzak | Spain |
9 | Pierre Gagnaire | France |
10 | Alinea | USA |
11 | L'Astrance | France |
12 | The French Laundry | USA |
13 | Osteria La Francescana | Italy |
14 | St John | UK |
15 | Le Benardin | USA |
16 | Hotel de Ville | Switzerland |
17 | Tetsuya's | Australia |
18 | L'Atelier de Joel Robuchon | France |
19 | Jean Georges | USA |
20 | Les Creations de NARISAWA | Japan |
21 | Chez Dominique | Finland |
22 | Cracco Peck | Italy |
23 | Die Schwarzwaldstube | Germany |
24 | D.O.M. | Brazil |
25 | Vendome | Germany |
26 | Hof van Cleve | Belgium |
27 | Masa | USA |
28 | Gambero Rosso | Italy |
29 | Oud Sluis | Netherlands |
30 | Steirereck | Austria |
31 | Momofuku Ssam Bar | USA |
32 | Oaxen Skargardskrog | Sweden |
33 | Martin Berasategul | Spain |
34 | Nobu | UK |
35 | Mirazur | France |
36 | Hakassan | UK |
37 | Le Quartier Francais | South Africa |
38 | La Colombe | South Africa |
39 | Etxebarri | Spain |
40 | Le Chateaubriand | France |
41 | Daniel | USA |
42 | Combal Zero | Italy |
43 | Le Louis XV | France |
44 | Tantris | Germany |
45 | Iggy's | Singapore |
46 | Quay | Australia |
47 | Les Ambassadeurs | France |
48 | Dal Pescatore | Italy |
49 | Le Calandre | Italy |
50 | Mathias Dahlgren | Sweden |
Para se perceber melhor os desenvolvimentos que vão surgindo nesta área e também a solidez de alguns posições, como é o caso da França, aqui fica a tabela dos 100 melhores por país. A nossa vizinha Espanha já tem sete restaurantes nos 100 melhores. Onde estás Portugal que não te vejo!?
País | Nº de restaurantes |
France | 15 |
USA | 13 |
UK | 10 |
Spain | 7 |
Italy | 7 |
Germany | 7 |
South Africa | 5 |
China | 5 |
Japan | 3 |
Australia | 3 |
Sweden | 2 |
Singapore | 2 |
Russia | 2 |
Netherlands | 2 |
India | 2 |
Denmark | 2 |
Brazil | 2 |
Belgium | 2 |
Austria | 2 |
Dubai | 1 |
Switzerland | 1 |
Mexico | 1 |
Greece | 1 |
Finland | 1 |
Czech Republic | 1 |
Bali | 1 |
The S. Pellegrino World's 50 Best 2009
Cocotte de Raia com molho de marisco
1 Raia de 2 Kg
3 Cenouras
3 Courgettes
5 Batatas
500ml de Leite
4 Dentes de alho
150g de manteiga
1dl de azeite
1 Limão
250ml de caldo de marisco
1 Colher de sopa de farinha
Salsa
Flor de sal
Pimenta
Compre uma raia de 2Kg, mande amanhar e cortar em postas médias.
Ponha leite e ferver com os dentes alho e escalde a raia. Deixe arrefecer e retire-lhe a pele. Reserve.
Corte as courgettes em rodelas de 5mm, corte as cenouras ao meio e abra as metades em quatro, descasque as batatas e corte às rodelas de 5mm. Escalde as cenouras e as batas em água a ferver durante 3 minutos. Escorra e reserve.
No sauté, com metade da manteiga e o azeite, salteie os legumes até alourarem. Tempere com flor de sal e pimenta moída. Coloque no fundo da cocotte (pequena caçarola). Acrescente o resto da manteiga ao sauté e aloure a raia até que ganhe um pouco de cor. Refresque com o sumo de limão. Coloque a raia na cocotte por cima dos legumes, tape e reserve. Aproveite o sauté e faça um bechamel muito leve com o caldo de marisco acrescentando um pouco mais de manteiga se necessário (quando utilizar camarão nas suas confecções faça um caldo com as cabeças e guarde no congelador). Pode acrescentar um pouco mais de caldo para que não engrosse demais. Rectifique os temperos.
Regue a raia com o molho, tape e leve a cocotte ao lume só para levantar fervura. Distribua um pouco de salsa picada por cima e sirva de imediato.
Para a próxima vez que fizer esta receita vou substituir as batatas por boletos salteados. Fica um pouco mais caro mas tenho o palpite de que ao prato subirá vários degraus gastronómicos. Bom apetite!
Páscoa
"Hip, hip, hurra!", Peter Severin Krøyer, 1888
Era no domingo de pascoa que em anos de maior fartura a minha mãe assava cabrito no forno. Limpava-o muito bem e reservava os miúdos para o arroz. Naquele tempo não havia tantas preocupações com as gorduras. Lembro-me bem de ela fazer uma massa de banha de porco, alho, sal e colorau ao que juntava umas folhas de louro com que barrava o cabrito que assim ficava a ganhar gostos e aromas até ao dia seguinte. No dia era só ir ao forno com vinho branco, um pouco de azeite e pronto. Ela tinha todo o cuidado para não o deixar secar e se necessário juntava um pouco mais de vinho ao mesmo tempo que ia virando os vários pedaços até que ficasse louro brilhante. A acompanhar assava umas batatas que juntava na mesma assadeira e que servia juntamente com o ressumado arroz de miúdos em cuja confecção não se regateava o azeite.
Da páscoa de antigamente ficou-me o cabrito. A ele voltaremos...
Boa páscoa bom cabrito.
Empadão de Perdiz
7,5dl de vinho do Porto seco
2,5dl de vinho Branco seco
4 chalotas
600g de cogumelos laminados (boletos)
2dl de azeite
1 alho Francês
50g de aparas de presunto
3 folhas de louro
3 pés de Salsa
1 colher de sopa de farinha
Sal e pimenta q.b.
2 doses de massa quebrada
Para o recheio
48 horas antes, limpar bem as perdizes e esfregá-las com sal e pimenta moída. Pô-las a marinar nos vinhos de forma a que fiquem todas mergulhadas.
Escorrer bem as perdizes e reservar a marinada.
Num tacho grande picar as chalotas e juntar ao azeite em lume médio. Juntar as perdizes escorridas e alourá-las no azeite regulando o lume para que as chalotas não queimem. Quando estiverem louras juntar a marinada, as aparas de presunto, os pés de salsa e o louro. Deixar cozer em lume brando e rectificar temperos. Quando as perdizes estiverem tenras retirar para um recipiente à parte e desossar reservando toda a carne limpa.
Juntar os cogumelos e o alho francês cortado aos pedaços ao molho restante. Deixar cozer em lume brando até apurar. Rectificar temperos, retirar as folhas de louro e engrossar o molho com a farinha após o que deve cozer 10 minutos em lume brando. Juntar a carne de Perdiz e envolver. Está pronto.
Massa Quebrada (dose)
400g de farinha
200g de manteiga derretida
4 colheres de chá de açúcar
1 ovo grande inteiro
1 colher de café de fermento royal.
Água morna q.b.
Sal q.b.
Peneire (misture) a farinha com o fermento e o açúcar sobre a banca da cozinha. Faça um monte e no meio faça uma cova. Dentro dela deite o ovo inteiro e uma pitada de sal. Mexa ligeiramente em círculo (meta a mão). Junte a manteiga levemente derretida e trabalhe a massa juntando um pouco de água morna para ajudar a ligar tudo. Faça uma bola, tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora no frigorífico.
Estenda a massa com o rolo, aplique à tarteira e pique com um garfo.
Conquista de Goa (25 de Novembro de 1510)
“Queimei a cidade e trouxe tudo à espada, e durante quatro dias continuamente a vossa gente fez sangue neles; por onde quer que os podíamos achar, não se dava vida a nenhum mouro, e se enchiam as mesquitas deles e se punha fogo. Aos lavradores da terra e aos brâmanes mandei que não se matassem. Achamos por conta terem sido mortas umas seis mil almas, mouros e mouras. (...) Foi Senhor, um feito muito grandioso, bem pelejado e bem achado”
Tudo feito em nome de El-rey e do Altíssimo. Mas eram outros tempos... Os nossos fogosos capitães gostavam da emoção da refrega. Ainda não conheciam a adrenalina mas já lhe sentiam os efeitos.
Chef Henrique Sá Pessoa
O Chef Henrique Sá Pessoa esteve na Quinta São Luiz no Sábado passado.
Foi um excelente almoço em que tive a oportunidade de participar, na confecção e na degustação.
Uma simpatia sem qualquer vedetismo, o Chef teve tempo para trocar impressões com todos e a todos ensinar um pouco do muito que sabe.
Menu
Entrada
Espetada de camarão em pau de alecrim com puré de aipo nabo
Prato Principal
Lombinho de porco com salteado de cepes, batata e espinafres com puré de batata-doce e molho de amêijoas
Sobremesa
Creme Brullé de Louro e Laranja
Folhado de Atum
FOLHADO DE ATUM
800g de massa folhada
750g de atum escorrido (2 latas grandes)
3 cenouras raladas
2 cebolas
1 Alho francês
4 dentes de alho
6 c/sopa de azeite
1 folha de louro
1/2 ramo de salsa picada
sal e pimenta de Caiena
ovo para pincelar
Bechamel
Descasque a cebola, os alhos e as cenouras, corte a cebola em meias luas finas, corte o alho francês em Juliana, pique os alhos e rale a cenoura.
Deite o azeite num tacho, leve ao lume, junte o alho, a cebola e o louro e deixe refogar um pouco. Junte a cenoura o alho francês, mexa e deixe cozer até ficar macio. Tempere com sal e pimenta, retire do lume, e deixe arrefecer um pouco. Volte ao lume e junte o bechamel feito com leite e um pouco de natas. Misture bem e deixe arrefecer.
Ligue o forno a 200º.
Estenda a massa folhada com uma espessura fina, corte 2 quadrados um ligeiramente maior que o outro.
Coloque a massa no tabuleiro de forno previamente passado por água fria ou no silpat.
Distribua a mistura de legumes sobre a massa folhada a que deve juntar, por cima (ou misturado - como quiser), o atum escorrido e desfiado e a salsa picada. Deixe os bordos livres, pincele estes bordos com ovo batido, cubra com o outro quadrado de massa, feche bem pincele com ovo e leve ao forno por 35m a 200ºC, retire e deixe arrefecer um pouco. Sirva acompanhado de uma salada.
Museu do Fado
A não perder. É bom ver o património do país assim preservado e disponível para nossa fruição.
O Fado (1910), José Malhoa
"O MUSEU. A reabilitação do edifício do Recinto da Praia, a primeira estação elevatória de águas de Lisboa, em Alfama, permitiu a inauguração do Museu do Fado, em 25 de Setembro de 1998. Consagrado ao universo da canção urbana de Lisboa, o Museu do Fado é único no mundo, promovendo o valor excepcional do Fado como símbolo identificador da Cidade de Lisboa, o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do país, o seu papel na afirmação da identidade cultural e a sua importância como fonte de inspiração e de troca inter cultural entre povos e comunidades. Fruto, na sua maioria, de doações de artistas, o Museu do Fado possui um vasto acervo museológico, consubstanciando-se num tributo da Cidade de Lisboa à sua canção tradicional e a todos os seus criadores e cultores. Inteiramente renovado em 2008, o Museu do Fado integra valências diversificadas reunindo um vasto acervo museológico integrado por diferentes colecções de relevância primordial no panorama do nosso património etnográfico e cultural." In, Folheto do Museu
Bordalo contemporâneo
Mil-folhas de Foie Gras
Juan Muñoz em Serralves
Imperdível. Até 24 de Fevereiro de 2009.
"(...) He once said his work was about a man in a room, waiting for nothing."
http://www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=1439
Tarte de camarão (continuação)
A tarte de camarão estava excelente. A receita é a mesma mas foi enriquecida: desta vez levou 4 ovos, mais camarão e não resisti a acrescen...
-
Experimenta-se uma vez e pronto! Fica-se rendido. Uma boa receita para o Natal que se aproxima. 1 kg de abóbora limpa (de casca e ...
-
Uma simples e excelente receita de Maria Antónia Gomes na sua "Cozinha Tradicional do Alentejo". Dá um guloso bolo, denso e húmid...
-
Quem já comeu ossos no "Zé Manel do Ossos", na Baixinha de Coimbra, sabe como este prato pode ser um belo petisco. Quando, há já ...