Pimentos assados com cogumelos e pinhões

No meu universo, de pimentos ou se gosta,  ou se gosta muito. Mas conheço quem não goste; como é possível!?
Desta vez resolvi variar e fiz pimentos assados com cogumelos salteados e pinhões tostados. Ainda lhe dei mais uma volta, mas já lá vamos. Só vos digo que é uma delícia; por cima de uma fatia de pão alentejano (ou afim) torrado, é de estalo.
400g de cogumelos de Paris fatiados
4 pimentos grandes (2 vermelhos e 2 verdes)
2 dentes de alho
2 colheres de sopa bem cheias de pinhões tostados
Pimenta, sal, azeite e balsâmico q.b.
1 malagueta vermelha (opção)
Asse bem os pimentos e limpe-os de peles e sementes; corte às tiras grossas e reserve.
Pique os dentes alho finamente para o sauté onde vai saltear os cogumelos num fio de azeite e tempere com sal e pimenta moída. Quando os cogumelos estiverem prontos, e em lume brando, junte os pimentos e misture tudo. Acrescente um fio de azeite  e um gole de balsâmico. Corrija os temperos a gosto. Por fim acrescente os pinhões e sirva simples ou com pão torrado, quente ou à temperatura  ambiente.
Opção
Para que tudo fique um pouco mais apetitoso pode acrescentar uma malagueta picada, a que retirou as sementes (pelo menos em parte - a gosto), no momento de saltear os cogumelos. A minha opção foi outra; como tinha guardado um Relish bem picante de cebola vermelha optei por o utilizar e envolver tudo com uma boa colher do dito. Ficou óptimo.
Nota: Em breve a receita do Relish

Melhores ou piores?

A colonização portuguesa do Brasil foi melhor ou pior que as outras colonizações (e colonizadores)?
No momento em que a visão de Gilberto Freyre é posta em causa, José Fernandes Fafe tem uma teoria que vale a pena ler.

Bacalhau confitado com migas de feijão-frade e nabiça (ou espinafres)

Esta receita é originalmente confeccionada com bacalhau assado na grelha (idealmente grelhado no carvão). Não havendo condições para isso, o mais comum é que se recorra a grelhar o bacalhau na chapa, o que não é a mesma coisa. Não podendo grelhar no carvão prefiro simplificar as coisas e confitar o bacalhau, o que representa uma alternativa de qualidade que assegura que o bacalhau fica saboroso e não seca.
Se puder optar por grelhar o bacalhau não se esqueça de o lascar logo após a operação e de o regar com azeite virgem para que não seque.
Pode ainda utilizar couve cortada para caldo-verde como alternativa às nabiças. Já se compra cortada o que facilita muito as coisas e fica igualmente bom.
Para 4-6 pessoas
1 kg Bacalhau confitado
1/2 Broa de milho
1 Molho Nabiças (ou 3 embalagens de espinafres)
250g Feijão-frade
Azeite de confitar o bacalhau q.b.
4 Dentes alho
Vinagre q.b.
Sal e pimenta q.b.

Confitar o bacalhau. (ver receita)
Migar a broa miúda. Reservar.
Cozer as nabiças que devem ficar al dente. Reservar.
Cozer o feijão-frade. Reservar.
Lascar o bacalhau confitado. Reservar.
Num tacho grande levar ao lume o alho e o azeite que sobrou do confitado, deixar ganhar gosto e juntar a broa. Mexer bem para agarrar o azeite e o alho e juntar o bacalhau, as nabiças e o feijão-frade. Mexer com um garfo grande. Rectificar temperos e acrescentar um golpe de vinagre no fim. Servir de imediato.

Bom Ano

Foie gras, queijo de figo, redução de sumo de laranja; acompanhado de um bom Aureus Sauternes 2006.

Cordeiro marroquino picante com cuscuz

Sabores e aromas quentes para o Inverno
(uma receita adaptada de Jamie Oliver) 
Para 6 a 8 pessoas
Tempo de cozedura1 hora e 45 minutos
1 colher de sopa de sementes de cominhos
2 colheres de sopa de sementes de coentros
2 pequenos piripiris secos
2 pedaços de gengibre fresco
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
1 Kg de cordeiro sem gordura, cortado em pedaços 
4 batatas doces, descascadas e cortadas em cubos 
12 cebolinhas
4 dentes de alho laminados
2 latas de 400 g de tomate em pedaços
1 pau de canela
2 folhas de louro fresco
6 a 8 figos bem secos inteiros
1 ramo de coentros frescos

Pré-aqueça o forno a 190°C.
Esmague num almofariz as sementes de cominhos e de coentros com os piripiris, o gengibre, uma boa pitada de sal e pimenta acabada de moer. Misture com três colheres de azeite e barre a carne com metade desta marinada, massajando-a. Reserve.
Entretanto, misture a restante marinada numa tigela com as batatas doces, as cebolas e o alho.
Leve ao lume um tacho grande com um pouco de azeite e os pedaços da carne marinada dourando-a por igual. Retire a carne para uma tigela vazia e ponha no tacho o preparado das batatas doces, fritando-o até que as cebolas amaciem um pouco. Depois desta operação transfira tudo para uma caçarola de barro de ir ao forno, acrescente o tomate, agite bem a caçarola e coloque a carne por cima.
Junte-lhe dois copos com água, o pau de canela, as folhas de louro e os figos secos e leve ao forno pré-aquecido durante 1 hora e 30 minutos - não cubra para que o preparado fique bem dourado.
Pouco antes de servir, espalhe por cima os coentros picados. Sirva com cuscuz. 

Esta substancial receita tem um forte gosto de especiarias e deve ser um pouco picante para cortar os paladares. Eu optei por acentuar mais o picante no cuscuz, que fiz com malaguetas verdes e vermelhas (sem sementes), e cogumelos de Paris previamente salteados. O cordeiro bem apurado é enriquecido pela batata doce que concentrou todos os sabores e se desfez um pouco, formando um molho grosso onde se junta o sabor do figo assado, um pouco doce, que equilibra o conjunto.
Mais um prato para comer devagar e à conversa, acompanhado de um vinho tinto encorpado, que se aguente no confronto com estes sabores mediterrânicos.

Boas Festas


Pachelbel's Canon in D - Original Instruments




Johann Pachelbel (Nuremberg, 1 de setembro de 1653 — Nuremberg, 3 de março de 1706). Compositor e musico do barroco alemão.

Alheira de caça assada com ovo de codorniz

Coisas simples! Uma boa entrada quente para comer devagarinho...
Instalação: uma boa alheira de caça assada sem pele, cortada em porções individuais, e enchapelada com ovo estrelado de codorniz.
Acompanha com pão de mistura ou integral torrado ou frito.

Arroz-doce à moda de Coimbra

Distantes vão os tempos em que nos sábados à tarde, sem escola que me ocupasse, cirandava à volta da minha mãe pedindo-lhe que fizesse arroz-doce. Quando o dia corria de feição lá me fazia a vontade e, como se fosse uma penitência, punha-me ao fogão a mexer o taxo do arroz pois a função demorava muito e ela tinha mais que fazer. E eu gostava! E fazendo perguntas e observando lá aprendi a fazer arroz-doce à moda de Coimbra. No fim tinha o prémio de poder rapar o taxo e, assim, antecipar a lambarice que os meus irmãos só provariam mais tarde.
Tenho bem presente as suas palavras: "olha que estes doces de leite levam sempre sal".
Mais tarde, quando comprei o livro "Cozinha Tradicional Portuguesa" (Ed. Set. 1982) da Maria de Lourdes Modesto, encontrei a receita do Arroz-doce à moda de Coimbra e para grande surpresa minha não levava sal. Resolvi, então, experimentar a receita tal e qual como ela está descrita no livro e que em quase tudo coincide com a da minha mãe. Mas o problema é o quase.
Como está no livro "Cozinha Tradicional Portuguesa" da Maria de Lourdes Modesto
Arroz-doce à Moda de Coimbra  
Para 6 pessoas 
75 g de arroz
1,5 litros de leite 
100 g de açúcar 
1 casca de limão
canela em pó
Ferve-se o leite com a casca de limão. Entretanto, leva-se um tacho ao lume com 1 dI de água e quando ferver junta-se o arroz bem lavado e escorrido. Depois de o arroz cozer entre 3 a 4 minutos, conforme o tamanho do grão, vai-se adicionando, pouco a pouco e mexendo, o leite quente. Esta operação leva cerca de uma hora. Junta-se o açúcar e deixa-se ferver um pouco mais. Deita-se em travessas e polvilha-se com canela.
O arroz-doce, na região de Coimbra, era usado como participação de casamento e pretexto para a apresentação do noivo. As raparigas do povo, juntamente com a mãe e o noivo, visitavam as famílias que conheciam, a quem ofereciam uma travessa de arroz-doce numa canastra coberta com um pano feito nos teares manuais - pano de Almalaguês. Oito dias depois voltavam para buscar a travessa e receberem o respectivo presente.
O resultado final, correspondendo embora a um doce rico como era expectável, não me fez recordar o meu arroz-doce, fosse pela falta da pitada de sal, fosse pelo que me pareceu açúcar a menos.
Sei que este livro tem algumas gralhas e seguramente que pode vir algo daí.
Para o meu arroz-doce de Coimbra:
Para 12 pessoas
200g de arroz carolino 
2 litros de leite gordo
300g de açúcar
um fundo de água que fique ao nível do arroz 
uma pitada de sal
casca de limão 
Canela em pó
É importante que o arroz seja carolino de boa qualidade e não deve ser "bem lavado e escorrido": deve ser escolhido (pode ter alguma impureza) e se necessitar de o passar por água deve ser numa operação rápida para que não perca o amido.
Comece por cozer o arroz no fundo de água com a pitada de sal e quanto ao resto estamos conversados: é exatamente como descreve Maria de Lourdes Modesto. Leva mesmo 1 hora a mexer - vai fazendo estrada - e vai-se acrescentando leite quente, mexendo sempre.
No fim terá a recompensa de mais um momento de reconciliação do corpo com o espírito.

Dias de chuva

"O mio babbino caro", ária da opera Gianni Schicchi (1918), de Giacomo Puccini.




Renée Fleming (Soprano americana nascida a 14 de Fevereiro de 1959 em Indiana, Pennsylvania, EUA) 

Tarte de cogumelos

Mais uma receita fácil, barata e saborosa, e que pode servir de acompanhamento ou como entrada, podendo ser enriquecida com bacon ou a gosto.

  

2 embalagens de cogumelos de Paris laminados (500 a 600g)
4 ovos inteiros
2 pacotes de natas Parmalat 3 Queijos ou Carbonara
1 base de massa folhada
1 dente de alho
Azeite, Sal, pimenta, Tomilho q.b.

Forrar uma forma de tarte com massa folhada e picar o fundo com um garfo.
Saltear os cogumelos com o dente de alho picado finamente, num fio de azeite, e temperar com sal, pimenta e tomilho. Reservar até arrefecer.
Numa taça misturar os ovos inteiros com as natas e corrigir de sal e pimenta.
Espalhar uniformemente os cogumelos já frios na tarteira e cobrir com o creme de ovos e natas. Levar ao forno previamente aquecido a 180ºC durante 30 minutos.


Fiz esta tarte e acrescentei bacon cortado tipo brunesa. Acompanhei com uma salada de alfaces variadas e rúcula, temperada com uma vinagreta de pesto e foi um óptimo jantar.
Vinagreta de pesto?! Num dia anterior tinha feito um prato de massa para o qual preparei pesto. Como não gastei todo o pesto com a massa e como ele deve ser consumido dentro de um prazo curto de tempo, resolvi incorporar um pouco nas vinagretas que fui fazendo; só vos digo que é óptimo!
Num pequeno frasco (aproveite um frasco de compota) junte uma colher de chá de pesto, azeite virgem e balsâmico na proporção de 3/1. Feche o frasco e agite bem para misturar tudo. Deite por cima da salada e diga-me: é bom ou não é?

Chegou o Natal

Comecei pelas rabanadas. Depois virão as filhoses, o bolo-rei, os coscorões, a coroa de frutas , tudo muito à volta das frutas - cristalizadas e secas - da abóbora e das especiarias, com especial destaque para a canela. Normalmente também não falta o pudim de ovos e o arroz doce à moda de Coimbra. Doces que nos aquecem a alma neste Outono que ameaça Inverno.
Daqui até ao Natal talvez repita o "Om Ali", um doce egípcio, que fiz outro dia, e de que tanto gostei; também leva frutos secos e canela e é muito bom comido quente. 
Dá-me imenso prazer fazer estas coisas de Natal e poder partilhá-las.

Estrelas Michelin 2011

(imagem de Henrique Leis)
O Guia Michelin para Portugal e Espanha 2011 atribuiu as estrelas do ano aos restaurantes portugueses. 
O restaurante Villa Joya, Albufeira, Algarve - Chef Dieter Koschina, conta com duas estrelas; é o único.

Com uma estrela foram contemplados nove Restaurantes:
Fortaleza do Guincho, Estrada do Guincho, Cascais - Chef Vincent Farges.
Tavares, Lisboa - Chef: José Avillez.
Arcadas, Hotel Quinta das Lágrimas, Coimbra - Chef Albano Lourenço; Chef Consultor: Joachim Koerper.
Largo do Paço, Hotel Casa da Calçada, Amarante - Chef Ricardo Costa.
Il Gallo d’Oro, Hotel Cliff Bay, no Funchal - Chef Benoît Sinthon. 
Amadeus, Almancil - Chef Siegfried Danler-Heinemann.
Henrique Leis, Almancil - Chef Henrique Leis.
The OceanHotel Vila Vita Parc Chef Hans Neuner. 
Willie’s, Vilamoura - Chef Willie.


O restaurante Eleven - Chef Joachim Koerper, em Lisboa, perdeu a  estrela que detinha desde 2004.
(imagem de Henrique Leis)

Herbie Hancock "The Imagine Project"

Dia 7 de Dezembro em Lisboa (Campo Pequeno), dia 8 no Porto (Casa da Música); lá estarei!


Entretanto vamos ouvindo "Imagine" - o tema de abertura - com Herbie Hancock, Seal, Jeff Beck, Oumou Sangaré, P!NK, Konono Nº1 e India.Arie

Sunshine On My Shoulders

John Denver - "Sunshine on My Shoulders" 1º lugar na Billboard 100 em 1974, lugar em que ficou durante uma semana.

Ovos mexidos com farinheira e espinafres

Aqui está uma forma de fazer ovos mexidos com farinheira que não envergonha ninguém. 
Agora que a crise vai apertando vou propor-vos algumas receitas mais baratas mas igualmente saborosas e que podem ter apresentação caprichada; como é o caso.

1 farinheira 
6 ovos inteiros
1 embalagem (300g) de espinafres frescos
2 dentes de alho
1 chalota
Azeite, sal, salsa e pimenta q.b.
Parmesão ralado grosseiramente (opção)
Salteie os espinafres com um dente de alho finamente picado e um fio de azeite. Reserve.
Bata rapidamente os ovos inteiros com uma pitada de sal. Reserve.
Pique finamente a chalota e o restante dente de alho e, com um fio de azeite, salteie a farinheira, depois de a pelar e desfazer com um garfo. Vá virando no sauté para que a farinheira fique passada sem secar. Junte os ovos mexidos e envolva tudo rapidamente para que não seque (acabe a operação já com o sauté fora do lume).
Preencha um aro com uma primeira camada de espinafres e depois acrescente os ovos mexidos. Cubra com o parmesão ralado e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC só até derreter o queijo. 
Desenforme, polvilhe com uma colher de salsa picada e sirva com pão torrado. Acompanhe com um Tinto do Douro do ano. Sugestão : Altano (boa relação qualidade/preço)

Me & Mrs Jones

Um êxito de  Billy Paul de 1972 (número 1 da Billboard Hot 100 durante três semanas).

Campanha

O que faz o país por nós?
Pelo país o que faríamos?
Soberano rapace! Ficaríamos,
Sem ti, pobres e sós?

"Soufflé" Gelado de Chocolate

Esta receita é da Io e é fantástica em todos os aspectos. Deliciosa e requintada tem uma excelente apresentação pois imita mesmo a configuração de um soufflé.


Para o merengue: 500g de açúcar, 8 claras, 1,5dl de água, 7 gotas de sumo de imão e uma pitada de sal.
Preparar o merengue italiano com o açúcar e as claras

Ferver o açúcar com a água até 117º (usar termómetro). Quando o açúcar chegar aos 117º, retirar do lume. Bater as claras com o sal e as gotas de limão em castelo fraco. Incorporar o xarope 
quente de açúcar  em fio na batedeira com a velocidade máxima. O seu volume triplicará e ficará brilhante e espumoso. Continuar a bater até que esteja quase frio.
Para o soufflé:  750g natas,  300g chocolate, 2 colheres de sopa de cacau amargo.
Preparar o soufflé
Derreter o chocolate em banho-maria ou no microondas. Incorporar o chocolate derretido e o cacau ao merengue. Bater as natas a alta velocidade até  ficarem bem firmes.
Incorporar as natas ao preparado anterior com uma espátula. Os movimentos devem ser de baixo para cima.
Pincelar uma forma de soufflé de 18 centímetros de diâmetro com óleo.
Colocar uma tira de cartolina em volta da forma, com o comprimento de 65 centímetros e a altura de cinco centímetros. Fixar com fita-cola.
Encher com o preparado até ao topo da cartolina.
Deixar no congelador durante quatro horas ou, melhor ainda, de um dia para o outro.
Na altura de servir polvilhar com chocolate preto ralado ou cacau amargo e retirar a cartolina. Retirar do congelador 15 minutos antes de servir.
Este doce também pode ser preparado em formas individuais. 

Receita

Leva-se o poema ao forno
à temperatura de vários sentimentos,
polvilhado de denodo e outros condimentos.

Secou demais? Que transtorno!

Ren Zhenyu

Ren Zhenyu, Pintor chinês (1976-  ).
Nasceu em Tianjin, na China, e tirou o curso de pintura a óleo no Departamento de Tianjin da Escola de Belas Artes sendo actualmente aí professor.
A sua pintura revela uma tendência "pop-expressionista" com referências políticas nítidas, designadamente no conjunto de retratos de personalidades célebres de que se destaca Mao Tsé-Tung.
São, sem dúvida, obras desafiantes e encantatórias.

Pesadelo com Eugénio de Andrade

Hoje colhi as cores
de todas as rosas
de todos os jardins.


O teu olhar vazio 
Não viu as minhas mãos de cinza.


Deste pela minha chegada?



Salada de camarão, manga e papaia

Adeus Verão!
Uma boa e bela salada de camarão, manga e papaia para despedia dos dias de sol e das bebidas frescas.


Nesta salada combinei 1Kg de camarão (descascar e deixar o rabo), uma papaia e uma manga bem maduras cortadas em cubos, alfaces variadas e rucula e uma mão cheia de farfalle previamente cozida em água e sal (opcional - acrescenta mais uma textura).
Tempera-se tudo com uma vinagreta de mostarda e polvilha-se com cebolinho picado.
Como diria um meu companheiro de várias mesas, "é um jardim de paladares"!

Caponata

Tenho experimentado algumas receitas divulgadas pela Io Appolloni, todas elas de influência italiana, e estou rendido aos paladares contrastados de que tanto gosto e a algum requinte - principalmente nos doces. Como normalmente partilho estas coisas à mesa, com os meus amigos(as), posso confirmar que a aceitação é surpreendente e geral.
Trago aqui um acompanhamento siciliano (que eu como simples, apenas com um copo de bom tinto) que acolitou uma tradicional bola de carne transmontana - carne de vaca e galinha. Excelente! Nunca pensei que a Sicília fizesse bem a Trás-os-Montes

Despesas
- 3 beringelas
- 1 cebola grande
- 6 tomates maduros
- 1 pimento vermelho
- 1 pimento verde
- 0,5dl de caramelo
- 0,5dl de balsâmico
- 1dl azeite
- Folhas de manjericão a gosto
- sal
- pimenta
Facultativo
- azeitonas pretas sem caroço
- azeitonas verdes sem caroço
- alcaparras



Eu usei açúcar amarelo em vez de caramelo e só utilizei azeitonas pretas pois não tinha verdes em casa. 
Comece por descascar as beringelas. Corte-as aos cubos e ponha-as num passador com sal. Deixe repousar pelos menos durante 30 minutos, enquanto prepara o resto, e vai ver o liquido que sai. Com esse liquido sairá também o seu gosto amargo...
Prepare todos os outros ingredientes pelando e limpando os tomates - corte-os aos cubos, limpando e cortando os pimentos em tiras, cortando a cebola em rodelas finas... 
Descaroce e corte ao meio as azeitonas (uma generosa mão cheia) e reserve as alcaparras; eu optei por acrescentar duas colheres de sopa de alcaparras de conserva previamente apertadas em papel absorvente de cozinha, para que escorram o vinagre.
Numa frigideira grande prepare o refogado com o azeite e a cebola. Junte os tomates. Tape a frigideira e deixe ficar em lume médio 10 minutos. Vigie...
Agarre nas beringelas com as mãos e aperte-as um pouco de modo a facilitar a saída da  água do fruto (a beringela é um fruto!). Coloque-as na frigideira, juntamente com os pimentos.
Deixar cozer em lume forte, sem tapar. Vá virando de vez em quando para não pegar. No fim, junte o açúcar e depois o balsâmico. Prove de sal e pimenta.
Junte as folhas de manjericão esfarripadas, as azeitonas e as alcaparras. Dê-lhe uma volta; está pronto!
Pode comer morno ou frio. Acompanha bem carnes.

Dinah Washington - It's Magic

Album "What A Diff'rence A Day Makes!"




Dinah Washington, nascida Ruth Lee Jones em Tuscaloosa, Alabama, EUA, em 29 de Agosto de 1924. Morreu nova a 14 de Dezembro de 1963, depois de ter casado 8 vezes e se ter divorciado 7.

Rolinhos Primavera

Rolinhos feitos com massa Brick e com um recheio de espargos, presunto e parmesão.
Utilize apenas um folha de massa por rolo. Coza previamente os espargos em água e sal (ou ao vapor) por apenas 4 minutos. Prepare algumas aparas finas de presunto e parmesão e bata um pouco de natas. 
Centre três espargos em cada folha de massa Brick e acrescente, a gosto, presunto e parmesão; Cubra com uma colher de chá de natas batidas (ou em alternativa uma noz de manteiga) e umas gotas de balsâmico. Pode temperar com pimenta de moinho mas, quanto ao sal, tenha em atenção o sabor do presunto; talvez não necessite...
Dobre os lados da massa sobre o recheio e enrole; sele o rolinho pincelando com gema de ovo dissolvida num pouco de água. Pincele também por cima e leve ao forno a 180ºC até estarem dourados e estaladiços. Sirva de imediato; a massa brick endurece depois de arrefecer pelo que deve assegurar-se que são servidos logo que saem do forno.
Dá uma excelente entrada.
N.B. Para trabalhar melhor a massa brick pincele-a previamente com água.

Mousse de queijo Roquefort (ou Gorgonzola) com gelatina doce de pimento.

Para quem é apreciador de queijo e de pimentos esta é uma 
improvável 
extraordi
nária
 combinação de paladares. 
Tentei fazer esta receita com gorgonzola mas as embalagens que encontrei no mercado eram demasiado grandes para as minhas necessidades; por esse motivo e porque a receita não podia aguardar, resolvi avançar com queijo roquefort e ficou igualmente saboroso. O sabor intenso do queijo é suavizado pelo contraste da gelatina 
doce 
de pimento, o que nos permite abusar um pouco mais das tostas com roquefort e resulta numa entrada surpreendentemente agradável para um dia especial.
Gelatina de Pimento
4 pimentos vermelhos assados e limpos
1 copo de açúcar (2,5dl)
1 copo de vinagre de maçã (2,5dl)
2,5 dl de água
4 fls de gelatina
Tire a pele e as sementes dos pimentos assados, lave-os e escorra-os bem da água. Passe-os no liquidificador. Junte o vinagre, o açúcar e o pimento (já processado) leve ao fogo médio até “fazer estrada” e ficar com a consistência de doce.
Junte a gelatina previamente amolecida e dissolvida na água quente. Deixe ferver por cinco minutos mexendo sempre. Deixe arrefecer e reserve no frio.

Mousse de Roquefort
1 embalagem de natas 200g
1 dl de leite
1dl de água morna (para dissolver a gelatina)
½ cubo de caldo de galinha
300 gramas de queijo Roquefort ou Gorgonzola
Sal e pimenta a gosto (cuidado! o queijo já é forte q.b.)
5 folhas de gelatina
Dissolva o caldo de galinha num pouco de leite morno e bata todos os ingredientes da mousse no liquidificador, com excepção da água em que vai dissolver a gelatina previamente amolecida. Depois de tudo batido junte a gelatina dissolvida e misture bem. Vai ao frigorífico, de preferência de um dia para o outro, numa forma untada com azeite.
Desenforme e enfeite com a gelatina de pimento o que pode fazer  com uma pequena colher. Sirva com mini tostas.


Acrílico sobre tela 70 X 70cm;  2010.

Creme de cenoura

Ainda as sopas...
Fiz este creme porque só tinha cenouras em casa e numa pesquisa rápida ao congelador encontrei cubos de abóbora e ervilhas congeladas. Fui fazendo e saiu bem; tão bem que posso dizer que este creme de cenoura, além de excelente, é guloso, muito fácil de fazer e fica bonito no prato.

2 Chalotas
500g de cenouras
200g de abóbora
1,5L de caldo de aves
30ml de azeite
1 colher de sopa de manteiga (facultativo)
Sal, pimenta e ervilhas q.b.
Numa panela faça um fundo com as chalotas picadas e o azeite, a que pode juntar uma colher de sopa de manteiga. Quando a chalota estiver cozida junte as cenouras e a abóbora cortadas em cubos, dê uma mexida e deixe cozer em lume brando com a panela tapada.
Vá espreitando para ver se o lume está suficientemente brando para que coza sem problema e vá juntando o caldo de aves (previamente aquecido) aos poucos, tendo o cuidado de não adicionar caldo em demasia para assegurar a textura do creme que deve ficar denso. Estando tudo cozido retirar do lume e levar ao liquidificador. 
Voltar a colocar o creme ao lume, juntar uma mão cheia de ervilhas (a gosto) e corrigir texturas e temperos - caldo de aves, sal e pimenta branca de moinho. Deixar levantar fervura e cozer as ervilhas; está pronto!

Evolução da palavra latina "coquina"