Tarte de amêndoa II




150g de amêndoa pelada
5 gemas de ovo
2 ovos inteiros
300g de açúcar
150ml de água
Massa folhada para tarte
30g de manteiga
Raspa de 1 limão q.b.
Açúcar em pó q.b.

Ligar o forno a 180ºC. 
Misture a amêndoa com 100g de açúcar e leve à picadora para reduzir a farinha. Reserve. Num recipiente coloque um coador de malha fina e sobre este deite as gemas e os ovos inteiros. Deixe que os ovos passem totalmente pelo coador. Reserve.
Leve ao lume um tacho com a água e o açúcar restante (200g) para fazer uma calda em ponto pérola (108°C).
Assim que atingir o ponto desejado, retire imediatamente do lume e deixe amornar um pouco. Junte a manteiga e mexa para derreter, a amêndoa moída e a raspa de limão. Envolva. Em fio, lentamente, incorpore os ovos e deixe arrefecer. 

Barre com manteiga uma forma de tarte e forre-a com a massa folhada (papel vegetal facultativo).
Verta a mistura preparada anteriormente, polvilhe generosamente com açúcar em pó e leve ao forno por cerca de 40 minutos. 

Deixar arrefecer, desenforme e sirva polvilhada com mais açúcar em pó ou decorada a gosto.

Perna de pato com arroz de forno

Uma atraente receita da Marlene Vieira. Experimentei e recomendo.



4 pernas de pato
500 g de gordura de pato
300 g de arroz carolino
2 folhas de louro
1 ramo de tomilho
50 g de alho francês
1 tomate maduro e
1 cebola (pequena)
3 dentes de alho e
1 cenoura pequena
1 cerveja preta
70 g de chouriço de porco preto
Sal e pimenta preta em grão (q.b.)


Pato
Limpar as pernas de pato, temperar com sal e pimenta e dispor em tabuleiro de forno.
Barrar os dentes de alho esmagados, o louro e o tomilho na pele do pato e levar ao forno, na gordura de pato, a 120 °C durante 3 horas ou até o osso da perna se despegar da carne. Retirar do forno, deixar arrefecer e, de seguida, retirar o osso Inferior e cortar o coto para ficar bem apresentado. Estas aparas servirão para o caldo.


Caldo
Refogar durante 10 minutos a cebola, o alho francês cortado, 1 dente alho esmagado com pele, a cenoura e a folha de louro.
Acrescentar as aparas das pernas e deixar alourar. Juntar o tomate cortado em cubos e a cerveja preta e cozinhar durante 10 minutos. Após esse tempo, acrescentar 1 litro de água.
Temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar durante 30 minutos. Passar o caldo do estufado por um coador.


Arroz
Em assadeiras individuais, espalhar o arroz (70 g, em cada) e adicionar chouriço de carne picado (optei por não fazer doses individuais). Cobrir o arroz com o caldo de pato e levar ao forno preaquecido a 200°C durante 25 minutos. Nos últimos 10 minutos, levar as pernas de pato ao forno para alourar a pele.

Acompanhar com uma salada de alface.

Bacalhau com massa penne

                           

800g de bacalhau desfiado grosseiramente e demolhado

350 g de massa penne

1 cebola às rodelas finas

1 dente de alho

1 pimento vermelho às tiras finas

1 alho francês em juliana fina

azeite, sal e pimenta q.b.

4 colheres de sopa de queijo de São Miguel ralado

1 pacote de natas frescas (200 g)

1 colher de sopa de salsa picada

Comece por fazer um refogado com um fio de azeite, uma cebola picada, um dente de alho laminado e o pimento vermelho. Deixe cozer 2 minutos e junte um alho francês cortado fino; deixe cozer em lume brando pois não precisa de alourar.



Quando o alho francês estiver cozido junte o bacalhau, misture bem e deixe suar tapado até o bacalhau estar cozido. 


Tempere com sal e pimenta de moinho e junte o pacote de natas e duas colheres de queijo ralado. Deixe ferver um minuto em lume brando. Corrija temperos e reserve quente.


Coza a massa penne em água abundante e sal, de acordo com o tempo recomendado. Escorra a massa e envolva com o preparado de bacalhau. Polvilhe com o restante queijo ralado e a salsa. Sirva de imediato acompanhado de uma salada.

SUGESTÃO DE EMPADA DE FRANGO



SUGESTÃO DE EMPADA DE FRANGO

(A DIZER-SE GALINHA, EM TEMPO ANTIGO)


Ana Luísa Amaral


Estender, leve, finíssima a lençol

muito macio, de folha eficiente

que resistisse ao espaço de entre duas

rochas em puro e antigo sedimento:


massa quebrada pronta previamente.


Pode ser esta em ternura de mão,

ou daquela mais dócil e à venda,

porém menos em conta, todavia,

igualmente macia e suculenta.


Dispô-la então numa forma redonda,

pois, como na cabala, o circular

possui simbologia fascinante.

E, em maternal amparo, reservar.


Agora, refogar uma cebola,

antes picada descuidadamente,

nalgum azeite em pouca graduação:

assunto delicado e importante.


Que o refogado seja doce e manso

(cf. sugestão sobre o lençol),

de maneira a acolher um frango todo,

cozido e desfiado anteriormente.


Note-se que em receita mais antiga,

e aqui podia ler-se noutros dias,

ou seja, AC, ou seja, Antes da Crise,

não se dizia frango, mas galinha.


Mexer alguns minutos e juntar

salsa picada muito suave e fina,

e, caso em sobra de algum orçamento,

cogumelo em fatia pequenina.


Acrescentar dois copos cheios de leite,

duas colheres pequenas de farinha

e, no fim, meio limão, bem sumarento.

Tem-se pronto o recheio. Então, e à mão,


aconchegá-lo ao reservado leito

e cobri-lo depois a folha fina

da massa já quebrada. Pincelar

com gema de ovo, a qual, caso tiver


pequena gota de imaginação,

produzirá, com a massa sobrante,

desenhos que, colados na coberta,

serão curto navio, bruxa oscilante,


minúsculas estrelas, nome amado,

ou (o mais fácil) linhas em quadrado.


Serve entre seis e oito comensais,

e, respeitada bem, servirá mais -

sobretudo se for acompanhada

a salada de versos sussurrados.


Filete de Dourada grelhado com puré de bata doce


Grelhe o peixe brevemente para que não seque. Faça uma receita de puré utilizando batata para assar e batata doce em quantidades iguais, o que torna a sua consistência mais equilibrada e lhe retira um pouco do doce. Junte legumes variados salteados (cebola roxa, cenoura, pimento, courgete...) com um dente de alho picado e um fio de azeite. Vá usando a gosto o sal, a pimenta, a noz moscada e o azeite virgem. Muito simples e muito bom. 

Woody Allen


O pessimista afirma que já atingimos o fundo do poço, o otimista acha que dá para cair mais.

Raia grelhada com molho beurre blanc e alcaparras






1 raia fresca cortada em postas
150 ml de vinho branco
100 ml de vinagre branco
120 g de manteiga sem sal, fria e em cubos
1 chalota
sal e pimenta q.b.
alcaparras (opcional)

Passe as postas de raia por água e seque-as bem. Disponha as postas sobre uma tábua e com um maçarico de cozinha queime a pele da raia de ambos os lados. Com uma faca raspe a raia para que a pele saia o que acontecerá muito facilmente depois daquela operação prévia.
Tempere de sal. Grelhe a raia e mantenha quente até servir.

Pique finamente uma chalota para um tacho pequeno e junte o vinagre e o vinho. Leve a lume médio e deixe evaporar mais ou menos 2/3. Retire do lume e acrescente os cubos de manteiga gradualmente ao mesmo tempo que vai mexendo muito bem com uma vara de arames. Coloque novamente ao lume, muito brando para que se mantenha quente sem ferver (60°C) e continue a mexer. Quando o molho estiver cremoso e homogéneo deve ser coado passando-o pelo chinês. Depois tempere a gosto com sal e pimenta. Junte as alcaparras e sirva de imediato ou mantenha aquecido a 30°C.

Dica: para estabilizar o molho pode acrescentar um pouco de natas depois da manteiga.

Sirva a raia grelhada regada com o molho. Pode acompanhar com legumes variados assados.



Bacalhau à Zé do Pipo


Mais uma excelente receita tradicional de bacalhau...

4 lombos altos de bacalhau, bem demolhados

2 cebolas médias cortadas às rodelas bem finas

2 fatias de broa amarela (milho)

Azeite, puré de batata, maionese, q.b.

Azeitonas (facultativo)


Preaqueça o forno à temperatura de 180°C.

Comece por cortar as cebolas finamente e espalhe-as pelo fundo da assadeira que vai levar ao forno. Coloque as postas de bacalhau demolhado por cima assegurando que a pele fica virada para baixo. Regue tudo abundantemente com azeite.

Baixe a temperatura para 160°C e leve a assadeira ao forno por 45 minutos. Findo esse tempo o bacalhau está assado. Retire do forno, cubra as postas de bacalhau com maionese e polvilhe como miolo da broa depois de esfarelado. Arranje a assadeira juntando porções de puré na quantidade desejada. Leve novamente ao forno para para tostar o miolo de broa. 

Retire do forno (se desejar, acrescente as azeitonas) e sirva imediatamente.

Tomate assado

Mozzarella de búfala com tomate coração de boi assado e manjericão fresco





Tomate assado

600g Tomate coração de boi
2 dentes de alho
Tomilho q.b.
Sal marinho q.b.
Pimenta de moinho q.b.
Azeite virgem q.b.



Corte o tomate em rodelas e coloque-as num tabuleiro para ir ao forno,

Abra o alho a meio, retire o veio, pique finamente.

Tempere o tomate com azeite virgem extra, sal marinho, pimenta de moinho e aromatize com o alho picado e tomilho.

Coloque em forno previamente aquecido a 150ºC durante cerca de uma hora.






Compota de figo com vinho do porto


 

Uma excelente combinação de sabores. Foie gras, compota de figo com vinho do Porto e nozes tostadas.

Compota de figo

350g de figos secos
350ml vinho Porto
2 cravinhos
Sal marinho q.b.
Pimenta preta q.b.
200gr açúcar amarelo
Vinagre balsâmico q.b.

Abra os figos a meio e coloque-os a macerar no vinho do Porto. Mínimo 24 horas antes da confecção da compota.

No momento da confecção coloque o açúcar amarelo em lume muito brando para que funda sem que queime.

Escorra os figos do vinho do Porto, corte-os em pequenos pedaços e junte-os ao açúcar em lume brando; mexa continuamente de modo que os figos fiquem tenros e suaves de textura.

Junte o cravinho da Índia, refresque com o vinho do Porto que usou para marinar os figos e deixe cozinhar ao ponto de termos uma textura de compota. (Se desejar uma textura mais uniforme pode passar com a varinha mágica retirando o cravinho previamente).

Tempere a compota com sal, pimenta preta e aromatize com vinagre balsâmico a gosto.

Sirva o conjunto com pétalas de pão tostado ou tostas.

Spaghetti alla Nerano

 A receita de Spaghetti alla Nerano tem origem na vila costeira de Nerano, na Costa Amalfitana. A receita deve-se a Maria Grazia, dona de um restaurante local no início do Séc.XX, e é tão famosa como simples e saborosa. O restaurante ainda existe com o seu nome e aí, e em praticamente todos os restaurantes de Nerano, pode degustar-se esta famosa receita de esparguete. A sua fama acabou por conduzir a uma multiplicidade de reinterpretações, todas com base em esparguete e courgette (zucchine).

A receita que aqui fica não corresponde ao original Spaghetti alla Nerano (se é que alguém sabe qual foi a original!) mas respeita a ideia base e é muito saborosa. 




1 dente de alho
azeite
2 a 3 courgettes pequenas, cortadas em rodelas finas
1 malagueta vermelha sem sementes
Sal e pimenta de moinho
350 gramas de esparguete
150 gramas de Provolone ou Parmesão ralado (utilizei queijo da Ilha de São Miguel)
1 noz de manteiga 
1 punhado de folhas de manjericão
Camarões (facultativo)

Esta receita recomenda que se tenham os ingredientes preparados para que a sua confecção não sofra pausas e seja servida imediatamente após a sua conclusão.

Ponha a água com sal para cozer o esparguete ao lume e verifique de quantos minutos necessita para a cozedura al dente. Normalmente, entre 7 a 9 minutos. Mantenha a água a fervilhar até achar que está na altura de iniciar a cozedura do esparguete.

Pese o esparguete.

Lave e corte as courgettes às rodelas finas.

Descasque um dente de alho.

Lave, limpe de sementes e corte em tiras a malagueta vermelha.

Lave ± 30 folhas de manjericão.

Leve ao lume uma frigideira grande com azeite para fritar a courgette. Adicione o alho cortado ao meio e metade das rodelas de courgette. Tempere de sal e pimenta e deixe alourar ligeiramente. Junte a malagueta e metade das folhas de manjericão. Dê uma volta a tudo, retire do lume e coloque no liquidificador juntamente com um pouco de líquido. Sugiro que seja um pouco da água de cozer o esparguete que já deve estar ao lume; mais ou menos meia chávena de chá. Este vai ser o molho que vai juntar ao esparguete. Corrija temperos e reserve.

Volte com a frigideira ao lume, acrescente mais um fio de azeite e aloure a restante courgette, temperando de sal e pimenta. Estando pronta baixe o lume e junte o esparguete escorrido e o molho que preparou. Envolva e acrescente o queijo ralado e a noz de manteiga. Envolva tudo muito bem, coloque as folhas de manjericão que sobraram por cima e sirva de imediato.

Se quiser pode juntar uns camarões para dar cor ao prato. Mas, na verdade, não necessita.

Queijada de figo

A base é queijo, claro! Mas três coisas tornam o sabor desta "Queijada" mais requintado: a opção por queijo fresco de cabra, a junção de amêndoa e os figos frescos .

A fazer na época deles ou também pode congelar uma dúzia e meia de figos para surpreender no Natal.




Prepare uma tarteira grande e forre com papel vegetal ou aproveite o papel que envolve a massa quebrada que comprar.

1 dose de massa quebrada
300g de queijo fresco de cabra
250 de mascarpone
3 ovos
3 gemas
50g de farinha de amêndoa
160g de açúcar
15 a vinte figos frescos
açúcar mascavado

Bata os queijos com o açúcar até obter um creme. Junte os ovos um a um, batendo sempre, e depois as gemas. Finalmente acrescente a amêndoa moída e envolva bem. Verta o creme obtido na tarteira já preparada com a massa quebrada. Corte os figos ao meio e espalhe-os a gosto por cima do creme, tendo o cuidado de os virar para cima. Com uma colher de chá polvilhe com um pouco de açúcar mascavado cada uma das metades dos figos. Leve ao lume a 180°C por ± 30 minutos. Vigie e se necessário baixe a temperatura.

Antologia

 “Cozinhar  é  o  mais  privado  e  arriscado  ato.  No  alimento  se  coloca  ternura ou  ódio.  Na  panela  se  verte  o  tempero  ou  o  veneno.  Cozinhar  não  é  serviço. Cozinhar  é  um  modo  de  amar  os  outros.”  (Mia  Couto  –  Fio  de  Missangas)

Financiers




 
220g de manteiga
6 claras de ovo
200g de açúcar
125 g de farinha de amêndoa
40g de farinha de trigo 55
Sultanas maceradas em vinho do porto (facultativo)


Preaqueça o forno a 180°C.

Derreta a manteiga e reserve. Deve ficar à temperatura ambiente.

Misture todos os ingredientes secos - farinha, açúcar e farinha de amêndoa - junte as claras e bata bem. Misture, por fim, a manteiga derretida.

Encha até 2/3 formas pequenas previamente untadas com margarina e polvilhadas com farinha ou, em alternativa, utilize formas de papel. Querendo, pode juntar a cada forma 3 ou 4 sultanas já maceradas.

Leve ao forno por ±20 minutos ou até estarem dourados.

Bolo de Ananás


Para o bolo

1 lata de ananás em calda

150 gramas de manteiga

200 gramas de açúcar

250 gramas de farinha

colher de chá de fermento

4 ovos

1,5 dl de leite


Para o caramelo

250 gramas de açúcar

1 dl de água

Escorra o ananás e reserve a calda.

Derreta o açúcar num tacho pequeno ou numa frigideira, levando-o ao lume sem mexer. Quando começar a caramelizar, retire do lume e junte a água com cuidado para não salpicar. Leve de novo ao lume e mexa sempre até ferver e ganhar o ponto adequado, ± 124°C.

Cubra o interior de uma forma sem buraco com o caramelo e forre o fundo e laterais com rodelas de ananás. Reserve.

Faça o bolo começando por bater a manteiga com o açúcar até ficar uma mistura cremosa. Junte os ovos, um a um, batendo sempre. De seguida, adicione o leite, a farinha misturada com o fermento e bata bem.

Deite a massa na forma e leve a cozer no forno (180 graus), durante cerca de 40 minutos.

Depois de cozido e desenformado, ensope a gosto com a calda do ananás.



Ossobuco



Ossobuco ou Osso Buco (osso buraco) é um prato típico da Itália, da região da Lombardia, feito com perna de novilho. É também o nome dado para o próprio corte da carne que dá origem ao prato. É um corte acima da canela e abaixo do joelho, com o osso. No centro da carne fica o osso com tutano, que dá sabor ao prato.
 
Para 4 pessoas
  
4 unidade de ossobuco de ± 400 gramas
Pimenta preta de moinho e sal q.b.
10 g de farinha de trigo tostada
1,5 dl azeite
1 dl vinho branco
Água q.b.
2 cebolas pequenas
4 dentes de alho laminados
½ pimento vermelho aos pedaços
3 cenoura às rodelas
4 g alecrim
4 pés de salsa
40 g manteiga

Pegue o ossobuco e faça alguns pequenos cortes na pele externa; isso evitará que ele entorte durante o cozinhado. Esfregue-o com sal e pimenta preta de moinho e reserve pelo menos 2 horas.

Num tacho largo, onde caiba todo o ossobuco que vai cozinhar, e com azeite bem quente, doure o ossobuco de ambos os lados - cerca de 2 minutos por lado - depois de o ter polvilhado com um pouco de farinha torrada. Retire para um prato e no mesmo tacho faça o refogado juntando a cebola cortada em gomos, os dentes de alho laminados e refogue tapado até que a cebola fique dourada; adicione o vinho branco e deixe evaporar.

Volte a colocar o ossobuco no tacho adicione água quente até chegar à altura do ossobuco sem o cobrir; junte o alecrim, a salsa e os legumes cortados aos pedaços.
Tape a panela e cozinhe por um total de 80 a 100 minutos, até ficar bem tenro, adicionando água quente se necessário. A meio da cozedura, vire o ossobuco e corrija temperos.
Quando estiver bem tenro, retire o ossobuco do tacho e coe o molho com um coador de malha fina e reduza-o levemente se necessário; adicione a manteiga para engrossar o molho e misture bem.

Regue o ossobuco com um pouco de manteiga e leve-o ao forno pré aquecido, a estalar, a uma temperatura de 200 °C por 15 minutos.

Retire do forno, coloque no recipiente preaquecido em que vai servir e regue com o molho. Sirva bem quente com puré ou polenta e uma salada de alfaces. 

 

Coisas que eu sei



Mais um belo livro, a não perder, de Maria de Lourdes Modesto. Informações, curiosidades e receitas, escritas com a elegância e o saber que lhe são reconhecidos. Saiu em Maio e pode comprar-se por 20€.

Acervo de Maria de Lourdes Modesto

O acervo de Maria de Lourdes Modesto está online.


Toda a informação que serviu de base ao livro "COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA", pode ser consultada no sítio da Acpp - Associação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal.  Aqui.

Amanteigadinhas

 Umas agradáveis bolachas com sabor a manteiga, boas para enganar a fome a meio da manhã ou da tarde. Fazem uma excelente e gulosa combinação com compotas. Esta receita dá para uma quantidade muito razoável de bolachas.


750 g de Farinha tipo 55

1 colher de sopa de fermento em pó

1 pitada de sal

250 g de açúcar

4 ovos

100 g de manteiga

4 a 5 colheres de sopa de natas


Preaqueça o forno a 200°C

Misture a farinha, o sal, o açúcar e o fermento.  Junte a manteiga ligeiramente derretida, os ovos e as natas e trabalhe a massa até que ela se despegue dos dedos.

Estenda a massa com um rolo até ter 3 mm de espessura e corte-a em rodelas com um corta-massa ou um copo.

Leve ao forno por 8 a 10 minutos, num tabuleiro com silpat, até estarem douradas.

Salada de ervilhas, espargos e abacate

 

Quantidades a gosto de,

Ervilhas 
Espargos verdes
Abacate

    Abacate - Retire a polpa ao abacate, corte-a em pedaços, envolva em sumo de limão. Coloque em taça grande onde vai servir a salada.

   Ervilhas - dê uma fervura rápida às ervilhas em água e sal. Escorra a água e salteie as ervilhas com um dente de alho picado e um fio de azeite. Corrija o tempero de sal e pimenta. Coloque na taça juntando ao abacate.

  Espargos verde - prepare os espargos cortando o pé mais fibroso e limpando o caule com um descascador de legumes. Limpe-os passando-os por água. Leve-os a grelhar marcando-os num grelhador bem quente. Estando prontos corte os espargos em 3 ou 4 pedaços e junte às ervilhas já preparadas.

Tempere a salada com pesto fresco envolvendo bem e sirva à temperatura ambiente.


Pizza Havaiana

 

Para uma pizza familiar (4 pax - 8 fatias) faça a massa para a pizza com,

400g de farinha para pizza
12g de sal fino
5g de açúcar
25ml de azeite
240ml de água
Azeite q.b. para pincelar

Misture tudo, amasse bem e deixe repousar, à temperatura ambiente, coberto com um pano durante 35minutos.

Coloque a massa numa banca polvilhada de farinha e vá-a esticando com as mãos, sem a romper, até obter o tamanho desejado. Pique a massa com um garfo, pincele-a com azeite e recheie a gosto ou com,

Recheio para Pizza q.b.
200g de cogumelos de Paris laminados e salteados
250g de queijo Mozzarella
150g de fiambre em cubos
150g de abacaxi em cubos

Leve ao forno preaquecido a 230°C por ± 12 minutos ou até estar tostada.

Corte as fatias com um cortador de pizza e sirva de imediato acompanhada de uma salada de ervilhas, espargos e abacate.

Filetes de peixe porco com broa no forno



4 filetes de peixe porco
1 cebola média cortada às rodelas
3+1 dentes de alho picados
1/4 de broa de milho amarelo 
1 folha de louro
4 pés de salsa
Azeite q.b.
1 gole de vinho branco
sal, pimenta de moinho e tomilho q.b.
Acompanhamento opcional: Batatas em palitos grossos.

Migue a broa com um fio de azeite e 1 dente de alho picado. Reserve.

No fundo de uma assadeira distribua a cebola laminada, 3 dentes de alho picados, a folha de louro, a salsa e regue com um pouco de azeite. Coloque os filetes por cima e tempere com sal, pimenta, tomilho e um gole de vinho branco seco. Distribua por cima dos filetes a broa previamente preparada calcando ligeiramente para a compactar um pouco.


Pode acompanhar com bata aos palitos se o desejar. Nesse caso tempere a batata com sal e pimenta e regue-a com um fio de azeite.

Leve ao forno preaquecido a 180°C por 30 minutos. Sirva acompanhado de uma verdura e de um pouco de arroz de peixe feito com os restos do peixe porco.



 






Bochechas de porco assadas em vinho tinto




Faça uma marinada com,

1Kg de bochechas limpas 
1 cebola grande picada
2 cenouras aos cubos
4 dentes de alho laminados
12 pés de coentros picados
6 pés de salsa picados
2 pés de tomilho (só as folhas)
8 grãos de pimenta preta
1 folha de louro
sal
azeite
vinho tinto ± 7,5dl

Envolva a cebola, as cenouras aos cubos, os dentes de alho laminados, os pés de coentros picados, os pés de salsa picados, os pés de tomilho (só as folhas), os 8 grãos de pimenta preta, a folha de louro, o sal e o azeite, tudo muito bem misturado, com 1Kg de bochechas limpas. Acrescente vinho tinto generosamente, mas sem cobrir as bochechas, e deixe marinar por um mínimo de 2 horas, ou de um dia para o outro.



Leve forno, em assadeira, a 160°C por aproximadamente 2 horas e 30 minutos. Às 2 horas pique as bochechas com um garfo para ver se já estão tenras.

Finalize escorrendo as bochechas do molho. Retire a folha de louro e leve o molho à liquidificadora ou triture com a varinha mágica. Volte a juntar tudo na assadeira e sirva bem quente.

Acompanhe com grelos salteados e puré de batata.

Salmão fumado com Burrata, Mozzarella, tomate cereja e manjericão



Sabores frescos para os dias mais quentes que aí vêm. 

Pode saborear-se só com Burrata ou só com Mozzarella. Desta vez resolvi juntá-los; têm afinidades mas texturas diferentes. 

Corte os tomates cereja ao meio, o salmão em tiras, misture e tempere com pesto, mais algumas folhas de manjericão e sumo de limão a gosto.

Emprate e regue com um fio de azeite virgem e um toque de flor de sal.

Dica: Pode substituir o salmão por atum de conserva, anchovas ou misturar os dois sabores.  

Focaccia de alecrim

Uma receita adaptada do Chef Kiko



Uma focaccia gulosa que se recomenda e que se pode ir comendo durante 3 ou 4 dias. Boa se comida simples mas que também acompanha queijo ou presunto. 

500g de farinha de trigo
13g de fermento seco
13g de açúcar
7g de sal fino
250ml de água
60ml+15ml+ 15ml de azeite
3g de alecrim picado
3g de flor de sal

Junte a farinha, o fermento, o açúcar e o sal numa taça e, com a ajuda de uma batedeira, envolva tudo muito bem. Depois, adicione a água e os 60 ml de azeite, aos poucos, batendo até que a massa fique bem homogénea.
Deixe a massa descansar: unte e cubra o fundo de uma taça com 15 ml de azeite. Ajeite a massa em forma de bola e deposite-a na taça untada. Cubra com um pano e deixe a massa a repousar durante a noite.

No dia seguinte forre um tabuleiro de ir ao forno de ± 34 cm X 22 cm com papel vegetal untado com azeite ou utilize um silpat. Verta a massa sobre o tabuleiro, esticando-a de forma homogénea, e salpique tudo com a flor de sal e o alecrim ligeiramente picado. Cubra o tabuleiro com película aderente e deixe a massa a fermentar num local morno, durante pelo menos uma hora. Pode fazê-lo no forno depois de aquecido a 40 °C.

Leve a focaccia ao forno, durante 12 a 15 minutos, a 200 graus. Quando a retirar, regue-a com o resto do azeite e deixe arrefecer. Corte-a em pedaços a gosto.

Pão rústico com passas



Esta receita de Pão Rústico da Clara de Sousa foi uma agradável surpresa.

 Devo confessar que estava com alguma expectativa uma vez que a receita é muito simples e, após a confecção, achei que a massa estava pouco consistente, talvez até com um pouco de água a mais; mas, afinal, obtive um saboroso pão com côdea estaladiça, bem fofo e húmido, com que me deliciei. Relativamente à receita original apenas acrescentei 70g de sultanas.

Aqui fica a receita.

Ingredientes:
500 g de farinha T65 sem fermento
450 ml de água morna
1 saqueta de 4,6 g de fermento seco de padeiro de acção rápida
1,5 colher de chá de sal fino
2 colheres de chá de açúcar
farinha extra para polvilhar

Usar uma panela de ferro fundido de 22 ou 24 cm de diâmetro com tampa 

Misture todos os ingredientes secos numa taça. Envolva a água morna, pouco a pouco até estar tudo ligado.
Polvilhe com um pouco de farinha, cubra com película e deixe levedar para o dobro (a massa irá crescer e ficar cheia de buraquinhos).
Quando a massa estiver praticamente levedada, ligue o forno a 220º C e coloque no interior a panela vazia, sem tampa, para aquecer.
Forre uma taça com papel vegetal enfarinhado e transfira a massa levedada para lá. Polvilhe com mais um pouco de farinha.
Quando a panela de ferro estiver bem quente, retire-a do forno e transfira o papel com a massa para a panela quente. Coloque a tampa (atenção se a pega for de plástico retire-a) e coza durante 45 minutos.
Passado esse tempo, retire a tampa, aumente a temperatura do forno para 240º C, e coza destapado durante mais 15 minutos para dourar bem e ficar com uma côdea bem estaladiça.
Retire a panela do forno e retire o pão do seu interior. Deixe arrefecer quase totalmente antes de o abrir.

Notas:
Usei um pirex de 22cm com tampa.
A massa levedou já dentro do pirex forrado com papel vegetal evitando ter que a transferir. 
Aqueci o forno muito ligeiramente (±40°C) e coloquei dentro o pirex para que a massa levedasse melhor.
Acrescentei à receita 70g de sultanas.

Arroz de pato no forno





1 pato inteiro e limpo do excesso de gordura
1 cebola média picada
2 cenouras em cubos pequenos
4 pés de salsa
1dl de azeite
400g arroz
Água q.b.
chouriço às rodelas q.b.
bacon em tiras grossas q.b.
sal q.b. 
pimenta q.b. 

Pré-aqueça o forno a 180ºc. Corte o pato em pedaços e tempere-o com sal e pimenta. Reserve.

Num tacho grande faça um refogado com o azeite, a cebola, a cenoura e a salsa e deixe alourar em lume brando.

Junte os pedaços de pato e aloure de todos os lados sem que o refogado queime. Baixe o lume, adicione um pouco de água, tape o tacho e deixe estufar até o pato estar tenro e a carne separar-se facilmente dos ossos.

Retire os pedaços de pato do tacho, deixe arrefecer e desfie muito bem. Reserve.

Leve o tacho novamente ao lume e, ao molho que sobrou do estufado, junte a água necessária para o arroz (± o dobro do volume do arroz). Corrija temperos. 
Quando a água voltar a ferver ponha o arroz e tape o tacho. Sugiro que após 8 minutos a fervilhar desligue o lume e aguarde mais 5 minutos para o arroz acabar de cozer.

Quando o arroz estiver pronto, ponha-o num recipiente de ir ao forno, às camadas: metade do arroz, pato desfiado e, cobrindo tudo, nova camada de arroz. Enfeite distribuindo por cima as rodelas de chouriço e os pedaços de bacon.

Vai ao forno o tempo necessário para tostar o chouriço e o bacon.

Acompanhe com couve lombarda salteada.


Polvo no forno com alho confitado


Uma receita da Chef Noélia Jerónimo

Aqui está uma receita simples e muito boa. Especial para amantes de polvo, uma delícia! 

Notas minhas, que a Chef deve ter outras mais acertadas: 
  • Compre boas batatas-doce (eu prefiro as cor de laranja, de paladar mais suave) e não as deixe cozer demais. De preferência, coza-as ao vapor. 
  • Não se esqueça que o polvo tem que ser previamente congelado, para que as suas fibras se quebrem e fique macio
  • A receita manda que não se use a panela de pressão e, aqui, paciência; cozi o polvo como sempre o faço: lavado e escorrido, sem acrescentar água, a que junto uma cebola cortada ao meio, alguns grão de pimenta preta, um ramo de cheiros (salsa, coentros...) e um fio de azeite. Para um polvo médio bastam 15 minutos depois de atingida a pressão. E ficou muito bem.
  • Abuse no azeite.
  • Não está na receita mas termine com um pouco de salsa picada.

Para 4 Pessoas                                         

2 kg de polvo
1 kg de batata-doce
200 g de alho
150 ml de azeite
150 ml de vinagre de Jerez ou de Vinho do Porto
1 folha de louro
Sal (q.b.)
Pimenta (q.b.)

Cozer o polvo em água abundante, durante aproximadamente 45 minutos (não usar panela de pressão). À parte, cozer a batata-doce e, também no fogão, com lume baixo, confitar lentamente os alhos em azeite abundante, até ficarem loirinhos e reservar.

Colocar o polvo já cozido numa base de ir ao forno, juntar as batatas-doce e regar com o azeite e os alhos confitados. Temperar de sal e pimenta, juntar a folha de louro e colocar no forno preaquecido a 160'C, durante 10 a 15 minutos.

Momentos antes de retirar do forno (o polvo deve estar crocante), regar com o vinagre de Jerez.



Maçãs assadas em massa folhada

Uma variante agradável para assar maçãs e que pode acolher as alterações que a imaginação e o gosto ditarem. Receita de Luísa Villar com uma ligeira adaptação ao meu gosto.



4 maçãs raineta
1 folha de massa folhada quadrada grande cortada em quatro
Geleia de marmelo q.b.
Nozes tostadas q.b.
1 ovo para pincelar
Açúcar q.b.
Canela q.b.
Açúcar em pó q.b.


Pré-aqueça o forno a 180ºc.
Descasque e retire o caroço às maçãs.
Envolva as maçãs em açúcar previamente misturado com canela.
Corte a massa folhada em quatro.
Envolva as maçãs com a massa por forma a não tapar o buraco; se necessário com a ajuda de alguns palitos.
Coloque um pouco de geleia dentro da maçã sem encher.
Junte algumas nozes partidas.
Pincele a massa folhada com ovo.
Ponha no forno a assar e retire quando a massa estiver dourada e crocante.
Finalize com um pouco mais de geleia e pincele generosamente. 
Polvilhe com açúcar em pó e sirva ainda morno.

Tranches de Mero com molho de caldeirada




Da família da garoupa e do cherne, o mero é um peixe de carne branca consistente, muito apreciado, mas que devido à ameaça da pesca industrial e desportiva corre alguns riscos de extinção. A sua pesca está sujeita a legislação própria que limita e impõe condições à sua captura.

Raramente aparece nas bancas de peixe e quando aparece, dada a sua dimensão (pode atingir 250kg ou mais) é, muitas vezes, vendido à posta.

Compre 2 boas postas de Mero, limpe-as de peles e espinhas e corte em tranches. Reserve.

Num tacho onde caiba todo o peixe apure um refogado clássico com:

1 cebola
2 dentes de alho
1 folha de louro
4 pés de salsa
1 haste de tomilho
2 tomates pelados e limpos de sementes
1 pimento vermelho limpo e cortado em brunesa
0,5dl de azeite
2 goles de vinho branco seco
1 piripiri pequeno
sal e pimenta q.b.

Estando apurado junte e distribua as tranches de mero no fundo do tacho e um pouco de água à altura do peixe. Deixe levantar fervura em lume brando e corrija temperos. Não deixe o peixe cozer demais.

Estando pronto sirva imediatamente. Acompanhei com spaghetti nero di seppia.

Evolução da palavra latina "coquina"