Casa da Escrita - Coimbra
Perna de porco confitada com migas ricas
Uma receita de sabores bem portugueses, com algumas nuances que foram gulosamente aprovadas. Prepare um tinto encorpado...
para 4 - 6 pessoas
Para a perna de porco
confitada
1250g de perna de porco desossada e limpa
7,5dl de banha de porco
4 dentes de alho
2 folhas de louro
1 colher de sopa de massa de pimentão
1 colher de sopa rasa de cominhos em pó
sal, pimenta preta
Corte a carne em pedaços grandes
(6 a 8cm) coloque-os numa taça e tempere-os generosamente com sal,
os cominhos e a pimenta preta. Esfregue bem a carne e acrescente a massa de
pimentão envolvendo tudo de novo. Tape a taça e reserve no frio durante 4 horas
ou, melhor ainda, de um dia para o outro.
Leve a lume médio um tacho com uma
colher de banha de porco, aqueça e junte os alhos laminados. Deixe fritar até
alourar. Junte a restante banha de porco e as folhas de louro. Estando a
gordura completamente derretida junte a carne temperada, que deve ficar quase
completamente coberta pela gordura, e deixe cozer destapado, em lume brando,
por 3 horas ou até estar muito tenra. Vire os pedaços de carne se necessário.
Para as migas ricas
0,5dl de azeite
300g de cogumelos de Paris laminados
400g de pão alentejano de dois dias
4 dentes de alho
2 colheres de sopa de massa de pimentão
banha de porco do confitado
Sal, pimenta
Corte o pão em fatias, coloque-o
numa taça e cubra-o com água morna pressionando com os dedos para que fique
todo embebido. Reserve.
Num sauté, salteie os cogumelos
com um fio de azeite e tempere com sal e pimenta. Reserve.
Pique finamente os dentes de alho
e leve-os a alourar em lume médio, com o azeite, num sauté grande. Junte a
massa de pimentão, misture bem com o alho e acrescente o pão amolecido. Com uma
colher grande, ou uma espátula, vá esmagando o pão envolvendo bem. Acrescente 3
a 4 colheres da banha do confitado e os cogumelos salteados envolvendo tudo
muito bem até ficar uma espécie de massa moldável com a colher. Corrija de sal,
se necessário. Vire as migas para que alourem e sequem um pouco dos dois lados.
Reserve quente até ser servido.
Acompanhe com relish picante de cebola roxa. Liga muito bem, pois corta um pouco os paladares, introduzindo um toque adocicado. Os puristas não gostam destas misturas, mas não ligue e divirta-se. É muito bom!
Filetes de pescada com risotto de cogumelos shiitake
Para fazer este prato optei por filetes de pescada fresca. Mesmo dando um pouco mais de trabalho comprei uma boa pescada bem fresca de quase dois quilos, limpei-a e preparei os filetes sem pele nem espinhas. 12 a 14 filetes.
Temperei-os com meia hora de antecedência.
Sumo de 2 limões
4 dentes de alho
sal e pimenta de moinho
Antes de os passar por farinha e ovo, para fritar, foram escorridos e secos em papel de cozinha.
Para o risotto
150g de
cogumelos Shiitake frescos
200g de
risotto
0,75dl de azeite
1,5dl de vinho
branco
± 5dl de caldo
de peixe (Fumet)
1 Cebola média picada finamente
1 colher de sopa de manteiga
Sal q.b.
Pimenta q.b.
Coentros (opcional)
Coloque num
tacho o azeite e aloure a cebola picada. Junte-lhe os cogumelos laminados e deixe ganhar um pouco de cor.
Adicione o
vinho branco, deixe evaporar um pouco e junte-lhe o risotto. Frite tudo por alguns minutos mexendo sempre.
Junte agora, por várias vezes, o caldo de peixe que já deve estar quente para não interromper a cozedura do risotto. Vá envolvendo mexendo em lume médio.
A cozedura
deve demorar ±15 minutos e o risotto deve ficar al dente.
Estando pronto retire do lume, acrescente a manteiga e envolva rapidamente até derreter. Pode polvilhar com um pouco de coentros picados.
Sirva de imediato.
Enguias em Lavos
O 5º Festival das enguias nos Armazéns de Lavos (Figueira da Foz) termina hoje. Para o ano há mais mas, claro, continua a poder comer-se enguias em Lavos mesmo depois do Festival.
É só escolher o restaurante - Casa Marquinhas, O Grazina ou o Tó Costa, e deliciar-se com elas fritas ou de caldeirada.
É um petisco que eu muito aprecio mas que raramente tenho oportunidade de comer bem feito, e com bom produto. Este ano fui à Casa Marquinhas na expectativa de uma dose de enguias bem fritas, pequenas, finas, como eu gosto, regadas com azeite picante com forte sabor a alho e colorau. Não desiludiu, antes pelo contrário.
Acompanhamentos de batatas fritas e migas de couve e broa. Só para apreciadores com paciência e boa vontade, pois a procura é muita. Serviço simples mas honrado.
Tiramisù II
Uma receita de Tiramisù da Nigella Lawson
Esta receita tem um forte sabor a licor. Parece-me que vai ao gosto da Nigella que também faz tiramisù com Baileys; chama-lhe, na brincadeira, “killer tiramisù”.
Para quem não aprecie esse paladar tão intenso poderá fazer a receita com menos licor e mais água.
Pode também optar por outro licor ou por substituir a avelã (que liga muito bem com o Frangelico que é um licor de avelã) por amêndoa, por noz, ou usar apenas cacau.
Use a imaginação...
Para 6 pessoas
24 biscoitos de champanhe
Para o creme
2 gemas
75g de açúcar em pó
60ml de licor Frangelico
500g de queijo mascarpone
2 claras batidas em castelo fraco (espuma)
Para
a calda
250ml de licor Frangelico
250ml água quente
50g de café solúvel
Para
a cobertura
100g de avelã moída torrada
2 + 1 colheres de chá de cacau amargo
Comece por fazer a calda para embeber os biscoitos.
Junte o licor com a água quente e o café solúvel. Mexa bem até o café estar
completamente dissolvido. Deixe arrefecer.
Num recipiente fundo (assadeira ou forma de pirex)
acomode 12 palitos de champanhe de forma a cobrir todo o fundo. Se necessário
parta alguns para que dê certo com o espaço. Com metade da calda já preparada
vá deitando, com cuidado, por cima dos biscoitos. Pode utilizar uma colher
grande. Em principio os 12 biscoitos absorverão a calda enquanto faz o creme.
Bata as claras até ficarem em castelo fraco, quase
só espuma. Irão dar algum volume ao creme sem o tornar demasiado denso. Posteriormente,
quando juntar as claras ao creme verá que fica mais fácil de espalhar para
fazer a cobertura.
Para o creme de mascarpone, bata numa taça, as
gemas e o açúcar em pó. Juntar o licor, bata um pouco mais e junte o
mascarpone por duas vezes batendo só até envolver. Juntar as claras delicadamente
até envolver tudo.
Com metade do creme cubra os primeiros 12 biscoitos
uniformemente.
Repita a operação, por cima do creme, fazendo nova
camada de 12 palitos de champanhe e embeba-os com a restante calda. Faça esta
operação vagarosamente para dar tempo aos biscoitos para absorverem toda a
calda.
Com a restante metade do creme cubra os palitos
uniformemente e alise.
Leve ao frigorifico por 8 horas.
Ao fim de 8 horas retire do frigorífico e faça a cobertura:
Misture bem a avelã moída com duas colheres de
cacau para que a avelã fique toda envolvida em cacau. Cubra o tiramisù com a
avelã. Coloque uma colher de chá de cacau num passador de rede o polvilhe por
cima dando o acabamento final.
Sirva frio.
Sável de escabeche
O Sável é um peixe migrador que desova em rio e que em Portugal se encontra mais facilmente a norte, nos rios Minho e Lima, e a sul no Tejo. Aparece com menos frequência, onde corre o risco de extinção, no Douro, Mondego, Sado ou Guadiana.
É um peixe grande, gordo, com bastantes espinhas e muito saboroso. Uma das melhores formas de o preparar é em escabeche, o que resulta no quase desaparecimento das espinhas pelo duplo efeito do corte da posta - que deve ser fino - e em virtude de ficar imerso numa cebolada avinagrada durante vários dias. Os gastrónomos consideram-no um petisco...
No levantamento da cozinha tradicional portuguesa, feito pela Maria de Lourdes Modesto, existem 3 receitas de Sável de escabeche: Do Minho, da Beira Alta e do Ribatejo. Das três receitas só a da Beira Alta propõe a fritura prévia do Sável. Esta é a forma que prefiro e, de uma forma geral, a minha receita não difere muito da registada pela MLM.
1 Sável com 1,5Kg cortado em postas finas (±1cm)
4 cebolas médias às rodelas finas
4 dentes de alho laminados
2dl de azeite virgem
1dl de vinagre
1dl água
2 folhas de louro
Pimenta de moinho q.b.
1 colher de chá de Colorau
Sal grosso q.b.
Para fritar
Óleo
Farinha de milho
Quando comprar o sável peça que o cortem às postas finas de ± 1cm de espessura. Tempere com sal grosso e reserve por 1 ou 2 horas.
Seque bem as postas com um pano ou papel absorvente, passe-as por farinha de milho e sacuda-as. Frite-as em óleo bem quente, escorra-as e coloque num recipiente fundo, onde possam ser cobertas com a cebolada.
Faça uma cebolada com o azeite, as cebolas, o louro e o alho, em lume médio, até as cebolas ficarem bem cozidas. Tempere com sal e pimenta de moinho e junte o vinagre, a água e o colorau. Deixe fervilhar um pouco, rectifique os temperos e deite por cima do sável. Guarde num local fresco durante, pelo menos, uma semana, tendo o cuidado de ir alterando a ordem das postas, passando as que estão por baixo para cima.
Deve ser comido à temperatura ambiente. Experimente acompanhar com broa de milho e um copo de Alvarinho e depois diga-me...
Tarte de Santiago (de Compostela)
Os nossos irmãos galegos garantem que esta tarte tem uma origem longínqua, em 1577, tendo sofrido varios apuramentos até chegar à receita actual, considerada um ex-líbris da cidade e, de uma forma geral, de toda a Galiza.
Segundo se pode ler no BOE, Boletim Oficial do Estado Espanhol de março de 2006, que regista a Tarta de Santiago com Designação Geográfica Protegida, "Las primeras recetas dignas de fiabilidad se contienen en el Cuaderno
de confitería que recopiló Luis Bartolomé de Leybar en torno a 1838, así
como en El confitero y el pastelero. Libro muy útil para los jefes de casa,
fondistas y confiteros de Eduardo Merín – publicado en Ferrol en 1893 –
que proporciona una segunda receta de este dulce, que bajo el nombre de
«Tarta de Almendra», se adorna ya con una suave capa de azúcar molida."
Aguerridos espanhóis que tão bem protegem o seu património. Tendo nós uma tradição doceira incomparavelmente mais rica do que a espanhola, quantas das nossas melhores receitas conventuais estão protegidas por Denominação de Origem?
Curiosamente a mais divulgada receita desta tarte inclui um ingrediente que não consta da definição do BOE. A saber, a canela.
Trata-se de uma tarte de amêndoa, ovos, açúcar e casca de limão que, não sendo espectacular, é muito fácil de fazer e tem um paladar delicado e agradável.
Respeitei a receita e não inclui a canela. Assim:
Ingredientes para um bolo de 24 cm
250 g de amêndoa crua inteira descascada
250 g de açúcar
4 ovos médios
Raspa de 1/2 limão
Moer as amêndoas de forma
diferente. Metade muito moída, em farinha, e metade um pouco mais grossa para
se sentir a textura.
Adicione às
amêndoas a raspa de meio limão
amarelo.
Bata o açúcar com os ovos
incorporando-os um a um até clarearem um pouco.
Adicione as amêndoas misturadas
com a raspa de limão, mas sem bater, misturando delicadamente com
uma espátula.
Coloque a massa na forma e leve ao forno por 25 a 30
minutos.
Dióspiro com canela
Dióspiro, do grego dióspuron. Está na época deles e os vermelhos (que são os nossos - os amarelo/cor de laranja são brasileiros) são os mais doces e suculentos. São deliciosos e além do mais têm poucas calorias, são ricos em vitaminas A, B1, B2 e E, ao que se soma a riqueza em cálcio e ferro. Parece que também são bons protectores do estômago.
Os melhores são os naturais, muitos deles já picados pela mosca, bem maduros. Tratá-los com cuidado, cortar as partes tocadas ou bichadas e retirar toda a polpa com uma colher.
Coloque a polpa bem madura numa taça e leve ao frio por 10 minutos. Polvilhe com um pouco de canela e delicie-se. Já não é fruta, é... sobremesa?
Arte Lisboa 12 - FIL
É melhor registar na Agenda para 22 a 25 de Novembro a Arte Lisboa 12 - Feira de Arte contemporânea.
O ano passado valeu a pena...
O ano passado valeu a pena...
Coisas do dia seguinte
Hoje acordei virado para este lado. Com chuva ou sem chuva é sempre um bom lado para se estar.
Interprete : António Pinho Vargas
Album : As folhas novas mudam de côr
Musica: Tom Waits
Ano : 1987
Interprete : António Pinho Vargas
Album : As folhas novas mudam de côr
Musica: Tom Waits
Ano : 1987
Fígados de Pato com vinho do porto e maçã
Mais uma receita requintada que sugere sabores de foi gras. Para surpreender num jantar especial. É um prato forte, de sabor intenso, e que gosto de acompanhar com um vinho branco ligeiramente envelhecido e não seco.
É relativamente fácil encontrar à venda fígados de pato na secção de congelados e produtos gourmet dos nossos hipermercados. Normalmente em sacos plásticos de 400g.
(6/8 pessoas)
1kg fígados de pato
Sal q.b.
Pimenta q.b.
1dl vinho do Porto tawny
1 colher, das de sopa de molho inglês
200g manteiga
125g sultanas
1dl aguardente velha
1/2 litro de nata
4 maçãs reinetas, médias
Limpe os fígados muito bem de películas e, se necessário, corte em pedaços de 4-5 cm. Tempere levemente com sal fino, pimenta de moinho, o vinho do Porto e o molho inglês. Deixe marinar por 4 horas.
Comece por preparar as maças descascando-as e cortando em meias luas. Frite-as ligeiramente em 100g de manteiga até estarem louro claro. Reserve aquecido.
Escorra os fígados e reserve a marinada.
Numa frigideira larga e funda, ponha ao lume 100 g de manteiga.
Em lume vivo e depois de bem quente, junte os fígados previamente escorridos e deixe corar de todos os lados. Se achar necessário pode acrescentar um pouco mais de manteiga.
Adicione-se as passas, levante o lume e regue com a aguardente. Flameje.
Assim que a labareda se apagar, retire os fígados para uma taça de ir à mesa, pré aquecida, deixando ficar na frigideira o molho que se formou. Junte o que sobrou da marinada e a nata, mantendo o lume forte e mexendo com uma espátula até o molho ficar bem castanho e espesso.
Rectifique os temperos e cubra os fígados com o molho. Sirva imediatamente acompanhado com meias luas de maçã reineta.
(receita adaptada do livro "4 Estações na Casa da Comida", Jorge Vale, Everest Editora, 1999.)
Merengado de chocolate e laranja
Desta vez resolvi repetir o Merengado de Chocolate com uma pequena alteração que o valoriza muito. Sempre gostei da combinação de chocolate e laranja e foi exactamente por aí que resolvi ir. A receita é exactamente a mesma simplesmente acrescentei, a cada camada, rodelas de laranja em calda. Nem vos digo!...
A RECEITA BASE
A RECEITA BASE
Bases de merengue
4 Claras
200g de açúcar
1 colher de sopa de farinha
maisena
1 pitada de sal
1 colher de sopa de vinagre
Preparar as bases de merengue
(três).
Bata as claras com a pitada do
sal até ficarem bem firmes. Lentamente, junte o açúcar batendo sempre. Dissolva
a maisena no vinagre (se necessário acrescente uma gotas de água) e misture nas
claras continuando a bater.
Num (ou dois) tabuleiros faça
três bases com um aro de 22cm dividindo as claras em três porções e espalhando
numa base de silpat ou papel vegetal
ligeiramente untado com manteiga. Também pode utilizar uma forma redonda e
fazer por três vezes. Leve ao
forno a 170ºC até ganhar uma ligeira cor e ficar crocante por fora e macio por
dentro. Deixe arrefecer e reserve.
Mouse de chocolate para o recheio
1 tablete de chocolate de 200g
6 colheres de sopa de açúcar
6 ovos
125g de manteiga
Derreta o chocolate com a
manteiga.
Separa as claras das gemas para
taças diferentes.
Batas as gemas com o açúcar até
ficarem fofas e claras. Junte o chocolate com a manteiga e misture bem. Bata as claras em castelo forte e
misture suavemente com o preparado. Reserve no frio pelo menos 30 minutos ou
até ficar firme.
Ganache para a cobertura
200g de natas
1 tablete 200g de chocolate a 70%
Leve as natas ao lume até
começarem a ferver. Retire do lume e junte o chocolate partido aos pedaços e
mexa até ficar completamente dissolvido e cremoso. Deixe arrefecer. Reserve.
Finalização
Divida a mousse em duas porções.
No centro de um prato grande coloque meia colher da mousse com a primeira base
de merengue por cima; assim ela manter-se-á fixa. Intercale a mousse (e as rodelas de laranja) com as bases
de merengue – base de merengue, mousse, base de merengue, mouse, base de merengue.
Cubra tudo com o ganache. Reserve no frio.
Depois do Merengado estar frio e
a cobertura do ganache estar dura pode enfeitar com fruta.
Se utilizar laranjas
Prepare 3 laranjas descascadas e
cortadas em rodelas finas (16 a 18 rodelas) mais 3 rodelas com casca
para finalizar a cobertura. Leve 100g de açúcar ao lume com 2dl de água num recipiente
largo e, quando obtiver uma calda fraca, introduza todas as rodelas de laranja,
deixando ferver em lume brando até ficarem transparentes. Reserve.
Quando armar o bolo intercale as
rodelas de laranja juntamente com a mousse. Enfeite a superfície, a gosto, com as rodelas
de laranja com casca (e fios de açúcar em ponto de rebuçado duro).
Beringelas gratinadas à italiana
Uma receita popular italiana que vai muito bem como entrada, mas também pode servir de acompanhamento a um prato de carne.
Faça as contas a meia beringela por pessoa
4 colheres de sopa de azeite
2 dentes de alho esmagados e laminados
2 beringelas
100g de queijo mozzarella finamente fatiado
200ml de polpa de tomate
70g de queijo parmesão ralado
sal
pimenta de moínho
mangericão seco q.b
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Lave e seque as beringelas. Corte as pontas às beringelas e depois prepare-as em fatias finas no sentido longitudinal, sem descascar.
Aquecer uma colher de azeite juntamente com parte dos alhos esmagados numa
frigideira grande anti-aderente, em lume forte. Ir adicionando as fatias de
beringela sem as sobrepor e salteá-las rápidamente dos dois lados durante 2 a 3 minutos até estarem cozinhadas e douradas. À medida que forem cozinhadas passá-las para papel absorvente. Repetir a operação com o resto do azeite e dos alhos até saltear todas as fatias.
Numa assadeira, ou travessa de ir ao forno e à mesa, colocar uma camada de fatias de beringela, cobrir
com uma camada de fatias de mozzarella e regar com um pouco de polpa de tomate.
Temperar com sal, pimenta e mangericão seco. Repetir em camadas até acabar as fatias de beringela. Terminar com uma camada de polpa de tomate, sal, pimenta e
mangericão seco.
Polvilhe com o queijo parmesão ralado e leve ao forno por 25 a 30
minutos, a 200ºC.
Retire do forno e guarneça com mais um pouco de
parmesão ralado no momento. Sirva de imediato ou, no verão, à temperatura ambiente.
Creme de ervilhas com bacon e coentros
Não é, mais um creme de ervilhas; é diferente e surpreendentemente bom. Dá um pouco mais de trabalho e por isso faça-o quanto tiver que preparar um menu diferenciador. Pode sempre enriquecer o creme acrescentando, no momento de servir, um pouco de mozzarella.
± 1 kg de ervilhas
3 cebolas médias
50g de manteiga
100g de bacon
5 colheres de sopa de bechamel
Caldo de aves a gosto (mais ou menos cremoso)
1 ramo de coentros (25pés)
Sal e pimenta
Corte o bacon em tiras grossas e
leve a lume vivo com duas ou três colheres de sopa de água num sauté. Deixe a água
evaporar e frite na gordura que ficou do bacon até alourar. Reserve.
Faça um fundo com as cebolas às
rodelas finas e com a manteiga, deixe apurar um pouco e junte o bacon por mais
cinco minutos. Junte o caldo de aves e deixe ferver. Junte as ervilhas, deixe
ferver por mais 5 minutos, tempere com sal e pimenta. Triture tudo muito bem no liquidificador e coe por um passador adequado (não demasiadamente fino). Se necessário acrescente um pouco de caldo para ajudar a passar o creme, enquanto vai mexendo. Leve ao lume
com o bechamel, corrija de temperos e de
caldo de aves. Estando a ferver retire do lume e crescente os coentros picados
grosseiramente. Sirva de imediato.
Galinha ou frango de cabidela
1 galinha ou 1 frango do campo
1 dl vinagre
Sal q.b.
3 cebolas médias
1 cenoura
1 alho francês (só parte branca)
1 ramo de coentros (8 pés)
1 folha de louro
4 dentes de alho
3 a 4 vezes o volume do arroz, de caldo de aves
1 dl azeite
1 molho de salsa (8 pés)
1 colher, das de café, de noz moscada
1 colher, das de chá, rasa, de pimenta, moída na
ocasião
450 g arroz carolino
1 colher, das de sopa, de manteiga
Com uma faca grande, corta-se a
ave. Para o arroz reservam-se os melhores bocados: o peito partido em
quatro, a parte grossa das asas, as pernas divididas pela articulação do osso e os miúdos limpos (fígado, coração e moela)
O pescoço, ponta das asas, a carcaça escaldam-se com água a ferver para fazer o caldo para o arroz.
Vão ao lume numa panela com água, uma colher das de sopa de sal grosso, uma
cebola, a cenoura, o alho francês, descascados, lavados e partidos em bocados.
Juntam-se também os coentros e o louro lavados.
Depois de levantar fervura,
contam-se trinta minutos. Côa-se por um passador e reserva-se o caldo para o arroz.
Para a cabidela descascam-se as duas cebolas,
lavam-se e picam-se para um tacho, assim como os alhos devidamente pelados. Vão
ao lume com o azeite. Quando a cebola começa alourar junta-se a galinha aos pedaços e um
pouco de sal. Tapa-se o tacho, reduz-se o lume e deixa-se suar.
De vez em quando, destapa-se, mexe-se
e, se necessário, acrescentam-se umas colheres de caldo. Quando a galinha
estiver quase cozida, juntam-se a salsa lavada, a noz moscada e a pimenta.
Adiciona-se caldo na proporção de três vezes o volume do arroz, reservando o
restante para acrescentar mais um pouco, se for necessário. Deita-se o arroz e
continua em lume brando. Quando estiver quase cozido, retira-se o tacho do lume
e adiciona-se o sangue onde foi previamente misturado o vinagre. O arroz deve ficar “a correr" , com molho grosso (malandro),
sem abrir.
Volta ao lume escassos minutos,
mexendo devagar para cozer o sangue. Rectifica-se de temperos.
Já fora
do lume, envolve-se a manteiga no arroz e serve-se imediatamente.
(receita adaptada do livro "4 Estações na Casa da Comida", Jorge Vale, Everest Editora, 1999.)
Salmão marinado com coentros ou aneto
1 lombo inteiro de salmão
2/3 de sal grosso
1/3 de açúcar
5 laranjas à s rodelas
3 limões às rodelas
1 molho de coentros picados
(ou aneto)
Limpar bem o lombo e colocá-lo
com a pele para baixo num tabuleiro para ir ao frigorífico. Cobrir o lombo com
os coentros picados e posteriormente com um pouco da mistura de sal e açúcar.
Por cima colocam-se todas as rodelas dos citrinos. Volta-se a cobrir com
mistura de sal e açúcar, a quantidade necessária para cobrir tudo. Tapa-se com
película aderente e vai ao frigorífico durante 48 horas. Ao fim de 48 horas
limpa-se bem o lombo com um pano.
Serve-se como entrada, em
fatias finas em tostas com crème fraîche ou natas azedas e alcaparras.
É excelente acompanhado com
um vinho branco ligeiramente frutado.
Pode guardar-se no frigorífico
por vários dias.
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