Cocotte de Raia com molho de marisco

Normalmente estou atento às receitas publicadas nos órgãos de comunicação social que leio. Facilmente me apercebo se as receitas valem a pena, muitas vezes com um toque pessoal que as torna receitas cá de casa. Esta saiu há pouco tempo num semanário e vale a pena porque, para além de saborosa e fácil de confeccionar, é barata - boa para a crise que atravessamos. Vamos à versão cá de casa!



1 Raia de 2 Kg
3 Cenouras
3 Courgettes
5 Batatas
500ml de Leite
4 Dentes de alho
150g de manteiga
1dl de azeite
1 Limão
250ml de caldo de marisco
1 Colher de sopa de farinha
Salsa
Flor de sal
Pimenta





Compre uma raia de 2Kg, mande amanhar e cortar em postas médias.
Ponha leite e ferver com os dentes alho e escalde a raia. Deixe arrefecer e retire-lhe a pele. Reserve.
Corte as courgettes em rodelas de 5mm, corte as
cenouras ao meio e abra as metades em quatro, descasque as batatas e corte às rodelas de 5mm. Escalde as cenouras e as batas em água a ferver durante 3 minutos. Escorra e reserve.
No sauté, com metade da manteiga e o azeite, salteie os legumes até alourarem. Tempere com flor de sal e pimenta moída. Coloque no fundo da cocotte (pequena caçarola). Acrescente o resto da manteiga ao sauté e aloure a raia até que ganhe um pouco de cor. Refresque com o sumo de limão. Coloque a raia na cocotte por cima dos legumes, tape e reserve. Aproveite o sauté e faça um bechamel muito leve com o caldo de marisco acrescentando um pouco mais de manteiga se necessário (quando utilizar camarão nas suas confecções faça um caldo com as cabeças e guarde no congelador). Pode acrescentar um pouco mais de caldo para que não engrosse demais. Rectifique os temperos.

Regue a raia com o molho, tape e leve a cocotte ao lume só para levantar fervura. Distribua um pouco de salsa picada por cima e sirva de imediato.

Para a próxima vez que fizer esta receita vou substituir as batatas por boletos salteados. Fica um pouco mais caro mas tenho o palpite de que ao prato subirá vários degraus gastronómicos.
Bom apetite!

Páscoa

"Hip, hip, hurra!", Peter Severin Krøyer, 1888

A páscoa recorda-me os rituais do domingo de ramos e da visita pascal. Íamos em grupo ao "cavalo selvagem" com seiras uma palavra que já não se usa colher alecrim e rosmaninho. Com o alecrim fazíamos a cruz que levávamos à missa desse domingo para ser benzida e todos se esmeravam para levar a cruz mais bonita ou na falta de jeito a maior. No domingo de páscoa espalhávamos o rosmaninho na frente da porta de casa o que no bairro significava colorir o passeio junto a cada portão. Os mais empenhados acrescentavam flores e esse mar de perfumes espalhava-se por todo o bairro como se tivesse por objectivo solicitar o sorriso que me parecia ver mais iluminado em todas as faces e que eu inocentemente não associava à ressurreição de cristo mas à chegada do sol e da primavera. Nesses domingos essa actividade adicional que nos ligava mais à natureza que à igreja era uma pequena competição que nos enchia de alegria e acrescentava significado àqueles dois fins-de-semana. A espera da visita pascal fazia-se ao portão pelos mais novos que no momento oportuno alertavam os pais que aguardavam dentro de casa para a chegada eminente do padre e sua comitiva. A visita era rápida. A família perfilava-se de joelhos para cumprir o ritual de beijar o ícone e depois de breves palavras de circunstância era discretamente feita a entrega da dádiva normalmente um envelope com dinheiro e a comitiva lá partia para outra visita.

Era no domingo de pascoa que em anos de maior fartura a minha mãe assava cabrito no forno. Limpava-o muito bem e reservava os miúdos para o arroz. Naquele tempo não havia tantas preocupações com as gorduras. Lembro-me bem de ela fazer uma massa de banha de porco, alho, sal e colorau ao que juntava umas folhas de louro com que barrava o cabrito que assim ficava a ganhar gostos e aromas até ao dia seguinte. No dia era só ir ao forno com vinho branco, um pouco de azeite e pronto. Ela tinha todo o cuidado para não o deixar secar e se necessário juntava um pouco mais de vinho ao mesmo tempo que ia virando os vários pedaços até que ficasse louro brilhante. A acompanhar assava umas batatas que juntava na mesma assadeira e que servia juntamente com o ressumado arroz de miúdos em cuja confecção não se regateava o azeite.

Da páscoa de antigamente ficou-me o cabrito. A ele voltaremos...

Boa páscoa bom cabrito.

Empadão de Perdiz



(Dá para duas formas redondas de 24cm)

6 perdizes
7,5dl de vinho do Porto seco
2,5dl de vinho Branco seco
4 chalotas
600g de cogumelos laminados (boletos)
2dl de azeite
1 alho Francês
50g de aparas de presunto
3 folhas de louro
3 pés de Salsa
1 colher de sopa de farinha
Sal e pimenta q.b.

2 doses de massa quebrada

Para o recheio

48 horas antes, limpar bem as perdizes e esfregá-las com sal e pimenta moída. Pô-las a marinar nos vinhos de forma a que fiquem todas mergulhadas.

Escorrer bem as perdizes e reservar a marinada.
Num tacho grande picar as chalotas e juntar ao azeite em lume médio. Juntar as perdizes escorridas e alourá-las no azeite regulando o lume para que as chalotas não queimem. Quando estiverem louras juntar a marinada, as aparas de presunto, os pés de salsa e o louro. Deixar cozer em lume brando e rectificar temperos. Quando as perdizes estiverem tenras retirar para um recipiente à parte e desossar reservando toda a carne limpa.
Juntar os cogumelos e o alho francês cortado aos pedaços ao molho restante. Deixar cozer em lume brando até apurar. Rectificar temperos, retirar as folhas de louro e engrossar o molho com a farinha após o que deve cozer 10 minutos em lume brando. Juntar a carne de Perdiz e envolver. Está pronto.

Massa Quebrada (dose)

400g de farinha
200g de manteiga derretida
4 colheres de chá de açúcar
1 ovo grande inteiro
1 colher de café de fermento royal.
Água morna q.b.
Sal q.b.

Peneire (misture) a farinha com o fermento e o açúcar sobre a banca da cozinha. Faça um monte e no meio faça uma cova. Dentro dela deite o ovo inteiro e uma pitada de sal. Mexa ligeiramente em círculo (meta a mão). Junte a manteiga levemente derretida e trabalhe a massa juntando um pouco de água morna para ajudar a ligar tudo. Faça uma bola, tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora no frigorífico.
Estenda a massa com o rolo, aplique à tarteira e pique com um garfo.

Conquista de Goa (25 de Novembro de 1510)

Extracto da carta dirigida a el-Rey D. Manuel I pelo viso-rey Afonso de Albuquerque, onde resumia o feito do cerco e conquista de Goa:

“Queimei a cidade e trouxe tudo à espada, e durante quatro dias continuamente a vossa gente fez sangue neles; por onde quer que os podíamos achar, não se dava vida a nenhum mouro, e se enchiam as mesquitas deles e se punha fogo. Aos lavradores da terra e aos brâmanes mandei que não se matassem. Achamos por conta terem sido mortas umas seis mil almas, mouros e mouras. (...) Foi Senhor, um feito muito grandioso, bem pelejado e bem achado”

Tudo feito em nome de El-rey e do Altíssimo. Mas eram outros tempos... Os nossos fogosos capitães gostavam da emoção da refrega. Ainda não conheciam a adrenalina mas já lhe sentiam os efeitos.

Chef Henrique Sá Pessoa


O Chef Henrique Sá Pessoa esteve na Quinta São Luiz no Sábado passado.

Foi um excelente almoço em que tive a oportunidade de participar, na confecção e na degustação.

Uma simpatia sem qualquer vedetismo, o Chef teve tempo para trocar impressões com todos e a todos ensinar um pouco do muito que sabe.









Menu

Entrada
Espetada de camarão em pau de alecrim com puré de aipo nabo

Prato Principal
Lombinho de porco com salteado de cepes, batata e espinafres com puré de batata-doce e molho de amêijoas

Sobremesa

Creme Brullé de Louro e Laranja

Folhado de Atum






FOLHADO DE ATUM 

800g de massa folhada
750g de atum escorrido (2 latas grandes)
3 cenouras raladas
2 cebolas
1 Alho francês
4 dentes de alho
6 c/sopa de azeite
1 folha de louro
1/2 ramo de salsa picada
sal e pimenta de Caiena
ovo para pincelar
Bechamel


Descasque a cebola, os alhos e as cenouras, corte a cebola em meias luas finas, corte o alho francês em Juliana, pique os alhos e rale a cenoura.
Deite o azeite num tacho, leve ao lume, junte o alho, a cebola e o louro e deixe refogar um pouco. Junte a cenoura o alho francês, mexa e deixe cozer até ficar macio. Tempere com sal e pimenta, retire do lume, e deixe arrefecer um pouco. Volte ao lume e junte o bechamel feito com leite e um pouco de natas. Misture bem e deixe arrefecer.
Ligue o forno a 200º.
Estenda a massa folhada com uma espessura fina, corte 2 quadrados um ligeiramente maior que o outro.
Coloque a massa no tabuleiro de forno previamente passado por água fria ou no silpat.
Distribua a mistura de legumes sobre a massa folhada a que deve juntar, por cima (ou misturado - como quiser), o atum escorrido e desfiado e a salsa picada. Deixe os bordos livres, pincele estes bordos com ovo batido, cubra com o outro quadrado de massa, feche bem pincele com ovo e leve ao forno por 35m a 200ºC, retire e deixe arrefecer um pouco. Sirva acompanhado de uma salada.

Museu do Fado



A não perder. É bom ver o património do país assim preservado e disponível para nossa fruição.


O Fado (1910), José Malhoa







"O MUSEU. A reabilitação do edifício do Recinto da Praia, a primeira estação elevatória de águas de Lisboa, em Alfama, permitiu a inauguração do Museu do Fado, em 25 de Setembro de 1998. Consagrado ao universo da canção urbana de Lisboa, o Museu do Fado é único no mundo, promovendo o valor excepcional do Fado como símbolo identificador da Cidade de Lisboa, o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do país, o seu papel na afirmação da identidade cultural e a sua importância como fonte de inspiração e de troca inter cultural entre povos e comunidades. Fruto, na sua maioria, de doações de artistas, o Museu do Fado possui um vasto acervo museológico, consubstanciando-se num tributo da Cidade de Lisboa à sua canção tradicional e a todos os seus criadores e cultores. Inteiramente renovado em 2008, o Museu do Fado integra valências diversificadas reunindo um vasto acervo museológico integrado por diferentes colecções de relevância primordial no panorama do nosso património etnográfico e cultural." In, Folheto do Museu

Bordalo contemporâneo




Em Óbidos até 31 de Janeiro. No mesmo programa a exposição de Joana Vasconcelos, que devia iniciar-se a 11 de Janeiro, não se concretizou.

Mil-folhas de Foie Gras




Enformado de camadas sucessivas de maçã laminada e fatias finas de Foie Gras com final caramelizado. Acompanha frutos secos e redução de Vinho do Porto

CREME RICO DE GAMBAS

TEMPO DE PREPARAÇÃO: 25 min.
TEMPO DE COZEDURA: 20 min.

INGREDIENTES (para 6 pessoas) :

1 Chávena (almoçadeira) generosa de legumes variados (cebola, tomate, cenoura, abóbora…) cortados em dados.
60 g de manteiga ou margarina
300 g de gambas cozidas
2 Postas de peixe (corvina, cherne)
1,5dl de vinho branco seco (bom)
1 Colher (de sopa) de conhaque (ou brandy)
7,5dl de molho bechamel
2,5dl de natas
Sal e pimenta q.b.

Para cozer as gambas e o peixe: 1 Cebola, 1 folha de louro, 1 ramo de cheiros (salsa, coentros…), sal e piripiri q.b.

Para o Bechamel (7,5dl): 45g de manteiga ou margarina, 45g de farinha, 7,5dl de leite, sal, pimento e noz-moscada q.b. Depois de adicionado o leite deve ferver pelo menos 8 minutos.

Comece por cozer as gambas e o peixe. Deixe arrefecer, descasque as gambas e limpe o peixe de peles e espinhas. Reserve. Guarde as cabeças das gambas e o caldo depois de coado.
Estufe os legumes, em lume muito brando, com metade da margarina. Quando estiverem bem macios, junte a restante gordura, aumente a intensidade do calor e deixe-os cozer mais um pouco.
Reduza o calor e, 5 minutos depois, regue com o vinho branco. Mexa muito bem e adicione o conhaque. Continue a cozedura em lume moderado durante mais 6 minutos. Passe muito bem com a varinha mágica. Reserve.
Leve ao lume as cabeças das gambas com um pouco do caldo da cozedura e deixe ferver. Vá pisando as cabeças com uma colher de pau para que libertem os sucos. Passe pelo passador e junte ao creme.
Prepare o molho bechamel e misture os dois preparados.
Junte as gambas e o peixe cozido aos pedaços e corrija os temperos com sal e pimenta.

Leve novamente ao lume a aquecer e junte as natas, a pouco e pouco. Rectifique os temperos. Corrija o creme com mais um pouco de caldo da cozedura se estiver demasiado espesso.

Notas:
1. Os vinhos têm uma influência significativa no resultado final desta receita. Devem ser de boa qualidade.
2. Pode comprar gambas já cozidas.
3. Se necessário, pode acrescentar-se um pouco mais de natas para engrossar o creme. Uma alternativa requintada será servir o creme bem quente e, já no prato, acrescentar-lhe, em movimentos circulares, uma colher de natas mexidas (não batidas). Servir de imediato. Deve ser servido com quadradinhos de pão torrado ou frito.

"Paisagem"

"Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo,
Sacudiam na areia as suas crinas."

Sophia de Mello Breyner, in Poema "Paisagem"

Quiche de Queijo com Bacon e Champignons




Massa Areada:
250 g. Farinha
125 g. Manteiga ou margarina
120 g. Açúcar
1 Ovo inteiro
Sal qb

Peneire (misture) a farinha com o açúcar sobre a banca da cozinha. Faça um monte e no meio deste uma cova. Dentro dela deite o ovo inteiro e uma pitada de sal. Mexa ligeiramente em círculo (meta a mão). Junte a manteiga ou margarina cortada aos pedacinhos e trabalhe a massa em areia. Faça uma bola, tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora. Estenda a massa e aplique à tarteira.

Dica: Esta massa não é estendível com rolo. Deve ser aplicada à mão, espalmando pequenos pedaços de cada vez, que vão sendo juntos na forma até a forrarem completamente. Se necessário calcam-se ligeiramente, já colocados na forma, de forma a ganharem o contorno desta.
A forma deve ser previamente untada com margarina e polvilhada de farinha.


Recheio:
350g de queijo fundido
1 Pacote de natas frescas
1 Ovo inteiro
1 Lata de champignons 230 g.
150 g de Bacon fatiado
Azeitonas descaroçadas qb

Derreter, no micro ondas, 350g de queijo fundido (tipo fatias de Flamenguito - mais ou menos 20 fatias) com um pacote de natas. Levar ao microondas por varias vezes e pouco tempo de cada vez, mexendo sempre entre cada uma delas.

Quando estiver liquido juntar com cuidado um ovo inteiro previamente batido mexendo sempre para não cozer.

Juntar 1 lata de champignons laminados previamente escorridos (pequena - 230g) e o bacon fatiado cortado aos quadrados pequenos.

Deitar o recheio sobre a massa enformada. Enterrar as azeitonas no recheio a gosto.
Levar ao forno a 150º-160º e controlar (45 minutos).

Dica: Colocar as fatias de queijo num recipiente que vá ao micro-ondas juntamente com as natas. Marcar 40”. Mexer tentando fragmentar o queijo e envolvê-lo/derretê-lo nas natas. Repetir a operação 3 a 4 vezes. Aos poucos vai obtendo uma massa cremosa fácil de mexer. Nessa altura incorporar os restantes ingredientes começando pelo ovo batido. Pode aumentar a receita com mais natas, a gosto, ou mais um ovo. Gostando pode temperar com um pouco de pimenta moída na hora. Acompanhar com uma boa salada de alfaces variadas com coentros temperada com uma vinagreta.

Republicanos versus Democratas

"Como mostra um estudo de 2004 do politólogo Larry Bartels, um efeito recorrente e sistemático da estadia de presidentes republicanos na Casa Branca é que, durante esses períodos, o rendimento das famílias cresceu tanto mais quanto mais elevado ele já era, com os 20 por cento mais pobres a serem os menos beneficiados e os rendimentos dos 5 por cento mais ricos a serem os que mais crescem. Pelo contrário, sob presidentes democratas, o padrão é muito mais equilibrado e, curiosamente, em comparação com presidentes republicanos, de crescimento superior para todos os escalões de rendimento, com a única excepção dos 5 por cento mais ricos."

Pedro Magalhães, in Publico

Mão canhestra

Alan Greenspan acreditou nisto!!!

"Apesar do seu egoísmo e rapacidade, embora pensem apenas nos seus próprios interesses, embora o único fim que se propõem alcançar a partir de milhares de empregados ao seu serviço seja a gratificação dos seus próprios desejos vãos e insaciáveis, os ricos partilham com os pobres o produto de todos os seus progressos. São guiados por uma mão invisível que os leva a fazer uma distribuição dos bens necessários à vida praticamente equivalente à que teria sido feita se a terra tivesse sido dividida por todos os seus habitantes em partes iguais, e assim, sem o pretenderem ou sem que o saibam, promover o interesse da sociedade, e proporcionar os meios para a multiplicação da espécie."

Adam Smith, in 'A Riqueza das Nações'

Tapenade com ovos de codorniz escalfados (receita de José Avillez)


Experimente esta deliciosa entrada, receita do Chefe José Avillez.

Eu utilizei mini tostas como base. Uma delicia para quem gosta de paladares contrastados.

Para a Tapenade:
150 g de azeitonas pretas sem caroço
50 g de anchovas
30 g de alcaparras
15 g de alho picado
Sumo de limão q.b.
Azeite extra-virgem q.b.
Pimenta q.b.
Ervas picadas como orégãos ou manjericão q.b.

Num copo misturador, triture as azeitonas, as anchovas, as alcaparras e o alho até ficar fácil de barrar, mas ainda com alguns pedaços.
Junte cuidadosamente o sumo de limão e o azeite a gosto sem triturar demasiado. A tapenade deve ter textura.
Rectifique os temperos com pimenta, mais sumo de limão e azeite. Termine com as ervas.
Utilize imediatamente ou cubra bem com película, directamente sobre a superfície da tapenade e refrigere até 3 dias. Também pode congelar durante 2 a 3 semanas.

Escalfe 12 ovos de codorniz numa panela com água a 82ºC.
Abra-os cuidadosamente para uma taça com vinagre. Antes de pôr os ovos na água mexa-a um pouco, em movimento circular, para que os ovos ganhem a forma correcta. Vá deitando os ovos um a um. Depois da clara estar cozida (1m.) retire-os com uma escumadeira e coloque-os em água gelada.

Sirva a gosto em mini tostas, colocando uma porção de tapenade e um ovo escalfado em cada uma.

Facultativo: Polvilhe os ovos com um pouco de flor de sal.

Ana Moura - O Fado da Procura * * * * *

Salário Mínimo Nacional – Dados para 2009

Salário Mínimo para 2009 – 450€

Aumento do Salário Mínimo – 24€ (5,6%)

Número de trabalhadores abrangidos – 365 mil (em 2008 são menos…)

Percentagem de trabalhadores, a trabalhar em tempo completo, que são abrangidos – 17%

Impacto nas remunerações de base das empresas – 0,23%

Impacto nos custos salariais das empresas – 0,4%

Maçãs Assadas Rossini

6 Maçãs (pode fazer com as variedades Reineta ou Golden) 6 paus de canela 6 colheres de sopa de mel 3 colheres de sopa de uvas passas 3 colheres de sopa de pinhões Natas qb Escolha 6 maçãs bonitas e sem imperfeições de casca. Prepare as maçãs retirando-lhes o caroço com um descaroçador de maçãs e lave-as em água corrente. Coloque-as molhadas num tabuleiro de ir ao forno e recheie cada uma com um pau de canela e algumas passas e pinhões. Regue-as com uma colher de sopa, bem cheia, de mel e espalhe por cima as passas e pinhões sobrantes. Leve ao forno a 180ºC durante aproximadamente 40 minutos. Sirva quente com duas ou três colheres de natas por cada maçã. Bom para os dias frios que se aproximam. Aquece-nos o corpo e a alma.

Antologia

"O Xeque saudita ultraconservador Muhammad al-Habadan, defensor de "um reforço das regras da modéstia", recomenda uma fatwa (édito religioso) para que as mulheres só mostrem um olho."

Dos OCS em 8.10.2008

Pato com laranja (Canard à l'orange)

























Para o pato
1 pato de 2 kg arranjado
4 dentes de alho
Sal e pimenta em grão

Para o molho
4 laranjas grandes
1 limão
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de vinagre
2 colheres de sopa de licor de tangerina ou Cointreau
1 colher de sopa de maisena

Para enfeitar
Rodelas de laranja/Raminhos de agrião

1. Leve o alho, o sal e a pimenta ao almofariz e esmague até fazer uma papa. Esfregue bem o pato com a papa. Coloque o pato na assadeira e leve ao forno a 190°C, durante 30 minutos por cada 500g de peso, regando e virando de vez em quando.

2. Retire a casca de 1 laranja evitando cortar a parte branca e corte-a em tirinhas (zestes). Esprema as laranjas e o limão.

3. Dissolva o açúcar com o vinagre numa caçarola e deixe ferver até fazer ponto de caramelo escuro. Junte o licor de tangerina, o sumo de laranja, o sumo de limão e ferva em lume brando durante 5 minutos.

4. Quando o pato estiver assado, retire-o do forno, trinche-o e coloque os pedaços na travessa. Mantenha quente.

5. Desengordure o molho que ficou do pato assado e adicione as tirinhas (zestes) e o molho de laranja. Desfaça a maisena num pouco de água, misture no molho e leve ao lume. Deixe levantar fervura e cozinhe durante 2-3 minutos, mexendo sempre. Rectifique os temperos.

6. Regue o pato com este molho e enfeite com as rodelas de laranja e os raminhos de agriões.

Pode acompanhar com arroz de miúdos de pato

Para o arroz de miúdos:
Limpar os miúdos e parti-los aos bocados. Temperar com sal e pimenta e cobrir de vinho branco. Reservar. Fazer um refogado puxado e acrescentar os miúdos escorridos. Depois dos miúdos guisados juntar o vinho da marinada e deixar apurar bem. Juntar o arroz e mexer bem para incorporar os aromas. Juntar água – duas medidas por cada de arroz – e corrigir os temperos.


Antologia

"Já se disse tudo, mas como ninguém ouve, é sempre necessário recomeçar."

André Gide (1869-1951)

Antologia

"De amor e de poesia e de ter pátria
aqui se trata: que a ralé não passe
este limiar sagrado e não se atreva
a encher de ratos este espaço livre
onde se morre em dignidade humana
a dor de haver nascido em Portugal
sem mais remédio que trazê-lo n'alma"

Jorge de Sena (1919-1978)

Entrevista a Eduardo Lourenço

"E qual é o maior dos desafios que enfrentamos?
O do mundo islâmico.
Maior do que o do mundo chinês?
Absolutamente. A China, embora seja essa nação-continente absolutamente extraordinária com os seus quatro mil anos de existência, imóvel mesmo quando evolui, a verdade é que soube ir apropriando-se dos meios que os europeus lhe levaram.
A China mantém a sua identidade incorporando o que as outras civilizações lhe levaram, o mundo islâmico parece recusar essas contribuições. Quase não se traduzem livros para árabe...
É verdade e isso resulta do que é hoje a cultura islâmica, que não foi sempre assim. Na Idade Média era uma grande cultura a que os europeus foram beber muito, pois tinham preservado o legado clássico da Antiguidade melhor do que na Europa. O problema é que depois ocorreu uma autoguetização, um corte, e não podíamos imaginar que ia ser o Islão a desafiar o processo de laicização acelerada das sociedades europeias. Recolocaram o religioso como uma dificuldade política. Não por a identidade das religiões enfrentar o Estado, mas por essa religião em concreto ser uma política. E o Islão sabe muito bem que a crença forte, integral e integrista das suas comunidades é uma força política. E até uma força estética. Algo que perdemos há muito."
in Publico, 5.10.08

Pato - Perna de pato assada com laranja e mel

4 Pernas de Pato  4 dentes de alho Sumo de 1 laranja Sumo de 1 limão 2 colheres de sopa de mel 1 colher de chá rasa de colorau Pimenta de mo...