"E qual é o maior dos desafios que enfrentamos?
O do mundo islâmico.
Maior do que o do mundo chinês?
Absolutamente. A China, embora seja essa nação-continente absolutamente extraordinária com os seus quatro mil anos de existência, imóvel mesmo quando evolui, a verdade é que soube ir apropriando-se dos meios que os europeus lhe levaram.
A China mantém a sua identidade incorporando o que as outras civilizações lhe levaram, o mundo islâmico parece recusar essas contribuições. Quase não se traduzem livros para árabe...
É verdade e isso resulta do que é hoje a cultura islâmica, que não foi sempre assim. Na Idade Média era uma grande cultura a que os europeus foram beber muito, pois tinham preservado o legado clássico da Antiguidade melhor do que na Europa. O problema é que depois ocorreu uma autoguetização, um corte, e não podíamos imaginar que ia ser o Islão a desafiar o processo de laicização acelerada das sociedades europeias. Recolocaram o religioso como uma dificuldade política. Não por a identidade das religiões enfrentar o Estado, mas por essa religião em concreto ser uma política. E o Islão sabe muito bem que a crença forte, integral e integrista das suas comunidades é uma força política. E até uma força estética. Algo que perdemos há muito."
in Publico, 5.10.08
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