Os nossos irmãos galegos garantem que esta tarte tem uma origem longínqua, em 1577, tendo sofrido varios apuramentos até chegar à receita actual, considerada um ex-líbris da cidade e, de uma forma geral, de toda a Galiza.
Segundo se pode ler no BOE, Boletim Oficial do Estado Espanhol de março de 2006, que regista a Tarta de Santiago com Designação Geográfica Protegida, "Las primeras recetas dignas de fiabilidad se contienen en el Cuaderno
de confitería que recopiló Luis Bartolomé de Leybar en torno a 1838, así
como en El confitero y el pastelero. Libro muy útil para los jefes de casa,
fondistas y confiteros de Eduardo Merín – publicado en Ferrol en 1893 –
que proporciona una segunda receta de este dulce, que bajo el nombre de
«Tarta de Almendra», se adorna ya con una suave capa de azúcar molida."
Aguerridos espanhóis que tão bem protegem o seu património. Tendo nós uma tradição doceira incomparavelmente mais rica do que a espanhola, quantas das nossas melhores receitas conventuais estão protegidas por Denominação de Origem?
Curiosamente a mais divulgada receita desta tarte inclui um ingrediente que não consta da definição do BOE. A saber, a canela.
Trata-se de uma tarte de amêndoa, ovos, açúcar e casca de limão que, não sendo espectacular, é muito fácil de fazer e tem um paladar delicado e agradável.
Respeitei a receita e não inclui a canela. Assim:
Ingredientes para um bolo de 24 cm
250 g de amêndoa crua inteira descascada
250 g de açúcar
4 ovos médios
Raspa de 1/2 limão
Moer as amêndoas de forma
diferente. Metade muito moída, em farinha, e metade um pouco mais grossa para
se sentir a textura.
Adicione às
amêndoas a raspa de meio limão
amarelo.
Bata o açúcar com os ovos
incorporando-os um a um até clarearem um pouco.
Adicione as amêndoas misturadas
com a raspa de limão, mas sem bater, misturando delicadamente com
uma espátula.
Coloque a massa na forma e leve ao forno por 25 a 30
minutos.