Morreu João Bénard da Costa


Morreu mais um amigo destes que eu tenho; amigos desconhecidos... Com António Alçada Baptista formava uma dupla de amigos seguros que, embora sem conhecer pessoalmente, estavam sempre presentes quando era necessário e a eles recorria sempre com prazer renovado, como a porto seguro.
É destes homens que sentimos a falta; o país fica mais pobre e mais pequeno com a sua ausência.

Notícia

Tiramisù



Nos últimos anos o Tiramisù tem sido amplamente divulgado e hoje é possível comer esta sobremesa na maioria dos restaurantes. Infelizmente a maioria das receitas de Tiramisù que por aí andam pouco têm a ver com a receita original.
Originalmente, o Tiramisù era preparado com restos, facto que explica a presença de café, provavelmen­te para amolecer bolos já duros. Segundo se crê, surgiu na Lombardia. A originalidade desta sobremesa consiste no contraste entre os ingredientes doces e amargos, respectivamente dos biscoitos e do cacau e café. Entre eles encontra-se o mascarpone, um queijo cremoso com um elevado teor de gordura e um sabor suave, semelhante ao das natas.

A excelente receita que se segue é um regresso às origens com a Chef Luisa Valazza que recomenda que se acompanhe esta sobremesa com Marasquino, um licor ginja da Dalmácia ou do Véneto.

Para 4 pessoas
5 gemas
50g de açúcar em pó
500g de queijo mascarpone
5 colheres de chá de conhaque
24 biscoitos de champanhe
3 colheres de chá de cacau
4 chávenas de café (bem forte)

1. Para o creme de mascarpone, bater num recipiente as gemas e o açúcar em pó. Juntar o mascarpone e o conhaque e bater durante uns minutos.
2. Embeber os biscoitos no café e reservar.
3. Fazer camadas intercaladas com o creme de mascarpone, os biscoitos de champanhe e o cacau em pó, na forma escolhida.
4. Terminar com uma camada de mascarpone. Levar ao frigorífico durante 4 horas. Antes de servir, polvilhar com açúcar em pó e o cacau peneirado.

Eu apenas fiz uma alteração na cobertura final em que usei chocolate preto ralado onde é proposto que se polvilhe com açúcar em pó e cacau peneirado.
Sugiro-lhe que ao embeber os biscoitos em café o faça numa operação rápida para que os biscoitos não fiquem ensopados em demasia. Também ao fazer as camadas de creme e biscoitos, a primeira camada deve ser de creme mascarpone, seguida do cacau e biscoitos. Depois repete e termina com o creme, pelo que, se quiser, pode optar por dividir o creme em três partes (tantas quantas as camadas). Pode utilizar o aro de uma forma circular não aderente de 24cm. Deve centrá-lo no prato em que vai servir o Tiramisù e, então, fazer as camadas sucessivas.
A minha experiência diz-me que a receita pode levar mais três ou quatro biscoitos de champanhe.
Ter em atenção que, depois de feito, o Tiramisù deve ir ao frio pelo menos 4 horas, dependendo da regulação do seu frigorífico, e só depois desenformado. O meu frigorífico está regulado para 3ºC.


Sem Título


Acrílico sobre papel; 2009

Bochechas de Porco Preto em Vinho Tinto I



Agora que as bochechas de porco preto começam a aparecer à venda nos hipermercados, aqui vai uma excelente receita que deve ser saboreada com um tinto robusto. Acompanhei com uma salada de batata e espinafres salteada em alho picado e azeite de tomilho e na qual utilizei também batata doce.

Bochechas 
1200 g de bochechas de porco preto (12 bochechas) 
0,5 dl de azeite virgem 
Sal e pimenta q.b. 

Estufado 
0,5 dl de azeite virgem 
50g Bacon em cubos 
2 Cebolas 
5 Dentes de alho 
4 dl de caldo de carne (em alternativa de aves ou legumes) 
2 dl de caldo de tomate 
300g Cogumelos Paris 
3 dl de vinho tinto de boa qualidade 
1 piripiri 
2 folhas de louro 
Alecrim, Pimenta, Sal q.b. 

Limpe as bochechas de gorduras excessivas e tempere cerca de uma hora antes da confecção. Sele as bochechas num pouco de azeite virgem e reserve. 
Prepare um fundo com o azeite virgem, bacon, alho, cebola, piripiri e junte as bochechas e o louro. Refresque com vinho tinto. Adicione o caldo de carne e o molho de tomate previamente fervidos. Tempere de sal e aromatize com o alecrim seco em haste. Deixe cozinhar lentamente; quando tenras retire as bochechas e o louro e triture o fundo. Adicione de novo as bochechas. 
Saltei os cogumelos Paris em azeite virgem, tempere de sal e pimenta e junte ao preparado das bochechas. Rectifique de temperos e aromatize com alecrim em pó. 
 
Acompanhe com arroz basmati (ou puré de batata doce ou misto de batatas salteadas com espinafres).

Salmão fumado com alcaparras

Uma entrada muito simples e muito boa para quem gosta de salmão fumado. Demora 5 minutos a confeccionar. Corte o salmão fumado em tiras de 3 cm de largura e tempere com sumo de limão. Barre com um queijo (Boursin?) fines herbes, enrole e faça uma espetada com duas alcaparras. Termine com uma volta de moinho de pimenta preta e umas gotas de azeite virgem extra. Acompanhe com um Sauvignon Blanc ou (se tiver oportunidade) com um Chablis.

25 DE ABRIL. (A POESIA ESTÁ NA RUA)


Este cartaz acompanhou-me durante muitos anos, até que o Sol lhe levou as cores deixando apenas a memória da sua festa. É um cartaz que sempre me tocou particularmente, talvez pela sua força, talvez pela alegria da rua desses dias a que sempre o associei. Revi-o numa oportuna edição comemorativa dos 30 Anos do 25 de Abril publicada pelo Diário de Notícias - "25 de Abril 30 Anos 100 Cartazes". Faz parte do que eu penso ser um díptico de Vieira da Silva "A POESIA ESTÁ NA RUA" conjuntamente com este.



Nestes dois cartazes os elementos são comuns e permitem ler um 25 de Abril fundamentalmente urbano, onde a cidade surge como espaço de liberdade colectiva (talvez reivindicativa!), representando a democracia como um movimento de expressão popular e onde se espera que haja lugar para a imaginação, a criatividade e a liberdade que a poesia convoca.
Nesta data, mais uma vez recordo estas imagens e os momentos de exaltação que lhes ficaram associados, agora que são mais audíveis as vozes críticas e se inauguram Praças Salazar. São as vozes da memória curta, ou da ausência dela, e do direito adquirido. O 25 de Abril, no essencial, cumpriu-se. O sonho, esse, está sempre por cumprir pois é um caminho que se percorre e não um lugar onde se chega e se está. Só quem espera o paraíso, já ali, das soluções formatadas pode vender em saldo o árduo e enriquecedor percurso da Democracia e da Liberdade.



The S. Pellegrino World's 50 Best 2009


EL BULLI


E o primeiro prémio vai para...Ferran Adria e "El Bulli" ganham pela quinta vez (quarta consecutiva) o Best Restaurant in the World Award . Em segundo lugar ficou o Restaurante Inglês "The Fat Duck " o que já acontece pela 3ª vez. Começa a ficar um pouco monótono...

Vamos aos resultados.

S. Pellegrino World's 50 Best 2009 winners

Position Restaurant Country
1 El Bulli Spain
2 The Fat Duck UK
3 Noma Denmark
4 Mugaritz Spain
5 El Celler de Can Roca Spain
6 Per Se USA
7 Bras France
8 Arzak Spain
9 Pierre Gagnaire France
10 Alinea USA
11 L'Astrance France
12 The French Laundry USA
13 Osteria La Francescana Italy
14 St John UK
15 Le Benardin USA
16 Hotel de Ville Switzerland
17 Tetsuya's Australia
18 L'Atelier de Joel Robuchon France
19 Jean Georges USA
20 Les Creations de NARISAWA Japan
21 Chez Dominique Finland
22 Cracco Peck Italy
23 Die Schwarzwaldstube Germany
24 D.O.M. Brazil
25 Vendome Germany
26 Hof van Cleve Belgium
27 Masa USA
28 Gambero Rosso Italy
29 Oud Sluis Netherlands
30 Steirereck Austria
31 Momofuku Ssam Bar USA
32 Oaxen Skargardskrog Sweden
33 Martin Berasategul Spain
34 Nobu UK
35 Mirazur France
36 Hakassan UK
37 Le Quartier Francais South Africa
38 La Colombe South Africa
39 Etxebarri Spain
40 Le Chateaubriand France
41 Daniel USA
42 Combal Zero Italy
43 Le Louis XV France
44 Tantris Germany
45 Iggy's Singapore
46 Quay Australia
47 Les Ambassadeurs France
48 Dal Pescatore Italy
49 Le Calandre Italy
50 Mathias Dahlgren Sweden


Para se perceber melhor os desenvolvimentos que vão surgindo nesta área e também a solidez de alguns posições, como é o caso da França, aqui fica a tabela dos 100 melhores por país. A nossa vizinha Espanha já tem sete restaurantes nos 100 melhores. Onde estás Portugal que não te vejo!?

País Nº de restaurantes
France 15
USA 13
UK 10
Spain 7
Italy 7
Germany 7
South Africa 5
China 5
Japan 3
Australia 3
Sweden 2
Singapore 2
Russia 2
Netherlands 2
India 2
Denmark 2
Brazil 2
Belgium 2
Austria 2
Dubai 1
Switzerland 1
Mexico 1
Greece 1
Finland 1
Czech Republic 1
Bali 1


The S. Pellegrino World's 50 Best 2009

Cocotte de Raia com molho de marisco

Normalmente estou atento às receitas publicadas nos órgãos de comunicação social que leio. Facilmente me apercebo se as receitas valem a pena, muitas vezes com um toque pessoal que as torna receitas cá de casa. Esta saiu há pouco tempo num semanário e vale a pena porque, para além de saborosa e fácil de confeccionar, é barata - boa para a crise que atravessamos. Vamos à versão cá de casa!



1 Raia de 2 Kg
3 Cenouras
3 Courgettes
5 Batatas
500ml de Leite
4 Dentes de alho
150g de manteiga
1dl de azeite
1 Limão
250ml de caldo de marisco
1 Colher de sopa de farinha
Salsa
Flor de sal
Pimenta





Compre uma raia de 2Kg, mande amanhar e cortar em postas médias.
Ponha leite e ferver com os dentes alho e escalde a raia. Deixe arrefecer e retire-lhe a pele. Reserve.
Corte as courgettes em rodelas de 5mm, corte as
cenouras ao meio e abra as metades em quatro, descasque as batatas e corte às rodelas de 5mm. Escalde as cenouras e as batas em água a ferver durante 3 minutos. Escorra e reserve.
No sauté, com metade da manteiga e o azeite, salteie os legumes até alourarem. Tempere com flor de sal e pimenta moída. Coloque no fundo da cocotte (pequena caçarola). Acrescente o resto da manteiga ao sauté e aloure a raia até que ganhe um pouco de cor. Refresque com o sumo de limão. Coloque a raia na cocotte por cima dos legumes, tape e reserve. Aproveite o sauté e faça um bechamel muito leve com o caldo de marisco acrescentando um pouco mais de manteiga se necessário (quando utilizar camarão nas suas confecções faça um caldo com as cabeças e guarde no congelador). Pode acrescentar um pouco mais de caldo para que não engrosse demais. Rectifique os temperos.

Regue a raia com o molho, tape e leve a cocotte ao lume só para levantar fervura. Distribua um pouco de salsa picada por cima e sirva de imediato.

Para a próxima vez que fizer esta receita vou substituir as batatas por boletos salteados. Fica um pouco mais caro mas tenho o palpite de que ao prato subirá vários degraus gastronómicos.
Bom apetite!

Páscoa

"Hip, hip, hurra!", Peter Severin Krøyer, 1888

A páscoa recorda-me os rituais do domingo de ramos e da visita pascal. Íamos em grupo ao "cavalo selvagem" com seiras uma palavra que já não se usa colher alecrim e rosmaninho. Com o alecrim fazíamos a cruz que levávamos à missa desse domingo para ser benzida e todos se esmeravam para levar a cruz mais bonita ou na falta de jeito a maior. No domingo de páscoa espalhávamos o rosmaninho na frente da porta de casa o que no bairro significava colorir o passeio junto a cada portão. Os mais empenhados acrescentavam flores e esse mar de perfumes espalhava-se por todo o bairro como se tivesse por objectivo solicitar o sorriso que me parecia ver mais iluminado em todas as faces e que eu inocentemente não associava à ressurreição de cristo mas à chegada do sol e da primavera. Nesses domingos essa actividade adicional que nos ligava mais à natureza que à igreja era uma pequena competição que nos enchia de alegria e acrescentava significado àqueles dois fins-de-semana. A espera da visita pascal fazia-se ao portão pelos mais novos que no momento oportuno alertavam os pais que aguardavam dentro de casa para a chegada eminente do padre e sua comitiva. A visita era rápida. A família perfilava-se de joelhos para cumprir o ritual de beijar o ícone e depois de breves palavras de circunstância era discretamente feita a entrega da dádiva normalmente um envelope com dinheiro e a comitiva lá partia para outra visita.

Era no domingo de pascoa que em anos de maior fartura a minha mãe assava cabrito no forno. Limpava-o muito bem e reservava os miúdos para o arroz. Naquele tempo não havia tantas preocupações com as gorduras. Lembro-me bem de ela fazer uma massa de banha de porco, alho, sal e colorau ao que juntava umas folhas de louro com que barrava o cabrito que assim ficava a ganhar gostos e aromas até ao dia seguinte. No dia era só ir ao forno com vinho branco, um pouco de azeite e pronto. Ela tinha todo o cuidado para não o deixar secar e se necessário juntava um pouco mais de vinho ao mesmo tempo que ia virando os vários pedaços até que ficasse louro brilhante. A acompanhar assava umas batatas que juntava na mesma assadeira e que servia juntamente com o ressumado arroz de miúdos em cuja confecção não se regateava o azeite.

Da páscoa de antigamente ficou-me o cabrito. A ele voltaremos...

Boa páscoa bom cabrito.

Empadão de Perdiz



(Dá para duas formas redondas de 24cm)

6 perdizes
7,5dl de vinho do Porto seco
2,5dl de vinho Branco seco
4 chalotas
600g de cogumelos laminados (boletos)
2dl de azeite
1 alho Francês
50g de aparas de presunto
3 folhas de louro
3 pés de Salsa
1 colher de sopa de farinha
Sal e pimenta q.b.

2 doses de massa quebrada

Para o recheio

48 horas antes, limpar bem as perdizes e esfregá-las com sal e pimenta moída. Pô-las a marinar nos vinhos de forma a que fiquem todas mergulhadas.

Escorrer bem as perdizes e reservar a marinada.
Num tacho grande picar as chalotas e juntar ao azeite em lume médio. Juntar as perdizes escorridas e alourá-las no azeite regulando o lume para que as chalotas não queimem. Quando estiverem louras juntar a marinada, as aparas de presunto, os pés de salsa e o louro. Deixar cozer em lume brando e rectificar temperos. Quando as perdizes estiverem tenras retirar para um recipiente à parte e desossar reservando toda a carne limpa.
Juntar os cogumelos e o alho francês cortado aos pedaços ao molho restante. Deixar cozer em lume brando até apurar. Rectificar temperos, retirar as folhas de louro e engrossar o molho com a farinha após o que deve cozer 10 minutos em lume brando. Juntar a carne de Perdiz e envolver. Está pronto.

Massa Quebrada (dose)

400g de farinha
200g de manteiga derretida
4 colheres de chá de açúcar
1 ovo grande inteiro
1 colher de café de fermento royal.
Água morna q.b.
Sal q.b.

Peneire (misture) a farinha com o fermento e o açúcar sobre a banca da cozinha. Faça um monte e no meio faça uma cova. Dentro dela deite o ovo inteiro e uma pitada de sal. Mexa ligeiramente em círculo (meta a mão). Junte a manteiga levemente derretida e trabalhe a massa juntando um pouco de água morna para ajudar a ligar tudo. Faça uma bola, tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora no frigorífico.
Estenda a massa com o rolo, aplique à tarteira e pique com um garfo.

Conquista de Goa (25 de Novembro de 1510)

Extracto da carta dirigida a el-Rey D. Manuel I pelo viso-rey Afonso de Albuquerque, onde resumia o feito do cerco e conquista de Goa:

“Queimei a cidade e trouxe tudo à espada, e durante quatro dias continuamente a vossa gente fez sangue neles; por onde quer que os podíamos achar, não se dava vida a nenhum mouro, e se enchiam as mesquitas deles e se punha fogo. Aos lavradores da terra e aos brâmanes mandei que não se matassem. Achamos por conta terem sido mortas umas seis mil almas, mouros e mouras. (...) Foi Senhor, um feito muito grandioso, bem pelejado e bem achado”

Tudo feito em nome de El-rey e do Altíssimo. Mas eram outros tempos... Os nossos fogosos capitães gostavam da emoção da refrega. Ainda não conheciam a adrenalina mas já lhe sentiam os efeitos.

Chef Henrique Sá Pessoa


O Chef Henrique Sá Pessoa esteve na Quinta São Luiz no Sábado passado.

Foi um excelente almoço em que tive a oportunidade de participar, na confecção e na degustação.

Uma simpatia sem qualquer vedetismo, o Chef teve tempo para trocar impressões com todos e a todos ensinar um pouco do muito que sabe.









Menu

Entrada
Espetada de camarão em pau de alecrim com puré de aipo nabo

Prato Principal
Lombinho de porco com salteado de cepes, batata e espinafres com puré de batata-doce e molho de amêijoas

Sobremesa

Creme Brullé de Louro e Laranja

Folhado de Atum






FOLHADO DE ATUM 

800g de massa folhada
750g de atum escorrido (2 latas grandes)
3 cenouras raladas
2 cebolas
1 Alho francês
4 dentes de alho
6 c/sopa de azeite
1 folha de louro
1/2 ramo de salsa picada
sal e pimenta de Caiena
ovo para pincelar
Bechamel


Descasque a cebola, os alhos e as cenouras, corte a cebola em meias luas finas, corte o alho francês em Juliana, pique os alhos e rale a cenoura.
Deite o azeite num tacho, leve ao lume, junte o alho, a cebola e o louro e deixe refogar um pouco. Junte a cenoura o alho francês, mexa e deixe cozer até ficar macio. Tempere com sal e pimenta, retire do lume, e deixe arrefecer um pouco. Volte ao lume e junte o bechamel feito com leite e um pouco de natas. Misture bem e deixe arrefecer.
Ligue o forno a 200º.
Estenda a massa folhada com uma espessura fina, corte 2 quadrados um ligeiramente maior que o outro.
Coloque a massa no tabuleiro de forno previamente passado por água fria ou no silpat.
Distribua a mistura de legumes sobre a massa folhada a que deve juntar, por cima (ou misturado - como quiser), o atum escorrido e desfiado e a salsa picada. Deixe os bordos livres, pincele estes bordos com ovo batido, cubra com o outro quadrado de massa, feche bem pincele com ovo e leve ao forno por 35m a 200ºC, retire e deixe arrefecer um pouco. Sirva acompanhado de uma salada.

Museu do Fado



A não perder. É bom ver o património do país assim preservado e disponível para nossa fruição.


O Fado (1910), José Malhoa







"O MUSEU. A reabilitação do edifício do Recinto da Praia, a primeira estação elevatória de águas de Lisboa, em Alfama, permitiu a inauguração do Museu do Fado, em 25 de Setembro de 1998. Consagrado ao universo da canção urbana de Lisboa, o Museu do Fado é único no mundo, promovendo o valor excepcional do Fado como símbolo identificador da Cidade de Lisboa, o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do país, o seu papel na afirmação da identidade cultural e a sua importância como fonte de inspiração e de troca inter cultural entre povos e comunidades. Fruto, na sua maioria, de doações de artistas, o Museu do Fado possui um vasto acervo museológico, consubstanciando-se num tributo da Cidade de Lisboa à sua canção tradicional e a todos os seus criadores e cultores. Inteiramente renovado em 2008, o Museu do Fado integra valências diversificadas reunindo um vasto acervo museológico integrado por diferentes colecções de relevância primordial no panorama do nosso património etnográfico e cultural." In, Folheto do Museu

Bordalo contemporâneo




Em Óbidos até 31 de Janeiro. No mesmo programa a exposição de Joana Vasconcelos, que devia iniciar-se a 11 de Janeiro, não se concretizou.

Mil-folhas de Foie Gras




Enformado de camadas sucessivas de maçã laminada e fatias finas de Foie Gras com final caramelizado. Acompanha frutos secos e redução de Vinho do Porto

CREME RICO DE GAMBAS

TEMPO DE PREPARAÇÃO: 25 min.
TEMPO DE COZEDURA: 20 min.

INGREDIENTES (para 6 pessoas) :

1 Chávena (almoçadeira) generosa de legumes variados (cebola, tomate, cenoura, abóbora…) cortados em dados.
60 g de manteiga ou margarina
300 g de gambas cozidas
2 Postas de peixe (corvina, cherne)
1,5dl de vinho branco seco (bom)
1 Colher (de sopa) de conhaque (ou brandy)
7,5dl de molho bechamel
2,5dl de natas
Sal e pimenta q.b.

Para cozer as gambas e o peixe: 1 Cebola, 1 folha de louro, 1 ramo de cheiros (salsa, coentros…), sal e piripiri q.b.

Para o Bechamel (7,5dl): 45g de manteiga ou margarina, 45g de farinha, 7,5dl de leite, sal, pimento e noz-moscada q.b. Depois de adicionado o leite deve ferver pelo menos 8 minutos.

Comece por cozer as gambas e o peixe. Deixe arrefecer, descasque as gambas e limpe o peixe de peles e espinhas. Reserve. Guarde as cabeças das gambas e o caldo depois de coado.
Estufe os legumes, em lume muito brando, com metade da margarina. Quando estiverem bem macios, junte a restante gordura, aumente a intensidade do calor e deixe-os cozer mais um pouco.
Reduza o calor e, 5 minutos depois, regue com o vinho branco. Mexa muito bem e adicione o conhaque. Continue a cozedura em lume moderado durante mais 6 minutos. Passe muito bem com a varinha mágica. Reserve.
Leve ao lume as cabeças das gambas com um pouco do caldo da cozedura e deixe ferver. Vá pisando as cabeças com uma colher de pau para que libertem os sucos. Passe pelo passador e junte ao creme.
Prepare o molho bechamel e misture os dois preparados.
Junte as gambas e o peixe cozido aos pedaços e corrija os temperos com sal e pimenta.

Leve novamente ao lume a aquecer e junte as natas, a pouco e pouco. Rectifique os temperos. Corrija o creme com mais um pouco de caldo da cozedura se estiver demasiado espesso.

Notas:
1. Os vinhos têm uma influência significativa no resultado final desta receita. Devem ser de boa qualidade.
2. Pode comprar gambas já cozidas.
3. Se necessário, pode acrescentar-se um pouco mais de natas para engrossar o creme. Uma alternativa requintada será servir o creme bem quente e, já no prato, acrescentar-lhe, em movimentos circulares, uma colher de natas mexidas (não batidas). Servir de imediato. Deve ser servido com quadradinhos de pão torrado ou frito.

"Paisagem"

"Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo,
Sacudiam na areia as suas crinas."

Sophia de Mello Breyner, in Poema "Paisagem"

Quiche de Queijo com Bacon e Champignons




Massa Areada:
250 g. Farinha
125 g. Manteiga ou margarina
120 g. Açúcar
1 Ovo inteiro
Sal qb

Peneire (misture) a farinha com o açúcar sobre a banca da cozinha. Faça um monte e no meio deste uma cova. Dentro dela deite o ovo inteiro e uma pitada de sal. Mexa ligeiramente em círculo (meta a mão). Junte a manteiga ou margarina cortada aos pedacinhos e trabalhe a massa em areia. Faça uma bola, tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora. Estenda a massa e aplique à tarteira.

Dica: Esta massa não é estendível com rolo. Deve ser aplicada à mão, espalmando pequenos pedaços de cada vez, que vão sendo juntos na forma até a forrarem completamente. Se necessário calcam-se ligeiramente, já colocados na forma, de forma a ganharem o contorno desta.
A forma deve ser previamente untada com margarina e polvilhada de farinha.


Recheio:
350g de queijo fundido
1 Pacote de natas frescas
1 Ovo inteiro
1 Lata de champignons 230 g.
150 g de Bacon fatiado
Azeitonas descaroçadas qb

Derreter, no micro ondas, 350g de queijo fundido (tipo fatias de Flamenguito - mais ou menos 20 fatias) com um pacote de natas. Levar ao microondas por varias vezes e pouco tempo de cada vez, mexendo sempre entre cada uma delas.

Quando estiver liquido juntar com cuidado um ovo inteiro previamente batido mexendo sempre para não cozer.

Juntar 1 lata de champignons laminados previamente escorridos (pequena - 230g) e o bacon fatiado cortado aos quadrados pequenos.

Deitar o recheio sobre a massa enformada. Enterrar as azeitonas no recheio a gosto.
Levar ao forno a 150º-160º e controlar (45 minutos).

Dica: Colocar as fatias de queijo num recipiente que vá ao micro-ondas juntamente com as natas. Marcar 40”. Mexer tentando fragmentar o queijo e envolvê-lo/derretê-lo nas natas. Repetir a operação 3 a 4 vezes. Aos poucos vai obtendo uma massa cremosa fácil de mexer. Nessa altura incorporar os restantes ingredientes começando pelo ovo batido. Pode aumentar a receita com mais natas, a gosto, ou mais um ovo. Gostando pode temperar com um pouco de pimenta moída na hora. Acompanhar com uma boa salada de alfaces variadas com coentros temperada com uma vinagreta.

Republicanos versus Democratas

"Como mostra um estudo de 2004 do politólogo Larry Bartels, um efeito recorrente e sistemático da estadia de presidentes republicanos na Casa Branca é que, durante esses períodos, o rendimento das famílias cresceu tanto mais quanto mais elevado ele já era, com os 20 por cento mais pobres a serem os menos beneficiados e os rendimentos dos 5 por cento mais ricos a serem os que mais crescem. Pelo contrário, sob presidentes democratas, o padrão é muito mais equilibrado e, curiosamente, em comparação com presidentes republicanos, de crescimento superior para todos os escalões de rendimento, com a única excepção dos 5 por cento mais ricos."

Pedro Magalhães, in Publico

Mão canhestra

Alan Greenspan acreditou nisto!!!

"Apesar do seu egoísmo e rapacidade, embora pensem apenas nos seus próprios interesses, embora o único fim que se propõem alcançar a partir de milhares de empregados ao seu serviço seja a gratificação dos seus próprios desejos vãos e insaciáveis, os ricos partilham com os pobres o produto de todos os seus progressos. São guiados por uma mão invisível que os leva a fazer uma distribuição dos bens necessários à vida praticamente equivalente à que teria sido feita se a terra tivesse sido dividida por todos os seus habitantes em partes iguais, e assim, sem o pretenderem ou sem que o saibam, promover o interesse da sociedade, e proporcionar os meios para a multiplicação da espécie."

Adam Smith, in 'A Riqueza das Nações'

Tapenade com ovos de codorniz escalfados (receita de José Avillez)


Experimente esta deliciosa entrada, receita do Chefe José Avillez.

Eu utilizei mini tostas como base. Uma delicia para quem gosta de paladares contrastados.

Para a Tapenade:
150 g de azeitonas pretas sem caroço
50 g de anchovas
30 g de alcaparras
15 g de alho picado
Sumo de limão q.b.
Azeite extra-virgem q.b.
Pimenta q.b.
Ervas picadas como orégãos ou manjericão q.b.

Num copo misturador, triture as azeitonas, as anchovas, as alcaparras e o alho até ficar fácil de barrar, mas ainda com alguns pedaços.
Junte cuidadosamente o sumo de limão e o azeite a gosto sem triturar demasiado. A tapenade deve ter textura.
Rectifique os temperos com pimenta, mais sumo de limão e azeite. Termine com as ervas.
Utilize imediatamente ou cubra bem com película, directamente sobre a superfície da tapenade e refrigere até 3 dias. Também pode congelar durante 2 a 3 semanas.

Escalfe 12 ovos de codorniz numa panela com água a 82ºC.
Abra-os cuidadosamente para uma taça com vinagre. Antes de pôr os ovos na água mexa-a um pouco, em movimento circular, para que os ovos ganhem a forma correcta. Vá deitando os ovos um a um. Depois da clara estar cozida (1m.) retire-os com uma escumadeira e coloque-os em água gelada.

Sirva a gosto em mini tostas, colocando uma porção de tapenade e um ovo escalfado em cada uma.

Facultativo: Polvilhe os ovos com um pouco de flor de sal.

Ana Moura - O Fado da Procura * * * * *

Salário Mínimo Nacional – Dados para 2009

Salário Mínimo para 2009 – 450€

Aumento do Salário Mínimo – 24€ (5,6%)

Número de trabalhadores abrangidos – 365 mil (em 2008 são menos…)

Percentagem de trabalhadores, a trabalhar em tempo completo, que são abrangidos – 17%

Impacto nas remunerações de base das empresas – 0,23%

Impacto nos custos salariais das empresas – 0,4%

Evolução da palavra latina "coquina"